quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

JOGOS MORTAIS 3


Após dois grandes filmes, James Wan e Leigh Whannell produziram o terceiro filme da franquia Jogos Mortais. O filme foi lançado em 2006, com a direção de Darren Lynn Bousman e estrelado por Tobin Bell e Shawnee Smith. A princípio seria um desfecho de uma trilogia, o que por sinal havia terminado de forma digna. Mas, como sabemos, atualmente já existem oito filmes, sendo que a partir do quarto foram produções caça-níqueis completamente desnecessárias.

Sinopse: Em Jogos Mortais 3, Jigsaw (Tobin Bell) está à beira da morte, mas quer acompanhar o seu último jogo. Sua assistente Amanda (Shawnee Smith) sequestra a médica Lynn (Bahar Soomekh) para mantê-lo vivo até que Jeff (Angus Macfadyen) passe por três testes distintos. Jeff é um homem transtornado que foi escolhido por Jigsaw por ter se tornado vingativo e obcecado com a morte de seu filho, deixando de lado os cuidados com sua outra filha. Lynn foi eleita por ser uma médica desleixada e fria com seus pacientes, além de ser distante de sua família.

Jogos Mortais 3 é mais furioso do que seus antecessores, as armadilhas e mortes são muito mais brutais, algumas até são meio surreais, mas as cenas são tão fortes que são capazes de causar um incômodo nas pessoas sensíveis. Por exemplo, uma mulher tem o corpo totalmente despedaçado, um homem é preso com vários ganchos cravados em diversas partes de seu corpo, um crânio e depois o cérebro sendo cortado, tudo isso em close, para arrepiar mesmo o espectador. Porém, em termos de história, o filme não traz quase nada de novo, exceto em flashbacks sobre a vida de Jigsaw e suas primeiras vítimas, como Amanda. Também o filme mostra alguns detalhes de como foi feito o jogo no banheiro que vimos no primeiro filme.

Podemos dizer que foi a partir daqui que o filme começa a declinar, por que os demais filmes que se segue após este traz as mesmas situações: uma ou mais pessoas participam do jogo, mortes através de armadilhas bem elaboradas, isso durante todo o filme e no final um desfecho que surpreende. Confesso que o desfecho de Jogos Mortais 3 é o que faz do longa ficar quase no mesmo nível que os dois filmes anteriores. O ato final é tão chocante e bem feito que consegue fazer valer a pena acompanhar sem medo de sair decepcionado.

Por outro lado, o elenco força um pouco na atuação, exceto Shawnee Smith, a atriz vive uma Amanda deprimida e descontrolada, mesmo quando ela diz ter sido ajudada com os jogos sádicos de Jigsaw. A melhor interpretação do filme é a dela, sem dúvidas. A atuação de Tobin Bell é diferente do que vimos antes, pois aqui ele é um homem debilitado e incapaz de fazer mal a alguém, por isso seu desempenho foi controlado muito bem, sem abusar da lógica. Os demais atores não conseguem mostrar medo e desespero diante da situação na qual eles se encontravam, embora possa haver esforço nesse sentido.

Mesmo com tantas torturas, o filme quase não tem um clima de suspense, exceto quando chega ao clímax, que conforme já mencionado faz valer o filme todo. No entanto, mesmo com pouco suspense que dura na maior parte do tempo no longa, o filme não deixa a desejar quando seu assunto é mostrar sangue e morte, que inclusive já vira a principal atração da franquia, sem ter que se preocupar muito com a história.

Jogos Mortais 3, embora inferior aos dois primeiros não é um filme decepcionante e muito menos o pior da franquia. Ele supera os demais filmes que sucedem a ele com muita precisão, em especial por que sua ligação com os acontecimentos do filme original faz com que a história de Jigsaw fique mais completa e fácil de ser compreendida. Ao contrário das sequências que mesmo que algumas delas tenham um desfecho que surpreende, a história em si não colabora com quase nada, apenas se preocupa em continuar com os jogos sádicos de Jigsaw que inclusive morre neste terceiro filme. 

NOTA: 7,8/10


Veja o trailer no vídeo abaixo:

2 comentários:

  1. O primeiro filme foi um ótima surpresa. O segundo ainda manteve o nível de qualidade próximo.

    As demais sequências são divertidas para quem curte o gênero, mas bem repetitivas.

    Mesmo assim, ainda quero assistir o recente "Jigsaw".

    Abraço

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    1. EU já vi o novo Jigsaw e não aprovei muito. Mas, quem sabe você possa gostar...

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