segunda-feira, 31 de julho de 2017

SINAIS (2002)


Sinais é um filme de suspense e ficção científica lançado em 2002, com direção de M. Night Shyamalan, trazendo grandes atores como Mel Gibson e Joaquim Phênix e também atores mirins como Abigail Breslin e Rory Culkin. O filme explora entre outras coisas, a fé, o parentesco e a existência de extraterrestres. Vale mencionar que M. Nigth Shyamalan costuma dirigir filmes de suspense, com toques dramáticos. E em Sinais isso não é diferente. 

O filme mostra os acontecimentos que antecedem uma invasão alienígena. Isso começou inicialmente com sinais circulares na plantação do ex pastor Graham (Mel Gibson). Na casa de Graham vive seus dois filhos, Morgan (Rory Culkin) e Bo (Abigail Breslin) e também vive com eles Merril (Joaquim Phênix) que é irmão de Graham. Cada um deles tem sua opinião sobre os sinais na fazenda. Graham acredita que é obra de vândalos que querem ficar famoso, Merril diz algo parecido, que são sujeitos querendo chamar atenção por que nunca tiveram namorada, já Morgan e Bo veem esses sinais como obra sobrenatural, possivelmente de ETs. E essa possibilidade dos garotos vai lentamente ganhando destaque no decorrer do filme.

O filme trará à nossa atenção a existência de extraterrestres, inclusive cenas onde mostram a aparição deles. Vale mencionar uma cena onde Graham avista um vulto (de um ET) no telhado. Achando que se trata de vândalos, ele chama Merril para tentar cercar o invasor, mas ele se mostra muito ágil, pulando pra cima da casa e depois para o milharal sem ser visto. Pra mim essa é uma das melhores cenas do filme!

Falando mais sobre o desenvolvimento dos personagens, Graham tinha perdido a esposa em um acidente de carro, e isso fez com que sua fé em Deus ficasse abalada e posteriormente abandonar a igreja. A ideia de M. Night Shyamalan é justamente focar nas causas que fazem o pastor renunciar sua fé, e como essa fé pode ser restaurada de um modo doloroso e insensível. Após esses sinais em plantações, Graham consegue avistar mais vultos rodeando sua fazenda, seus cães começam a adotar um comportamento estranho, além disso, a TV começa a mostrar os mesmos sinais em várias partes do mundo. Com medo da influência que estas notícias que para ele são falsas, Graham proíbe seus filhos de ver.

O diretor M. Night Shyamalan impressiona no modo como ele conduz a história, apelando para o lado da ficção juntamente ao sobrenatural. Há cenas que são assustadoras, mesmo quando o filme não é de terror. Por exemplo, após proibir seus filhos de ver televisão, Graham vai ao milharal após ver sua cachorra latindo sem parar em direção à plantação. No meio da plantação, Graham avista uma perna de algo que o estava observando, assim ele corre apavorado pra casa, e resolve ligar a TV e ver as notícias. E é dessa forma que eles tomam conhecimento do que estar por vir: uma invasão alienígena. Essa cena da perna do ET no milharal é extremamente assustadora (Você verá no trailer abaixo). Lembro-me da primeira vez que assisti a esse filme, eu tive pesadelos com isso, e também já vi relatos de pessoas que a consideram essa cena como a mais assombrosa já vista.

É interessante esse filme, pois há muitos detalhes minúsculos que são de extrema importância no decorrer do longa, até mesmo as enfermidades teve um objetivo para a ideia central do filme, pelo menos ao meu ver foi assim. Além disso, o filme se torna dramático em relação à família, que mesmo quando estão cientes de que algo irá acontecer, o que prevalece é a união dos personagens. 

Os filhos de Graham têm algumas características importantes para a trama. Morgan sofre de asma, e isso de alguma forma contribuirá para a restauração da fé de seu pai. Pra não dar spoilers muito fortes, apenas digo que esse evento acontecerá na presença de um ET, que por sinal tem uma aparência assustadora. Já a pequena Bo costuma espalhar copos de água em toda a casa, pois quando bebia, ela acha que a água esta contaminada. Isso também ajudará no final do filme na luta contra o ET. Isso mostra que o diretor M. Night Shyamalan não desperdiçou nem os mínimos detalhes, que pareciam irrelevantes. 

As atuações são ótimas e o clima de mistério e medo que assola a família de Graham predomina no momento da invasão. Embora o filme não seja excepcional, ele consegue cumprir a premissa levantada no inicio, onde a importância da família e da fé em Deus é crucial, mesmo nos momentos difíceis. Essa foi acima de tudo a ideia do diretor ao produzir esse filme, pois sobre como a invasão ocorre ou acaba, o filme não entra em detalhes sobre essas questões. 

