O começo da carreira de Jet Li em Hollywood
foi marcada por filmes ótimos e medianos. Dos filmes em que ele foi o
protagonista, O Beijo do Dragão (2001),
é sem dúvida o melhor deles, aliás, continua sendo um dos melhores filmes do
astro chinês. No mesmo ano de lançamento, conhecemos o filme O Confronto, título original The One, filme no qual irei comentar
nessa resenha. O Confronto foi
dirigido por James Wong e além de Li, o elenco têm os nomes de Jason Stathan e
Carla Gugino.
Sinopse:
Gabriel Yulaw é um policial confrontado com uma
forma sinistra de si mesmo que escapou de um universo paralelo e avançado com a
intenção de matar Gabriel. A caça ao seu alter ego culmina em uma batalha
decisiva entre o bem e o mal que muda a percepção de realidade de Gabriel e lhe
obriga a examinar o mal escondido dentro de si.
Uma das coisas que me
incomodou neste filme, foram os efeitos especiais exagerados. Claro que aqui e
ali havia alguns momentos legais e lutas bacanas, mas os efeitos foram tantos
que estragaram a maioria das cenas. Vale notar que Jet Li não precisa de
efeitos especiais para que seus movimentos sejam estupendos, quem já viu os
filmes do cara, sabe muito bem disso. O problema é que como resolveram misturar
ação com ficção científica, o resultado não saiu muito bem. Por que em primeiro
lugar, em questão de roteiro, o filme é muito pobre; em segundo, os diálogos
são nitidamente forçados; e em terceiro, estragaram a maioria das cenas de
combate, uma vez que estas poderiam dar uma luz positiva ao filme inteiro.
No entanto, apesar dessas
falhas, a ideia de O Confronto é bem
interessante! Universos e multiversos nos são mostrados, mesmo que não haja uma
espécie de aprofundamento nessa história, não parecia ter necessidade, mas se
tivessem feito com certeza o filme seria outra coisa. Portanto, o roteiro é bem
simples, na verdade simples até demais. Acredito que como se tratava também de
ficção científica, não era pra ter deixado lacunas em branco, e sem falar que o
filme tem uma curta duração de menos que 90 minutos. Se fossem acrescentar
alguns minutos a mais que serviriam para nos dar mais informações sobre os universos
paralelos, eu daria um pouco mais de crédito à produção.
Jet Li segura o filme como
pode e da sua maneira. Extremamente carismático em seus filmes, o chinês
impressiona em frente às câmeras mesmo sendo camuflado por uma onda de efeitos
especiais desnecessários. E uma parceria rápida e bem legal foi ter tido Jason
Stathan ao seu lado em alguns momentos do filme. Posteriormente, os dois se
encontrariam novamente no filme Rogue: O
Assassino (2007), e mais alguns anos à frente, eles trabalhariam juntos na
trilogia Os Mercenários.
Voltando a falar de O Confronto, esse filme apesar de suas
falhas é uma produção que pode agradar os fãs do gênero que não são muito
exigentes. Inclusive os efeitos, que claramente são uma cópia inferior ao que
foi vista no clássico Matrix (1999)
pode impressionar quem não é acostumado com o gênero, apenas por diversão
mesmo. Vale a pena destacar a luta entre os dois Jet Li, um do bem e o outro do
mal. Sabemos claramente que um deles é dublê, mas não há como negar que foi a
melhor cena do filme, mesmo com efeitos especiais manchando a cena, a luta dos
dois foi muito boa!
Eu já assisti O Confronto umas três vezes, lembro-me
que na época nostálgica das locadoras, eu sempre via aquele pôster azul de
longe e eu sabia muito bem de que filme se tratava, como fã de Jet Li, ver esse
filme é uma obrigação de minha parte, apesar de que ele é um dos filmes mais
fracos dele desde que chegou a Hollywood.
NOTA: 6/10
Atenção! Atualmente, este filme se encontra no catálogo da Netflix.
Veja o trailer no vídeo
abaixo:
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