O impecável filme vencedor do Oscar de Melhor Animação, Viva – A Vida é Uma Festa, título
original Coco, é mais uma grande
produção da Pixar Animation Studios, que mais uma vez acerta em cheio com sua
temática suave e emocionante. Lançado aqui no Brasil no dia 4 de janeiro de
2018, o filme foi dirigido por Lee Unkrich e com vozes de Anthony Gonzales,
Gael Garcia Bernal, Benjamim Bratt e Alanna Ubach.
Sinopse: Miguel é um menino de 12 anos que quer muito ser um
músico famoso, mas ele precisa lidar com sua família que desaprova seu sonho
por conta de acontecimentos passados que fizeram com que todos na família
banissem a música. Determinado a virar o jogo, ele acaba desencadeando uma
série de eventos ligados a um mistério de 100 anos. A aventura, com inspiração
no feriado mexicano do Dia dos Mortos, acaba gerando uma extraordinária e
emocionante reunião familiar.
Eu amei esse filme! Amei mesmo! Sua narrativa segue uma linha tão interessante,
que mesmo nos minutos iniciais nos vemos envolvidos na história. O carisma dos
personagens também ajuda nesse sentido, e isso não é tudo. O lance de incluir
um feriado tradicional ao estilo mexicano, onde as pessoas fazem homenagens
para lembrar de seus entes queridos falecidos foi algo bem criativo! E que apesar do tema do feriado incluir pessoas mortas, o filme consegue mesclar essa situação a um clima divertido
e totalmente contrário a qualquer tristeza que feriados assim possam trazer. O
roteiro ainda acerta por incluir o tema musical que colabora para que cada
situação possa entreter o espectador. Além disso, cada personagem tem seu
espaço, mesmo que alguns deles sejam poucos. Sem dúvida, não há como negar da
qualidade tanto técnica quanto no desenvolvimento do filme que manteve o nível
durante 105 minutos de duração.
O protagonista Miguel, ao usar maneiras pouco convencionais para
realizar seus sonhos, comete um erro e vai parar no mundo dos mortos, como uma
punição de seus atos. Porém, não pense que o mundo dos mortos onde será palco
de quase toda a projeção, seja um lugar triste, ao contrário, nesse filme ele
trás um mundo completamente feliz, onde há festas, concursos, e uma grande
movimentação por conta do feriado. Miguel encontra seus parentes já falecidos
(em forma de esqueleto), e para voltar ao mundo dos vivos, ele precisa de uma
benção. Mas o seu sonho de ser músico acaba por afetar seu possível e rápido
regresso, já que seus parentes mortos também não aprovam a música.
Miguel acreditava que era descendente do mais popular dos músicos, e por
isso sai à sua procura para receber a benção que o faria retornar, sem restrições para que assim possa seguir em busca de seu sonho como músico. No
caminho ele encontra Héctor, um sujeito engraçado que nunca pôde visitar a
família, pois ninguém havia colocado sua foto na ofrenda, e que ele está no
mundo dos mortos por que apenas sua filha se lembra dele. Caso ninguém do mundo
dos vivos se lembre de algum parente, esse acaba por desaparecer no mundo dos
mortos. Héctor a principio parece apenas mais um personagem que fará companhia
ao jovem protagonista, porém, sua participação na trama é de suma importância
para o desenrolar geral do filme, como também o desfecho.
O filme trás algumas reviravoltas durante o clímax, algumas delas são
bem surpreendentes, mas não irei detalhar esses acontecimentos para não
estragar a surpresa de quem ainda não assistiu. O que posso garantir é que Viva – A Vida é Uma Festa é um filme
magnífico que encantará crianças e adultos. Como já dito antes, sua narrativa é
tão suave e delicada que nos direciona a uma grande e divertida aventura em um
mundo pós vida, onde na realidade ninguém sabe como é ou se existe de fato.
Todavia, a ideia do roteiro não é trazer a nossa atenção temas religiosos ou
inculcar a crença da vida após a morte (conforme já vi algumas pessoas
alegando), bem diferente disso, a ideia central é nos mostrar acima de qualquer
outra coisa, o valor da família e também no mesmo patamar a típica situação de
nunca desistir de seus sonhos, mesmo diante de barreiras que parecem ser
impossíveis de derrubar.
Portanto, analisando a história, o desenvolvimento, o design e o carisma
dos personagens, nos leva a conclusão de que a conquista do Oscar de Melhor
Animação foi mais do que merecida. Porém, vale lembrar que não foi apenas conquistado
esse prêmio da Academia, o filme também recebeu o Oscar de Melhor Canção
Original, o que nos fazem chamar atenção para as músicas tocadas durante o
filme, que além de lindas e inspiradoras, consegue dar um tom mais forte diante
dos eventos do filme, deixando tudo bem encaixado sem ter que apelar para
diálogos forçados.
Viva – A Vida é Uma Festa é um filme único e excepcional! Acredito que
assisti-lo reunido com a família pode ser uma forma de unir ainda mais. Mesmo
diante de diferenças ou mágoas que possa surgir na vida, o filme é uma baita
lição de que o amor e a união pode curar qualquer rancor, independentemente de
haver parentes que cometeram erros graves em relação à família. De maneira bem
simples, esse é um exemplo de filme que dificilmente sairá das nossas mentes,
principalmente todos nós, sem exceção, que já sofremos perdas de entes
queridos. Por isso, Viva – A Vida é Uma
Festa é um filme sensacional e digno de ter recebido dois Oscar, o que
inclui o Melhor Filme de Animação.
NOTA: 10/10
Veja o trailer no vídeo abaixo:
devo ver qd chegar a tv a cabo. a música q ganhou o oscar é péssima. na verdade todas as concorrentes a música eram ruins. beijos, pedrita
ResponderExcluiré lindo demais não é mesmo? obrigada por colocar o link no meu blog pra eu vir aqui. gosto de ler as postagens depois q vi. eu gostei muito de contar a tradição dos mexicanos no dia dos mortos. não conhecia. sempre via essa trilha que fazem nessas tradições, não sabia que eram pra trazer os mortos para as oferendas que deixam pra eles. lindo demais. e tinha me esquecido das caveirinhas, aí quando começou fiquei encantada. é muito delicada a condução da trama e dos mortos. com respeito. lindo mesmo. avisa sempre que tiver postagem do q vi por lá tb. obrigada. beijos, pedrita
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