NOTA: 7,6/10

Veja o trailer no vídeo abaixo:

sexta-feira, 28 de julho de 2017

VOO NOTURNO (2005)


Wes Craven é um diretor já bem conhecido por dirigir filmes de terror e suspense. Porém, sua carreira foi desmoronando e seus trabalhos desagradando o público. Mas como todo bom cineasta, ele se ergue novamente e passou a produzir filmes que arrecadaram bons resultados do público geral. Voo Noturno foi um desses filmes que apesar de muitos críticos exigentes não aprovarem, ele foi bem recebido pelo público, obtendo um sucesso na bilheteria, compensando o trabalho da produção. O filme foi lançado em 2005 e é estrelado por Rachel McAdams e Cillian Murphy.

Voo Noturno conta o dilema em que Lisa Reisert (Rachel McAdams) se encontra após embarcar em um voo para Miami durante a madrugada. Durante esse voo, ela está sentada ao lado de Jackson Rippner (Cillian Murphy) que já o tinha encontrando anteriormente antes de entrar no avião. Iludida com o charme do rapaz, Lisa acaba flertando com ele durante a decolagem. Mas após isso, Jackson acaba se revelando um terrorista que exige a ajuda de Lisa para matar um político importante que estará hospedado no hotel onde ela trabalha e que também é gerente, e tal cargo daria o poder para ela mudar o quarto onde o político sempre se hospeda para outro onde será alvo de um ataque, caso contrário, seu pai será assassinado por homens que o vigiam do lado de fora da casa de Lisa. 

Percebe-se que pela sinopse, o filme é bastante previsível, e de fato é. Lisa é consciente o bastante para não colaborar com um crime que não só mataria o político, como também toda a família dele, o que inclui crianças. Um fator importante é que o filme começa de um modo muito tranquilo e mais parecia que iria desenvolver uma comédia romântica entre os personagens, mas durante o voo toda essa perspectiva cai por terra quando nos confrontamos com um ataque terrorista prestes a acontecer. Mesmo com alguns furos, o filme é um suspense agradável de se ver, Rachel McAdams e Cillian Murphy são dois atores de muito talento, e que embora o roteiro do filme não exija muito deles, ainda assim eles conseguem prender a atenção do público em seus 86 minutos de duração.

Outro fator destaque de Voo Noturno e que difere de outros filmes de suspense, é que o antagonista já é revelado no início e não temos aqui os típicos finais surpresa. O que apoia para o clímax do filme é a expectativa do público em como tudo aquilo irá acabar e de que forma será isso. Como já dito, o filme é previsível e isso tornará o desfecho bem clichê. Apesar de tudo, o filme é ágil e rápido, e não nos importamos com os defeitos já que o longa nos traz uma dinâmica bem bacana. 

O clima na maior parte do filme é angustiante em vista do que a protagonista se passa dentro do avião, sem poder pedir ajuda a ninguém. Wes Craven foi habilidoso na direção e não é atoa que esse filme tenha conquistado de alguma forma a simpatia das pessoas. Em outras palavras, o filme te prende de uma forma sufocante, não levando em conta suas pequenas falhas, mas a tensão e a expectativa a que nos é concedida nos eleva ao alto nível de claustrofobia e medo de que algo trágico aconteça sem que antes possa ser impedido. O destaque total de todo o longa está na atuação da Rachel e do Cillian, e isso tornou o filme eficaz no seu objetivo. Quem gosta de um suspense tenso e um pouco previsível, vai gostar desse filme, embora seja mais do que claro perceber que ele poderia ter sido bem melhor. 

NOTA: 7/10

Veja o trailer no vídeo abaixo:

quarta-feira, 26 de julho de 2017

EFEITO BORBOLETA


Quando um filme de ficção científica aborda assuntos um tanto desprovidos nesse gênero, tais como romance, amizade, família e o valor humano? Efeito Borboleta dirigido por Eric Bress e J. Mackye foi lançado em 2004 e teve uma boa recepção do público. O filme conta uma história bastante interessante onde aborda viagens no tempo e as consequências que há em fazer isso. Mas no filme não se usa máquinas ou algo do tipo. O título do filme já sugere uma expressão utilizada na teoria do caos fazendo referência a característica do sistema caótico, que é a sensibilidade nas condições iniciais. Isso já se torna evidente que o longa não irá ser clichê, pois há uma grande novidade sendo retratada.

O texto a seguir contém spoilers!

Já adianto que o filme é verdadeiro quebra-cabeça. Sim, acontecem muitos eventos que podem nos confundir, caso não prestemos à devida atenção. O filme é estrelado por Ashton Kutcher, Amy Smart, Eden Henson e William Lee Scott. Mas seus personagens passam por três fases, cada um em uma época diferente: a primeira é quando eles são crianças; a segunda eles são pré-adolescentes e na terceira já são jovens rumo à vida adulta. Essas fases, no entanto, não ocorrem de forma linear, mas um aqui outro ali tudo misturado. Percebe-se também que há fatores cruciais sendo mostradas detalhadamente a cada cena feita. Um modo diferenciado do filme está na sua premissa perturbadora que assola o protagonista a todo o momento.

