Será que existe algum cinéfilo que nunca viu
um filme dirigido por Steven Spielberg? Eu duvido, até por que, esse cineasta é
um dos mais conceituados na história do cinema. Seu currículo é composto por
obras gigantescas, merecidamente reconhecidas e admiradas pela crítica e pelo
público, entre seus filmes temos Tubarão
(1975), o clássico que o tornou mundialmente conhecido, antes disso ele
dirigiu o divertido Louca Escapada
(1974); nos anos 80 ele foi o responsável pela franquia Indiana Jones. Em 1993 ele comandou Jurassic Park e A Lista de Schindler. Querem mais? A filmografia do cara é de tirar
o chapéu, isso é inegável! Mas, vamos comentar hoje sobre um dos primeiros
filmes dele, Encurralado, título
original Duel, lançado em 1971.
Sinopse:
David Mann está dirigindo seu carro pelas
estradas da Califórnia, quando começa a ser perseguido por um caminhão
gigantesco, dirigido por um homem não identificado, que parece querer brincar
com ele perigosamente na estrada. No decorrer do trajeto, David começa a
perceber que a perseguição não se trata, apenas, de uma mera brincadeira. À
medida que as provocações do misterioso caminhoneiro atingem níveis mortais,
David procura desesperadamente despistar seu torturador, que parece não ter
nenhum compromisso naquele dia a não ser mata-lo.
No inicio da década de 70, Spielberg não era
tão conhecido assim. Mas foi Duel que
se tornou o ponto de partida para que sua carreira no cinema atingisse um patamar
muito maior. Originalmente, Duel seria
um telefilme (filmes lançados diretamente na TV), mas devido ao sucesso do
mesmo com direito a prêmios no Festival de Cinema Fantástico de Avoriaz na
França, além de notas máximas por parte dos críticos, o filme chegou a ser
exibido em salas de cinema, e isso alavancou a carreira do cineasta. Mas, será
que o filme cumpre seus requisitos? Sem dúvida que sim. Observe que a trama
parte de uma premissa bem simples, inclusive foi produzido em apenas 13 dias. A
ideia central é rica apesar dos poucos recursos.
Encurralado
é um
filme inovador para a época, contém elementos que mantém a sensação de angústia
nos espectadores durante toda a projeção. Além disso, o motorista do caminhão
que persegue o protagonista é cautelosamente mantido em segredo, em outras
palavras, não vemos o seu rosto em momento algum. Nesse ponto, Spielberg deixou
um ar misterioso que fez com que o filme ganhasse ainda mais a atenção do
público, pois sua intenção era mostrar que o caminhão, e não o motorista era o
verdadeiro monstro do filme, não como o veículo, mas no que ele representa. Vale
mencionar também as cenas altamente tensas quando os veículos estão em alta
velocidade na estrada, onde ocorre o desespero do personagem David Mann em
salvar a sua vida desse incidente, no qual ele entrou sem querer.
No entanto, o filme não explica as motivações
do motorista. Afinal, isso não era a ideia do diretor, mas acabou deixando
muitos com dúvidas a respeito disso. Por que se um caminhoneiro decide do nada
perseguir um certo cidadão, apenas por que este o ultrapassou na estrada, é
algo que hoje em dia as pessoas querem uma explicação pra isso. Na época,
talvez o público não exigisse nada disso, mas para os dias de hoje, embora o
filme não tenha envelhecido nada, há aqueles que querem mais desenvolvimento
para que as dúvidas sejam saciadas nas histórias que veem. Por outro lado, eu posso
considerar Encurralado como uma
obra-prima e um clássico dos anos 70. Eu demorei muito para ver esse filme, e
digo seguramente que ele me impressionou de tal maneira que resolvi antecipar a
resenha dele aqui no blog.
NOTA: 8/10
Veja o trailer do filme no vídeo abaixo:
É um ótimo filme que rendeu um grande números de obras similares, geralmente resultado em filmes B de ação e suspense.
ResponderExcluirAbraço