Continuando a saga O
Imbatível, vamos agora falar do terceiro filme que foi lançado em 2010,
continuando de onde parou o segundo, porém, dentro das dependências da prisão
russa. Mais uma vez dirigido por Isaac Florentine, e estrelado por Scott
Adkins, Mykel Shannon Jenkins, Mark Ivanir e Marko Zaror. O Imbátivel 3: Redenção, título original Undisputed III: Redemption muda o quadro de elenco, colocando Yuri
Boyka como protagonista, talvez isso se deve ao carisma e talento no qual ele
apresentou no filme anterior.
Sinopse: A cadeia se torna um ringue quando oito prisioneiros
disputam um campeonato internacional. O prêmio para o campeão é a liberdade e
muitos dólares para o bolso dos organizadores. Scott Adkins retorna como Boyka,
o furioso russo especialista em artes marciais, pronto para tirar sangue dos
adversários.
Na minha humilde opinião, O Imbatível 3 é o melhor filme dessa saga, aqui a vida de Yuri
Boyka não era como antes, já que no final do segundo filme, ele terminou com a
perna quebrada na luta contra Chambers. Portanto, esse filme começa mostrando
como ele estava depois do ocorrido. E de fato, Yuri Boyka estava irreconhecível,
com cabelos grandes, limpando o chão da prisão e incapaz de treinar novamente,
já que sua perna não era mais a mesma. Mas, ele consegue improvisar alguns
exercícios utilizando um balde para poder recuperar a força das pernas, e isso
dia após dia. Parecia que “o lutador mais completo do mundo” jamais iria
competir como antes, devido a sua incapacidade causada pela lesão, o impedindo
até mesmo de andar direito. Mas, seus pequenos exercícios aos poucos vão
obtendo resultados.
Paralelamente, grandes empresários estavam prestes a
realizar um campeonato internacional de luta na prisão, reunindo vários
lutadores de diferentes países, no qual o vencedor seria premiado com a
liberdade. Boyka, por sua vez já quase recuperado do joelho desafia o atual
campeão da penitenciária de onde ele estava, no qual acaba vencendo e o
empresário Gaga (Mark Ivanir) se vê obrigado a escolhê-lo para representar a
Rússia no torneio. E dessa forma, mesmo não estando 100% de sua lesão, Boyka
vai com tudo para o torneio, e se torna claro que treinar é um ótimo remédio
para recuperar sua perna.
Porém, o filme mostra que tal campeonato faz parte de uma
conspiração de policiais e empresários corruptos que se aproveitam da ocasião
para ganhar bastante dinheiro, e para isso eles dão preferência a Dolor (Marko
Zaror), um lutador colombiano preferido dos organizadores. As táticas dos
oficiais para garantir que o campeonato seja decidido da forma como eles querem,
eles passam a levar os outros candidatos, incluindo Boyka, para trabalhar
quebrando pedras, e assim facilitar que o lutador colombiano vença facilmente.
E para não levantar suspeitas, os lutadores que perdem são executados.
No entanto, Boyka acaba fazendo amizade com Turbo (Mykel Shannon
Jenkins), um lutador americano, arrogante e que não leva desaforo pra casa, nem
mesmo dos policiais corruptos. A amizade entre os dois contribui para o
restabelecimento melhor do joelho de Boyka, já que o americano conhece plantas
medicinais, e um pouco de aprofundamento do personagem principal, que inicialmente
achamos que ele não passava de um vilão impiedoso. O filme nos mostra mais da
personalidade de Boyka e entendemos que ele apenas usa a violência para lutar e
assim se tornar o melhor, ele não tem atitudes covardes, como no filme anterior
isso já tinha se tornado evidente quando ele venceu uma luta contra Chambers
por que seus amigos o havia dopado, ao saber disso Boyka havia ficado furioso
com seus companheiros que tentaram trapacear. Portanto, não é um erro vermos o
personagem mostrando sua humanidade que aparentava estar desprovido.
As cenas de luta do filme são formidáveis! Dignas que
serem admiradas pelos fãs. Tem até mesmo um lutador de Capoeira que representa
o Brasil, interpretado por Lateef Crowder. Muita gente não sabe, mas ele é
brasileiro sim, nasceu em Salvador, apesar de viver atualmente nos EUA.
O roteiro do filme é simples, mas possui uma boa
história, mesmo que o foco seja as cenas de luta. Porém, vi algumas pessoas
criticarem o fato de Boyka não estar 100% do joelho e ter conseguido lutar no
torneio como se nada estivesse errado com ele. Realmente tem algo errado, mas
no raciocínio de quem pensa assim. Por quê? O filme é claro ao mostrar que
exercício é um bom método de recuperação, foi dessa forma que o protagonista
consegue voltar aos ringues, mas percebe-se que em algumas lutas, ele chega a
machucar novamente o joelho e passa a sentir dores, mas não a ponto de deixa-lo
fora de combate. Mesmo no final, onde ele quase é massacrado por ter sua perna
lesionada como principal alvo, e mesmo mancando, ele consegue lutar. Isso
acontece bastante nas lutas de UFC, onde lutadores mesmo com dor em alguma
região do corpo, conseguem se manter vivo na luta. Isso não é incomum.
No geral, O
Imbatível 3: Redenção agradará os fãs de artes marciais. Além de ter
algumas cenas onde mostra o valor da amizade, seu principal objetivo é
alcançado. É importante perceber também, que um filme será bom se ele conseguir
impressionar seguindo sua premissa inicial, e para isso não precisa
necessariamente de um roteiro complexo. Isaac Florentine manteve um bom nível
em relação ao filme anterior, e em alguns aspectos, conseguiu superar. Se você
for assistir ao filme, espere ver ótimas sequências de combate, que assim não
irá sair decepcionado.
NOTA: 8,2/10
Veja o trailer no vídeo abaixo:
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