Evan (Ashton Kutcher) é um jovem que desde criança tem surtos que o fazem perder a memória por um tempo, ele junto com seus amigos tiveram uma infância atordoada por causa do padrasto de uma delas que se diverte com pornografia infantil, além de aprontarem juntos causando a morte de uma pessoa. Evan tem um dom. E isso acontece com seus surtos que o fazem voltar no tempo. Como perde a memória de tudo que acontece até surtar, ele escreve todos os dias os acontecimentos da sua vida em um diário, pois caso ele se esqueça de alguma coisa, o diário torna-se seu amigo inseparável para ajuda-lo de alguma forma. Isso contribui para os surtos de Evan ao ler aquilo que ele escreve, ele consegue voltar no tempo no exato acontecimento descrito no diário. 

Como ele e seus amigos não tiveram uma infância legal, Evan volta ao passado e modifica os acontecimentos, pois ele se sentia culpado por sentimentos ruins que vem nas suas lembranças, mas isso acaba por afetar o futuro, sempre algum de seus amigos ou ele mesmo acaba sendo afetado por alguma coisa trágica. Nas mudanças feitas por ele, algumas vezes o futuro termina bem para um e péssimo para outro. O que torna uma crise moral na consciência do protagonista em relação às suas amizades, sua família e a pessoa com quem ele é apaixonado. Parece que nada, absolutamente nada pode fazer com que tudo acabe bem pra ele e pra todos.

Entre muitas idas e voltas no tempo, o filme deixa cada detalhe importante nos diálogos ou nas ações, mesmo as menores feitas por quem compõe o elenco. Devemos prestar muita atenção nas inúmeras tentativas de Evan em arrumar o passado sem prejudicar o futuro, em algumas cenas ele leva a pior de todas, por exemplo, em uma de suas tentativas, o futuro se torna embaraçoso para ele, pois fica em uma cadeira de rodas, sem as mãos, enquanto todos os seus amigos levam uma vida tranquila. Evan chega até mesmo tentar um suicídio, mas acaba sendo impedido. E sem esperanças para consertar tudo, ele arrisca a última opção. Essa última tentativa foi a mais corajosa de todo o filme. Ela faria com que tudo que havia na vida de Evan e seus amigos se apagassem por completo. 

Alguns cinéfilos, no entanto, não gostaram disso, mas pergunte-se: teria outra ideia melhor? Não percebem que o cara tentou de todas as formas consertar o passado sem que o futuro seja trágico para alguém? É algo pra se pensar! O que se deve levar em conta ao assistir essa obra é que ela consegue unir todo o quebra-cabeça sem deixar nada pra trás. Além disso, o filme nos ensina uma importante lição sobre como devemos fazer nossas escolhas em cada aspecto na vida, pensando em como essas escolhas afetarão tanto a nós como a outros. Em poucas palavras, Efeito Borboleta crítica de alguma forma, as escolhas precipitadas que são tomadas sem pensar nas consequências.

Eu particularmente, não achei o filme cansativo. Ao contrário, ele faz com que sua mente trabalhe pra encaixar aos poucos as peças do filme. É magnífica essa ideia! Uma pena que as sequências deixaram a desejar, mas como todo bom filme, esse já deixou a sua marca registrada, ignorando por completo as sequências que tentaram fazer igual, mas não conseguiram. Efeito Borboleta é um filme recomendadíssimo! 

NOTA: 10/10

Veja o trailer no vídeo abaixo:

segunda-feira, 24 de julho de 2017

ONG BAK 2


Ong Bak 2 foi lançado em 2008 e faz parte da saga Ong Bak, iniciada com o filme de 2003 Ong Bak Guerreiro Sagrado. Porém, o segundo filme não trata de uma continuidade da história, conforme a maioria pensou quando o filme chegou às locadoras. Na verdade, o filme é baseado em uma época bastante antiga, nisso muitos preferem chama-lo de Ong Bak: O Início. Mas início de quê? Bem, antes de começar a falar sobre o filme, vou dizer antes qual era a reação das pessoas quando Ong Bak 2 foi lançado. 

Como já dito, muitos pensaram que seria uma continuidade, e por causa disso muitas pessoas não gostaram. Outras, no entanto, gostaram do filme, mas esculacharam o final. Porém, muitas vezes a pessoa não para pra pensar se a história não terá outra continuação, por isso alguns pensam que simplesmente acaba ali. Mas... Dois anos depois em 2010, veio o terceiro filme (continuando onde parou o segundo) e complementou o que parecia inacabado. (Veja a crítica de Ong Bak 3 aqui)

Vamos falar de Ong Bak 2 agora! O filme se passa durante o Reino de Ayutthaya, uma monarquia que durou entre os anos de 1351-1767, que governou no sudeste asiático, no exato lugar onde é hoje a Tailândia, o reino também dominava regiões onde hoje é o Miammar e o Camboja, para saber mais sobre o Reino de Ayutthaya, clique aqui. No início do filme, vemos uma perseguição a cavalo durante uma noite chuvosa, os fugitivos eram um soldado e um garoto chamado Tien, que é jogado em um matagal para se salvar, já que à frente havia um exército esperando por eles. 

