domingo, 7 de janeiro de 2018

O IMBATÍVEL 3: REDENÇÃO


Continuando a saga O Imbatível, vamos agora falar do terceiro filme que foi lançado em 2010, continuando de onde parou o segundo, porém, dentro das dependências da prisão russa. Mais uma vez dirigido por Isaac Florentine, e estrelado por Scott Adkins, Mykel Shannon Jenkins, Mark Ivanir e Marko Zaror. O Imbátivel 3: Redenção, título original Undisputed III: Redemption muda o quadro de elenco, colocando Yuri Boyka como protagonista, talvez isso se deve ao carisma e talento no qual ele apresentou no filme anterior.

Sinopse: A cadeia se torna um ringue quando oito prisioneiros disputam um campeonato internacional. O prêmio para o campeão é a liberdade e muitos dólares para o bolso dos organizadores. Scott Adkins retorna como Boyka, o furioso russo especialista em artes marciais, pronto para tirar sangue dos adversários.

Na minha humilde opinião, O Imbatível 3 é o melhor filme dessa saga, aqui a vida de Yuri Boyka não era como antes, já que no final do segundo filme, ele terminou com a perna quebrada na luta contra Chambers. Portanto, esse filme começa mostrando como ele estava depois do ocorrido. E de fato, Yuri Boyka estava irreconhecível, com cabelos grandes, limpando o chão da prisão e incapaz de treinar novamente, já que sua perna não era mais a mesma. Mas, ele consegue improvisar alguns exercícios utilizando um balde para poder recuperar a força das pernas, e isso dia após dia. Parecia que “o lutador mais completo do mundo” jamais iria competir como antes, devido a sua incapacidade causada pela lesão, o impedindo até mesmo de andar direito. Mas, seus pequenos exercícios aos poucos vão obtendo resultados.

Paralelamente, grandes empresários estavam prestes a realizar um campeonato internacional de luta na prisão, reunindo vários lutadores de diferentes países, no qual o vencedor seria premiado com a liberdade. Boyka, por sua vez já quase recuperado do joelho desafia o atual campeão da penitenciária de onde ele estava, no qual acaba vencendo e o empresário Gaga (Mark Ivanir) se vê obrigado a escolhê-lo para representar a Rússia no torneio. E dessa forma, mesmo não estando 100% de sua lesão, Boyka vai com tudo para o torneio, e se torna claro que treinar é um ótimo remédio para recuperar sua perna.

Porém, o filme mostra que tal campeonato faz parte de uma conspiração de policiais e empresários corruptos que se aproveitam da ocasião para ganhar bastante dinheiro, e para isso eles dão preferência a Dolor (Marko Zaror), um lutador colombiano preferido dos organizadores. As táticas dos oficiais para garantir que o campeonato seja decidido da forma como eles querem, eles passam a levar os outros candidatos, incluindo Boyka, para trabalhar quebrando pedras, e assim facilitar que o lutador colombiano vença facilmente. E para não levantar suspeitas, os lutadores que perdem são executados.

No entanto, Boyka acaba fazendo amizade com Turbo (Mykel Shannon Jenkins), um lutador americano, arrogante e que não leva desaforo pra casa, nem mesmo dos policiais corruptos. A amizade entre os dois contribui para o restabelecimento melhor do joelho de Boyka, já que o americano conhece plantas medicinais, e um pouco de aprofundamento do personagem principal, que inicialmente achamos que ele não passava de um vilão impiedoso. O filme nos mostra mais da personalidade de Boyka e entendemos que ele apenas usa a violência para lutar e assim se tornar o melhor, ele não tem atitudes covardes, como no filme anterior isso já tinha se tornado evidente quando ele venceu uma luta contra Chambers por que seus amigos o havia dopado, ao saber disso Boyka havia ficado furioso com seus companheiros que tentaram trapacear. Portanto, não é um erro vermos o personagem mostrando sua humanidade que aparentava estar desprovido.

As cenas de luta do filme são formidáveis! Dignas que serem admiradas pelos fãs. Tem até mesmo um lutador de Capoeira que representa o Brasil, interpretado por Lateef Crowder. Muita gente não sabe, mas ele é brasileiro sim, nasceu em Salvador, apesar de viver atualmente nos EUA.

O roteiro do filme é simples, mas possui uma boa história, mesmo que o foco seja as cenas de luta. Porém, vi algumas pessoas criticarem o fato de Boyka não estar 100% do joelho e ter conseguido lutar no torneio como se nada estivesse errado com ele. Realmente tem algo errado, mas no raciocínio de quem pensa assim. Por quê? O filme é claro ao mostrar que exercício é um bom método de recuperação, foi dessa forma que o protagonista consegue voltar aos ringues, mas percebe-se que em algumas lutas, ele chega a machucar novamente o joelho e passa a sentir dores, mas não a ponto de deixa-lo fora de combate. Mesmo no final, onde ele quase é massacrado por ter sua perna lesionada como principal alvo, e mesmo mancando, ele consegue lutar. Isso acontece bastante nas lutas de UFC, onde lutadores mesmo com dor em alguma região do corpo, conseguem se manter vivo na luta. Isso não é incomum.

No geral, O Imbatível 3: Redenção agradará os fãs de artes marciais. Além de ter algumas cenas onde mostra o valor da amizade, seu principal objetivo é alcançado. É importante perceber também, que um filme será bom se ele conseguir impressionar seguindo sua premissa inicial, e para isso não precisa necessariamente de um roteiro complexo. Isaac Florentine manteve um bom nível em relação ao filme anterior, e em alguns aspectos, conseguiu superar. Se você for assistir ao filme, espere ver ótimas sequências de combate, que assim não irá sair decepcionado. 

NOTA: 8,2/10

Veja o trailer no vídeo abaixo:

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