É do conhecimento de todos que a franquia O Exterminador do Futuro havia declinado a partir do terceiro
filme. O primeiro e o segundo fora feitos com a direção de James Cameron, e sua
saída da franquia talvez tenha sido o principal fator que contribuiu para que a
qualidade e simplicidade na história tenham sido comprometidas. No entanto, o cineasta
McG participou na direção do quarto filme, ao que a princípio parecia querer
resgatar elementos vistos nos dois primeiros. E mesmo com algumas novidades
apresentadas e o futuro pelo qual o protagonista John Cornnor teria que viver,
que era a guerra contra as máquinas, o filme se deixou levar demais, acabou
caindo em diversos erros e para muitos não teve tanta diferença em relação ao
filme anterior, particularmente eu achei esse quarto filme da franquia bem mais
fraco.
O Exterminador do Futuro 4: A Salvação, título original Terminator Salvation, foi lançado em 2009, e nos trás obviamente a
continuação da saga das máquinas, e que aqui se passa durante a guerra, onde a
humanidade estava aniquilada quase que por completa, devido ao ataque visto no
final de Terminator 3. Esse quarto filme é
estrelado por Christian Bale, Sam Worthington, Anton Yelchin, Bryce Dallas
Howard e Moon Bloodgood.
Bale interpreta John Connor, o futuro líder da resistência humana que
ainda luta para tentar salvar a humanidade. Sam Worthington é tido no filme
como o ciborgue Marcus Wright, pelo qual não estava previsto que apareceria no
futuro, e que por conta disso os planos de Cornnor em relação a sua sobrevivência
mudariam por completo. Anton Yelchin interpreta Kyle Reese adolescente, o mesmo
personagem que foi ajudar Sarah Connor no primeiro filme, aqui sua participação
é de grande importância, já que ele é o pai de John Connor.
Ambientando no ano de 2018, o filme segue a linha narrativa em plena
guerra, onde a ação é mais visível do que os diálogos. Em termos de qualidade
técnica, o filme é ótimo! Os efeitos especiais são um primor e maravilhosamente
bem feitos! O problema, no entanto, está no roteiro, que como já foi mencionado
tentou resgatar alguns elementos originais, como falas, o jovem Kyle Reese, menções
a Sarah Cornnor e o futuro já premeditado, porém, a inclusão do ciborgue Marcus
que faz uma aparição no inicio do filme, e é jogado para 15 anos depois no
futuro, onde ele encontra um mundo completamente dominado pela guerra e pelo
massacre, e máquinas perseguindo pessoas, é algo bem forçado.
Tudo bem que o filme tentou trazer algo novo, mas a falta de informação
que temos a respeito de Marcus acaba por afetar também seu envolvimento na
trama. Quem é ele? Por que viajou no tempo? Ele é humano ou máquina? São essas
perguntas que fazemos ao longo do filme, diante desse personagem misterioso,
mesmo que algumas delas sejam esclarecidas devido a uma aliança feita entre ele
e John.
O plano de sequência que se segue após Jonh e Marcus se encontrarem é
bem legal de acompanhar devido a Kyle está em companhia do misterioso ciborgue,
porém, sabemos que ninguém da resistência tem informações sobre Marcus, até
mesmo o Skynet, onde a resistência tenta se infiltrar sequer possui alguma
informação. Também é importante mencionar que Jonh ao saber que aquele
adolescente é Kyle Reese, ele tem plena consciência da importância de que este
sobreviva, ao contrário dos demais membros da resistência que não dão tanta
credibilidade assim.
Arnold Schwarzenegger era o atual governador do estado da Califórnia na
época de produção do filme, o que seria o motivo de ele não estar no elenco. Em
compensação, o ciborgue T-800 com a cara de Arnold faz uma pequena aparição
onde ele parece mais aquele do primeiro filme, um exterminador que não tinha
sentimentos com humanos e que partiu para atacar John Cornnor. As menções de
Sarah Connor servem como elemento nostálgico e motivador para o desenrolar da
história. A atriz Linda Hamilton não aparece, o que vemos apenas, melhor
dizendo ouvimos, é a voz de sua personagem reproduzida através de um aparelho
que Jonh possuía, e que lhe servia de orientação, inclusive sobre a identidade
de seu pai Kyle Reese.
Mas no geral, O Exterminador do
Futuro 4: A Salvação deixou a desejar. Claro que sua história era
interessante, afinal se trata de uma continuidade daqueles filmes de sucesso
dos anos 80 e 90. O problema é que foi mal executado, e os personagens não possuíam
carisma, exceto Kyle, e mesmo o grande ator Christian Bale não se saiu tão bem
como Jonh Connor. Todavia, o que mais gostei nesse filme foi à inclusão de
diferentes tipos de ciborgues em alucinantes cenas de ação, cada um com sua
particularidade.
NOTA: 5/10
Veja o trailer no vídeo abaixo:
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