Tien era um jovem filho do Lorde Siha Decho, que era um general respeitado e culto. Sua esposa foi brutalmente assassinada pelo Lorde Rajasena, que havia sido ordenado pelo Imperador de Ayutthaya para exterminar os que não se sujeitarem à monarquia. Siha Decho tinha fugido para proteger seu filho levando ele para o templo do mestre Bua para estudar a arte das danças de Khon. Porém, Siha Decho acaba morto sendo degolado por um assassino vestido de preto. Toda essa cena foi assistida por Tien e o soldado de seu pai, após ter gritado vendo seus pais morrerem, o soldado acaba fugindo com ele, mostrando depois a cena do inicio.

Tien é encontrado por aldeões que o levam como escravo, e acaba sendo jogado em um poço para ser atacado por um crocodilo. Sua bravura e resistência contra os aldeões que o capturaram despertou o interesse de Chernang, o rei dos bandidos do penhasco. Que adota Tien como seu pupilo. Nas montanhas o garoto aprende artes marciais e o manejo de armas, coisa que ele sonhava em aprender, mas que seu pai não aprovava. Esse treinamento é duro, e o jovem passa por vários desafios até ser reconhecido como um dos membros dos bandidos do penhasco. Tien cresce e já adulto ele se torna o comandante desse povo. 

Tony Jaa é quem interpreta Tien adulto e inclusive ele dirigiu e escreveu a história do filme. Assim, ele mostrou que além de ser um artista marcial, ele também tem talento para um cineasta e soube trabalhar o roteiro do filme de uma maneira muito bacana para um iniciante. Seu personagem a todo o momento anseia o desejo de vingança pela morte de seus pais. Agora mais forte e conhecedor de guerra do que nunca, ele não medirá esforços para cumprir seu objetivo. Mas há uma coisa que ele não esperava que acontecesse e isso levará a um final surpreendente! 

O roteiro do filme foi bem trabalhado e sem dúvida encaixou a história com perfeição. Apesar de o filme ter muitos figurantes, vale mencionar que eles são necessários em muitas das cenas. Tony Jaa também coreografou as lutas, e posso afirmar seguramente que aqui nesse filme, a pancadaria é animal! Jaa não usa apenas Muay Thai como no primeiro filme, aqui ele mostra que também entende de Kung Fu, pois em muitas das lutas, percebemos que ele usa técnicas de Wushu do estilo animal, como a cobra por exemplo. E o uso de espadas e armas brancas? Sensacional! Tien enfrenta um exército armado até os dentes e um confronto no clímax do longa. Vale mencionar que o uso de espadas era comum nos exércitos antigos, e esse detalhe foi muito bem encaixado por Tony Jaa na história, mostrando que o cineasta em seu primeiro trabalho como diretor quer um filme verdadeiro e bem explorado para a época em que ele se baseia. 

O principal aspecto que eleva o filme em todos os seus 95 minutos é a vingança do protagonista. Apesar de esse aspecto ser clichê em diversos filmes, Ong Bak 2 tem uma exclusividade, por ser baseado em uma história nunca abordada no cinema antes. O final do filme não agradou a maioria, pois termina de modo bizarro e vago, claro que o terceiro filme continua de onde parou, mas o que prevalece aqui não são apenas as lutas, mas todo o roteiro, seja nas cenas de combate, o drama vivido pelos personagens e nos diálogos. 

NOTA: 8/10

Veja o trailer de Ong Bak 2 no vídeo abaixo:

sábado, 22 de julho de 2017

EU SOU A LENDA


Imaginemos um mundo totalmente vazio, sem ninguém para lhe fazer companhia. Nesse mundo, você pode entrar nas lojas e fazer suas compras sem se preocupar em pagar nada. Parece ser legal, mas ao mesmo tempo apavorante. Pois bem, é esse o retrato do filme Eu Sou a Lenda de Francis Lawrence. O filme foi lançado em 2007 e é estrelado por Will Smith. Trata-se de um mundo devastado por uma epidemia criada através de um vírus que fora descoberto como a cura para o câncer, e após terem sido feito testes com essa possível cura, causou um efeito colateral que transformou todos os humanos em seres monstruosos sensíveis à luz, semelhantes a vampiros o que mata a humanidade quase que por completa.

