Como
já dito, muitos pensaram que seria uma continuidade, e por causa disso muitas
pessoas não gostaram. Outras, no entanto, gostaram do filme, mas esculacharam o
final. Porém, muitas vezes a pessoa não para pra pensar se a história não terá outra
continuação, por isso alguns pensam que simplesmente acaba ali. Mas... Dois
anos depois em 2010, veio o terceiro filme (continuando onde parou o segundo) e
complementou o que parecia inacabado. (Veja a crítica de Ong Bak 3 aqui)
Vamos
falar de Ong Bak 2 agora! O filme se
passa durante o Reino de Ayutthaya, uma monarquia que durou entre os anos de
1351-1767, que governou no sudeste asiático, no exato lugar onde é hoje a
Tailândia, o reino também dominava regiões onde hoje é o Miammar e o Camboja,
para saber mais sobre o Reino de Ayutthaya, clique aqui. No início do filme,
vemos uma perseguição a cavalo durante uma noite chuvosa, os fugitivos eram um
soldado e um garoto chamado Tien, que é jogado em um matagal para se salvar, já
que à frente havia um exército esperando por eles.
Tien
era um jovem filho do Lorde Siha Decho, que era um general respeitado e culto.
Sua esposa foi brutalmente assassinada pelo Lorde Rajasena, que havia sido
ordenado pelo Imperador de Ayutthaya para exterminar os que não se sujeitarem à monarquia. Siha Decho tinha fugido para proteger seu filho levando ele para o
templo do mestre Bua para estudar a arte das danças de Khon. Porém, Siha Decho acaba
morto sendo degolado por um assassino vestido de preto. Toda essa cena foi
assistida por Tien e o soldado de seu pai, após ter gritado vendo seus pais
morrerem, o soldado acaba fugindo com ele, mostrando depois a cena do inicio.
Tien
é encontrado por aldeões que o levam como escravo, e acaba sendo jogado em um
poço para ser atacado por um crocodilo. Sua bravura e resistência contra os
aldeões que o capturaram despertou o interesse de Chernang, o rei dos bandidos
do penhasco. Que adota Tien como seu pupilo. Nas montanhas o garoto aprende
artes marciais e o manejo de armas, coisa que ele sonhava em aprender, mas que
seu pai não aprovava. Esse treinamento é duro, e o jovem passa por vários
desafios até ser reconhecido como um dos membros dos bandidos do penhasco. Tien
cresce e já adulto ele se torna o comandante desse povo.
Tony
Jaa é quem interpreta Tien adulto e inclusive ele dirigiu e escreveu a história
do filme. Assim, ele mostrou que além de ser um artista marcial, ele também tem
talento para um cineasta e soube trabalhar o roteiro do filme de uma maneira muito bacana para um iniciante. Seu personagem a todo o momento anseia o desejo de
vingança pela morte de seus pais. Agora mais forte e conhecedor de guerra do
que nunca, ele não medirá esforços para cumprir seu objetivo. Mas há uma coisa
que ele não esperava que acontecesse e isso levará a um final surpreendente!
O
roteiro do filme foi bem trabalhado e sem dúvida encaixou a história com
perfeição. Apesar de o filme ter muitos figurantes, vale mencionar que eles são
necessários em muitas das cenas. Tony Jaa também coreografou as lutas, e posso
afirmar seguramente que aqui nesse filme, a pancadaria é animal! Jaa não usa apenas Muay Thai como no primeiro filme, aqui
ele mostra que também entende de Kung Fu, pois em muitas das lutas, percebemos que
ele usa técnicas de Wushu do estilo animal, como a cobra por exemplo. E o uso
de espadas e armas brancas? Sensacional! Tien enfrenta um exército armado até
os dentes e um confronto no clímax do longa. Vale mencionar que o uso de
espadas era comum nos exércitos antigos, e esse detalhe foi muito bem encaixado
por Tony Jaa na história, mostrando que o cineasta em seu primeiro trabalho
como diretor quer um filme verdadeiro e bem explorado para a época em que ele
se baseia.
O
principal aspecto que eleva o filme em todos os seus 95 minutos é a vingança do
protagonista. Apesar de esse aspecto ser clichê em diversos filmes, Ong Bak 2 tem uma exclusividade, por ser
baseado em uma história nunca abordada no cinema antes. O final do filme não
agradou a maioria, pois termina de modo bizarro e vago, claro que o terceiro
filme continua de onde parou, mas o que prevalece aqui não são apenas as lutas,
mas todo o roteiro, seja nas cenas de combate, o drama vivido pelos personagens
e nos diálogos.
NOTA: 8/10
Veja
o trailer de Ong Bak 2 no vídeo abaixo:
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