O filme se centra no personagem Robert Neville (Will Smith), o único sobrevivente de Nova Iorque que já havia passado três anos sozinho naquele lugar com seu pastor alemão, Sam, a cachorra de sua filha. O que Neville faz sozinho em Nova Iorque? Ele procura a cura para a doença, e por considerar o lugar como o marco zero da disseminação do vírus. Notamos que ele sai durante o dia para fazer compras (na verdade fingindo, já que ele está sozinho), para isso ele espalhou vários manequins nas lojas para ter pelo menos com quem conversar e pelo que me pareceu, ele faz isso para não enlouquecer com tanta solidão que o rodeia.

Mesmo sendo ele e o cachorro, Will Smith consegue de certa forma prender a atenção do espectador na tela. Percebemos sua rotina diária, cada passo dado até o momento em que o sol está se pondo e ele recebe um alarme de seu relógio, indicando que é hora de ir pra casa. E durante a noite, ele se mantém alerta com sua arma escondido em casa e ouvindo ruídos do lado de fora. Quem assiste pela primeira vez, não compreende os 30 minutos iniciais sobre tudo o que está acontecendo, no entanto, até que aparece um ser humano doente surtando após ter contato com a luz do dia.

Neville é altamente dedicado ao seu trabalho na descoberta de uma possível cura. E em sua rotina, notamos juntamente com o personagem que o perigo pode está em qualquer lugar. Vale a pena mencionar uma rixa que um homem doente tem para com Neville, pois este capturou uma mulher doente para realizar testes em humanos, ela é revelada em um final alternativo como a namorada daquele infectado que já podemos considerar como um vilão. Essa rivalidade gera um clima de tensão e desespero total em vários momentos do filme, além disso, Neville é devastado pela solidão em especial quando sua cachorra é infectada, e ele motivado pela revolta e um desejo de vingança se arrisca em uma noite na tentativa de matar os causadores de tanto sofrimento que o assola.

Sua tentativa é uma tentativa suicida, e ele tem a sorte de ter sido salvo por uma sobrevivente que o procurava, pois ouvia as mensagens de rádio que Neville fazia todos os dias. Essa sobrevivente é Anna, interpretada pela atriz brasileira Alice Braga, que ajuda Neville e se torna companhia junto a ele nesses momentos de solidão. Dado o primeiro momento do filme é rodeado de solidão, durante o dia Neville ocupa todo o espaço, e a noite os companheiros sanguinários tomam de conta da situação, mas levando isso em conta na primeira metade, poderíamos pensar que o filme seria muito arrastado e desperta nossa curiosidade de saber até onde tudo isso vai levar, pois aparenta não haver solução para o problema que afligiu a humanidade no filme.

Em contrapartida, o diretor Francis Lawrence resolve deixar de lado a solidão a partir para a ação. Sim, após o aparecimento de Anna, acontece uma guerra entre os sobreviventes com os infectados em grandes momentos impactantes repletos de tensão e medo. E em meio a isso tudo, a descoberta de uma cura torna-se possível após verem os resultados dos testes de Neville. O filme também gera um clima de conflito no que respeito à existência de Deus. Para Neville, Deus não existe, pois não se importou com todo o caos que aconteceu com a humanidade, já para Ana, Deus havia lhe dado um sinal que, segundo ela, haveria sobreviventes em uma colônia numa região fria. Mas esse conflito de fé seria irrelevante quando o assunto em questão é a sobrevivência no agora.

Eu Sou a Lenda pode não ter agradado alguns, mas seu ponto forte está na brilhante atuação de Will Smith que de certa forma segurou as pontas, na maior parte delas sozinho. Vamos elogiar também a atuação do pastor alemão, afinal o cachorro rouba a cena em diversos momentos, inclusive ao andar numa esteira junto com seu dono, quando ele está malhando. Alguns talvez achem que esses exercícios de Neville são irrelevantes na história do filme, mas pense um pouco: não seria melhor manter a forma caso precise lutar contra os sanguinários humanos doentes? Ou então será que manter a forma não fará bem a saúde? São coisas completamente relevantes dentro do contexto do longa.

O filme não explica de modo claro como Neville é imune ao vírus. Não sabemos e nem ele mesmo sabe. O que sabemos é que ele usa seu sangue na procura de uma cura, os cachorros são também imunes, exceto pelo contato com outros infectados. Eu vejo esses detalhes como um pequeno mistério, mas que talvez eles tenham contribuído para a descoberta da cura e levou o filme para um final devastador. Poucas pessoas sabem, mas esse filme é baseado no livro de Richard Matheson, que já foi adaptada para o cinema duas vezes, sendo a terceira com Eu Sou a Lenda. 

NOTA: 7,8/10
Veja o trailer no vídeo abaixo:

sexta-feira, 21 de julho de 2017

O PREDADOR (1987)


Não me admira quando vejo elogios ao clássico O Predador de John McTiernan, filme lançado em 1987, sendo um dos clássicos de Arnold Schwarzenegger. Geralmente, em seus filmes, Arnold é visto como o grandalhão, e que se consagrou ao protagonizar O Exterminador de Futuro, onde ele é imbatível quando comparado com outros. Aqui Schwarzenegger interpreta o Major Alan “Dutch” Schaefer, que comanda uma equipe de soldados barra pesada, na missão de resgatar um ministro estrangeiro e funcionários do governo que estão sendo mantidos como reféns por guerrilheiros. Após cumprir a missão, os soldados não esperavam que houvesse algo muito mais poderoso e forte que estava os observando.

O filme traz uma criatura especializada em matar, um ser de outro planeta com tecnologia muito avançada que se diverte caçando. O Predador, a criatura foi desenhada por Stan Winston, e teve ideias do grande cineasta James Cameron. Sua aparência é sinistra e podemos caracterizá-lo como brutamonte musculoso, que poderíamos lembrar-nos do próprio Schwarzenegger, que obteve nesse filme um adversário à sua altura. Seu rosto é o que podemos chamar de “bonito”, pois Dutch cometeu um erro fatal ao chama-lo de feio após ver seu rosto, pois durante quase todo o filme, ele está usando uma máscara que de certa forma facilita sua visão.

Perdidos na floresta e sem ter um resgate por perto, os soldados vão sendo exterminados um a um, até que o grandalhão Schwarzenegger e a criatura se enfrentam. Você talvez pense que haverá uma luta de igual pra igual. Negativo! Schwarzenegger apanha feito um condenado, o predador chega a levantá-lo pelo pescoço com apenas uma mão. Nesse aspecto, Schwarzenegger perdeu o posto de grandalhão imbatível da década de 80, pois para superá-lo foi preciso um alienígena matador para cumprir esse papel. 

A ação é boa, muitos tiros, cada um dos soldados da equipe de Dutch têm suas características pessoais. Por exemplo, Arnold interpreta Dutch, um soldado honesto e valente que se preocupa com sua equipe e com a missão que esta sob sua responsabilidade. Tem também o Dillon (Carl Weathers) que é um soldado orgulhoso e obstinado, mas que se redime tentando ajudar sua equipe. Mac (Bill Duke) um soldado tranquilo e que se torna vingativo após a morte de seu melhor amigo Blain (Jesse Ventura) que usa uma metralhadora giratória e gosta de mascar fumo. Billy (Sonny Landham) parece mais uma versão do Rambo, bastante calado e previsível com os perigos que o rodeiam, e pra completar tem Poncho (Richard Chaves) e Hawins (Shane Black) dois soldados secundários do filme.

Ambientado em sua totalidade na floresta da América Central, o filme nos traz uma trilha sonora única e exclusiva para filmes do Predador, suas sequências embora inferiores, são fiéis ao trazer o fundo musical que identifica o filme. Misturado com um suspense, que mostra a tensão dos soldados quanto ao que estão enfrentando. Há uma cena bastante violenta onde Blain é morto pela criatura, que usa armas à base de energia, nisso Mac percebe um ser camuflado e dispara contra ele, depois chega toda a tropa e fuzila o local, quem estiver na frente pode dar adeus ao mundo. É tanto tiro que destrói todo o matagal que estavam na linha de fogo, e por incrível que pareça para soldados durões como Dutch, eles não mataram ninguém com todo esse ataque. Porém, o predador chegou a ser atingido na perna, e ali é mostrado seu sangue esverdeado.

Um aspecto interessante da criatura alienígena é que ela tem visão infravermelha e só enxerga detectando o calor do corpo. Um ponto fraco da criatura que foi explorada inteligentemente por Dusth. A criatura também é munida de um arsenal capaz de derrubar um exército, o que inclui uma lança de duas pontas retrátil, um canhão de plasma com mira a laser, um disco giratório com lâmina, um capacete que aperfeiçoa as suas habilidades com visão de calor, garras retráteis serrilhadas, escudo de camuflagem para se mesclar ao ambiente, uma rede com linhas cortantes, um detonador de autodestruição e um luxuoso kit de primeiros socorros muito mais sofisticados do que qualquer um que um hospital possa ter. Em termos simples, o predador é o que se pode esperar de um assassino completo. Contudo ele não é "perfeito". Como já dito, ele sangra, se fere, e é vulnerável, como qualquer ser vivo e como diria o major Dutch, "se ele sangra, nós podemos matá-lo". 

Uma curiosidade interessante do filme é que para fazer o papel do predador, Van Damme foi escolhido para vestir os trajes da criatura e participar das cenas em que ele aparece. Mas Van Damme abandonou o papel após descobrir que seu nome não apareceria nos créditos do filme. O filme até foi indicado ao Oscar de Melhores Efeitos Visuais. Mas mesmo não tendo vencido, o filme é até hoje conhecido com um dos melhores de Arnold Schwarzenegger e um clássico dos anos 80, que gerou continuidades e outros filmes onde travam guerra com outro alienígena famoso do cinema, o Alien.

Mesmo com um roteiro simples e direto, O Predador surpreende a cada minuto da película, desde a primeira visão da criatura até o famoso e impactante desfecho. Vale a pena a experiência para quem ainda não teve e de uma coisa eu posso garantir: o filme é abundantemente emocionante de se ver. 

NOTA: 10/10

Veja o trailer no vídeo abaixo:

quarta-feira, 19 de julho de 2017

O SILÊNCIO DOS INOCENTES

   

Em 1991, foi lançado um filme que para muitos foi e continua sendo a maior obra já rodada no cinema. Além de ter sido um sucesso após seu lançamento, esse filme venceu os cinco principais prêmios da academia: Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Ator, Melhor Atriz, Melhor Direção e até mesmo o tão cobiçado Melhor Filme. Ao saber de todas essas premiações, será que não é motivo suficiente para você assisti-lo? Com certeza! Se eu ainda não tivesse visto o famoso “O Silêncio dos Inocentes”, eu não pensaria duas vezes para vê-lo após saber do seu imenso sucesso. Por isso, já adianto logo que é um filme altamente recomendável! Ele faz parte de uma trilogia, sendo o primeiro filme a ser feito e foi adaptado de um livro com o mesmo título publicado em 1988. O Silêncio dos Inocentes foi dirigido de forma magistral por Jonathan Demme e é estrelado por Anthony Hopkins e Jodie Foster. 

Os dois personagens principais são o ápice que elevou o filme ao sucesso e reconhecimento que tem hoje. Jodie Foster em uma brilhante atuação, pra mim a melhor já feita por ela, interpreta Clarice Starling, uma estagiária do FBI que recebe a missão de ir a uma prisão de segurança máxima, para se aproximar do temível canibal condenado à prisão perpétua por 9 assassinatos, Hannibal Lecter, interpretado de uma forma espetacular por Anthony Hopkins, a fim de tentar resolver uma série de assassinatos de mulheres por um cara conhecido como Búffalo Bill, que havia sido paciente de Lecter no passado. Assim, um jogo de pistas e enigmas se segue entre diálogos frios e calculistas de Lecter dando um perfil psicótico do assassino. Além de ser bem difícil de interpretar as palavras misteriosas do criminoso, Clarice terá de se envolver ainda mais, fazendo com que sua abalada vida seja analisada por um dos maiores assassinos já presos pelo FBI.

Durante o filme, percebemos que a tensão nos é repassada através de falas, mas com closes precisos no rosto do personagem. Demme teve a ideia de utilizar as câmeras dessa forma, pois ele achava que assim daria mais tensão no espectador. Alguns closes são rápidos, outros vão se aproximando do rosto da pessoa, tudo isso acompanhado dos diálogos memoráveis entre os personagens Clarice e Hannibal. E indiscutivelmente, Demme conseguiu esse objetivo, e isso fez com que a montagem do filme fosse admirada por muitos críticos, além de sequências que eleva tensão, mistério e medo. Sem dúvida, esse filme mereceu os prêmios conquistados de forma natural e sem rodeios.

Por ser uma investigação, Clarice Starling teria de interrogar Lecter para obter as informações necessárias que ela precisa para fazer o seu trabalho. No entanto, o que vemos no filme é exatamente o contrário, pois Hannibal é quem interroga Clarice, e ela por sua vez não consegue manter o seu foco na investigação, já que o perigoso canibal olha pra ela de uma forma que vai além do ser humano, sem nenhum tipo de sentimento, um olhar de psicopata no pleno sentido, capaz de fazer as nossas almas tremerem além de arrepios a cada palavra dita por ele e isso torna quase que impossível fazer um interrogatório normal, já que aquele que deveria ser interrogado, além fazer um trabalho que não lhe cabia, usa enigmas difíceis de entender. Por isso, torcemos para que Clarice Starling consiga seu objetivo, por mais difícil e assustador que seja.

Hannibal Lecter tinha um grande objetivo ao lidar com a estagiária da forma como fez. Qual preso não sonharia com sua liberdade? Por isso Lecter arma um plano de gênio para conseguir uma fuga da prisão que há muito tempo lhe priva de ver as coisas bonitas da natureza, segundo o próprio menciona anteriormente. Todavia, não devemos encarar Hannibal como o vilão do filme, pois a busca incansável está na mira do assassino no qual Clarice trabalha para capturar, o Búffalo Bill. E mesmo com a fuga de Lecter, pelo menos até Clarice completar seu trabalho, ele não representa nenhuma ameaça nem a ela e nem a ninguém. Percebemos também que o Dr. Lecter fica fascinado por Clarice, e ela do mesmo jeito. 

Mas o que predomina em “O Silêncio dos Inocentes” é o mistério não solucionado apenas com o trabalho da polícia, mas com uma ajuda de um criminoso e que mesmo usando enigmas para mostrar o perfil do assassino, Clarice se mostra uma verdadeira e competente agente do FBI ao usar essas pistas para chegar ao vilão do filme. Simplesmente espetacular, não irei entender se alguém chegar e disser que o filme não foi bom.

Na verdade o filme teve apenas uma sequência com a participação de Anthony Hopkins se formos levar em conta a cronologia, já que o terceiro a ser produzido retrata os acontecimentos antes de Lecter ser preso. Porém os três são interpretados por Hopkins. O personagem Hannibal foi interpretado por vários atores, mas nenhuma das atuações supera de Hopkins, acho que esse cara literalmente nasceu para o personagem! Vale a pena mencionar a cena mais apavorante do filme que acontece em seu clímax acompanhado de uma tensão angustiante, dentro de uma sequência perfeita num lugar escuro, e que serve para o espectador parar a respiração por alguns minutos. É caro leitor, mesmo não aparentando ser inicialmente, O Silêncio dos Inocentes é um filmaço! E que merece ser visto por todo amante de filmes. 

NOTA: 10/10

Veja o trailer no vídeo abaixo:

terça-feira, 18 de julho de 2017

BRAVURA INDÔMITA (2010)



Bravura Indômita é um filme de 2010, dirigido por Joel e Ethan Coen, os irmãos Coen. O filme é um remake de outro longa-metragem de mesmo nome, que foi lançado em 1969, é baseado em um romance de Charles Portis. Neste novo filme, os irmãos Coen fizeram uma adaptação um pouco diferente do filme original, mas com história idêntica. Nesse filme, contamos em seu elenco a atriz mirim Hailee Steinfeld como Mattie Ross (que fazia sua estreia no cinema) e Jeff Bridges, como Marechal Reuben J. "Rooster" Cogburn, juntamente com Matt Damon, Josh Brolin e Barry Pepper. Ao contrário do original, Bravura Indômita de 2010 traz mais realismo ao faroeste. E não é apenas um remake idêntico, mas sim uma nova adaptação fiel ao original, com alguns toques dramáticos, porém suficientes para uma aventura forte que percorre todo o filme.

Mattie Ross (Hailee Steinfeld) de apenas 14 anos, teve seu pai assassinado por um de seus ajudantes, Tom Chaney (Josh Brolin). Este foge com os cavalos de seu pai e duas peças de ouro da Califórnia. Mattie é uma garota valente e determinada, além de ser extremamente mandona, ela contrata um oficial para rastrear o assassino de seu pai, e acaba escolhendo o mais impiedoso, Rooster Cogburn (Jeff Bridges), que aceita o pagamento. Só que ele não contava com a companhia da própria Mattie, que quer acompanha-lo na missão como garantia de que o serviço seja cumprido.

Eu simplesmente achei incrível esse filme! Tanto esse quanto o original mostra um faroeste bastante interessante e chamativo. Além do elenco do filme contar com grandes nomes do cinema, a atriz mirim Hailee Steinfeld rouba a cena a todo o momento, não por que sua personagem irá contribuir para o clímax do filme, pois a atriz do filme original também rouba a cena, mas ela divide com o grande John Wayne, e isso foi suficiente para os dois dividirem o espetáculo. Já no remake não, embora tenham grandes atores como Jeff Bridges e Matt Damon no elenco, a adolescente Hailee consegue apagar os dois quando está em cena. Sendo seu primeiro filme, ela já conseguiu esbanjar um enorme talento que impressionou a todos, inclusive ela foi indicada ao Oscar de melhor atriz coadjuvante e o filme ao todo foi indicado a dez Oscar em 2011.

O filme contém seus momentos tensos e violentos e que remetem a realidade dos faroestes e os perigos de lugares desertos onde pistoleiros e caçadores de recompensa se escondem. Os personagens de Bravura Indômita a princípio não coopera um com outro, pois cada um tem as suas diferenças. Mas quando o bicho pega, é hora de haver união e proteção, em especial quando uma pessoa que nada entende de armas está ali presente. 

Sendo uma refilmagem extremamente interessante e que há momentos tensos durante o filme, Bravura Indômita cumpriu de forma magistral seu objetivo. É importante mencionar que Rooster Cogburn é um xerife beberrão e rabugento e isso acaba tornando a missão de vingança de Mattie um pouco mais difícil, e nem é preciso mencionar a oposição do oficial quanto a atitude da garota de acompanha-lo numa missão difícil e perigosa. Além disso, a obra é um pouco recheada de humor negro e diálogos memoráveis. 

Vale destacar que esses diálogos, são carregados com um sotaque regionalista dos Estados Unidos e muitas vezes chegamos a nos divertir com as discussões de uma garota jovem com homens bem mais velhos. A fotografia é linda! Sendo composto num cenário desértico tentador, um filme do Velho Oeste digno de ser admirado, não por ser um remake de um grande clássico da década de 60, mas por ter seu diferencial caracterizado a um entretenimento onde mostrará diferenças entre pessoas de mais idade com os mais novos. 

NOTA: 8/10

Veja o trailer no vídeo abaixo: