Para quem ainda não
leu, recomendo que leiam as duas críticas sobre os outros filmes dessa saga
antes de continuar aqui. A crítica do primeiro filme lançado em 2003 clique aqui, para o segundo lançado em 2008 clique também aqui. Ao lançar o filme Ong Bak, o cinema oriental acabou
revelando ao mundo uma nova estrela das artes marciais, seu nome é Tony Jaa.
Ele logo conquistou o público e acabou sendo considerado o “novo Bruce Lee”, ou
o “Bruce Lee da Tailândia”. Além de ter mostrado a arte do Muay Thai de uma
forma nunca vista antes.
A partir daí, vários
filmes do gênero foram sendo produzidos e lançados para o mundo, entre muitos
deles, o público aguardava a sequência de Ong
Bak, que veio em 2008 com o filme Ong Bak 2 dirigido e protagonizado pelo
próprio Tony Jaa. Mas o filme resolveu voltar no tempo e mostrar acontecimentos
muito antes do que vimos no filme de 2003, como já dito nas críticas publicadas
sobre essa saga aqui nesse blog, algumas pessoas acham que se trata de uma
história que não tem ligação nenhuma. Mas eu posso afirmar seguramente que tem
sim. O filme Ong Bak Guerreiro Sagrado se
formos levar pela ordem cronológica de eventos, ele seria o terceiro filme e Ong Bak 2 seria o primeiro. Vamos falar
de Ong Bak 3 e entender de uma
vez por todas, como funciona essa saga, algo que muitas pessoas tentam
entender.
O filme foi novamente
dirigido por Tony Jaa em parceria com o responsável pelo seu sucesso, o coreógrafo
Panna Rittkrai. Lançado em 2010, o filme começa exatamente de onde parou Ong Bak 2. Tien (Tony Jaa) após matar
seu mestre que na verdade foi o assassino de seu pai, é capturado pelo
imperador e torturado brutalmente. Condenado à morte, a única escapatória de
Tien é depender de seus amigos de treino e uma bela jovem com quem ele teve amizade na
infância. Estes conseguem retirar Tien do local onde seria executado, mas como
estava quase morto de tanta tortura, o mestre Bu, monge pelo qual o pai de Tien
o tinha deixado como responsável pelo seu filho, Pim, a jovem amiga de infância
de Tien e outras pessoas do templo realizam um ritual para curar os ferimentos
do guerreiro. E aos poucos ele vai se recuperando, e por recomendação do monge,
ele passa a realizar profunda meditação.
Entretanto, no final
de Ong Bak 2 havia aparecido um
bruxo, no qual tinha lutado contra Tien e o espancado. Ele nutre uma ambição
para tomar o trono do imperador, e para isso lança uma maldição contra ele, para
que depois de mata-lo, assuma o trono, governando as pessoas na base da
crueldade. Paralelamente, Tien em sua recuperação começa a desenvolver um novo
estilo de luta em que é misturado com uma dança, ao mesmo tempo em que ele usa
a meditação para limpar a mente. E após saber do novo imperador, ele trava sua
última batalha novamente contra esse ser que tem poderes sobrenaturais.
O bruxo e vilão do
filme é interpretado por Dan Chupong, o protagonista do filme Nascido Para Lutar. Apesar da
superioridade dos filmes anteriores, o que tem gerado muita expectativa, Ong Bak 3 é o mais fraco dos filmes da
saga, isso por que ele apela muito para dança e meditação, ao invés das
incríveis batalhas vistas nos outros filmes, o que acabou tornando-se
decepcionante. Além disso, há algumas situações confusas e inexplicáveis sobre
os poderes sobrenaturais do vilão, algo que poderia ter sido descartado. E também uma cena, em que volta de repente no tempo, e fica a dúvida se aquilo era imaginação ou algo real. Realmente, tem algumas coisas em Ong Bak 3 que deixou a desejar, principalmente a luta entre Tony Jaa e Dan Chupong, o que gerou expectativas quando conhecemos o talento dos dois, faltou muita criatividade nesse combate que deveria ser o melhor de todos.
Mas levando em conta o segundo filme, podemos dizer que Ong Bak 3 é um bom complemento e torna mais fácil entender a trilogia. Tony Jaa, no entanto, deveria ter explorado mais as suas habilidades, mas parece que isso não era o mais importante, já que ele possui crédito entre os fãs de filmes de luta. E mesmo com as falhas de roteiro, vale a pena a experiência de assistir, pelo menos se você quiser entender como vai terminar a jornada de Tien.
Mas levando em conta o segundo filme, podemos dizer que Ong Bak 3 é um bom complemento e torna mais fácil entender a trilogia. Tony Jaa, no entanto, deveria ter explorado mais as suas habilidades, mas parece que isso não era o mais importante, já que ele possui crédito entre os fãs de filmes de luta. E mesmo com as falhas de roteiro, vale a pena a experiência de assistir, pelo menos se você quiser entender como vai terminar a jornada de Tien.
Alguns podem achar que não há ligação entre o segundo e o terceiro com o primeiro filme da trilogia. Na verdade, não há ordem cronológica se levarmos em consideração o lançamento de cada filme; mas há evidências que indicam que tem sim, tudo a ver com a história do filme de 2003. Pra poder explicar um pouco sobre esse ponto, temos que ter em mente o seguinte: em Ong Bak 2
retrata um época de muito tempo atrás sobre o jovem Tien, que se tornaria um
guerreiro muito poderoso que inicialmente era motivado pela vingança. Ong Bak 3 continua de onde parou,
mostrando a recuperação de Tien e sua luta para salvar um povo oprimido pelo
malvado imperador que se apossou do trono. E após salvar as pessoas, Tien cria
um povoado onde eles veneram o seu deus, o Buda. (Veja a foto acima)
Ong
Bak Guerreiro Sagrado já parte da nossa época moderna, um
vilarejo isolado onde vive pessoas que adoram o Buda Ong Bak. Podemos dizer que
Ting (protagonista do primeiro filme) é um descendente de Tien. Mas como
podemos ter certeza de que as histórias possuem uma ligação? Se observarmos um pequeno detalhe nos filmes, podemos tirar essa dúvida. Observe, por exemplo, a foto
abaixo, ela é a do Buda de Ong Bak 3, perceba
que ela é dourada:
Em uma cena de Ong Bak 3, Tien
luta contra vários soldados que usavam lanças, e ao tentar atingir Tien, a
lança acaba fazendo esse arranhão na estátua do Buda, observe:
Agora vamos para Ong Bak Guerreiro Sagrado, olhem a cara
do Buda, veja o mesmo arranhão:
O Buda não tem originalmente esse pequeno arranhão. Não será isso uma
ligação dos filmes? Ou acha que o corte que foi feito na cara do Buda foi algo gratuito? Alguns talvez digam: “mas o Buda de Ong Bak 3 é dourado!” Sim, mas
tente harmonizar com a época, Ong Bak 3
é baseado em um tempo bem antigo, já o primeiro Ong Bak é baseado na nossa
época, acha que a mesma estátua ficaria do mesmo jeito, bem bonitinha como se
tivesse nova? É algo bem difícil de acontecer. Entre outras coisas, a trilogia
Ong Bak estão em harmonia sim. E essa é só uma breve comparação para
aqueles que ficaram confusos com a história da saga tentarem tirar suas conclusões a partir disso.
NOTA: 6,2/10
Veja o trailer no
vídeo abaixo:
adorei ate q faz sentido eu nao gostei do final do ong bak 3 ele volta no tempo ea luta nao foi oq eu esperava
ResponderExcluirRealmente a luta final deixou muito a desejar, era Tony Jaa vs Dan Chupong, era pra ter sido épico, mas infelizmente nem tudo sai como imaginamos. Sobre a volta no tempo, eu entendi que tudo aquilo era ilusão do feiticeiro, e como Tien à aquela altura já estava controlando seu "karma" devido a muita meditação que ele tinha feito ao longo do filme, e dessa forma ele conseguiu reverter a magia. Foi tipo, feitiço vira contra o feiticeiro.
ExcluirEu procurei o filme em Português, mas n achei. Alguém poderia dizer onde encontro o filme? Gostaria muito de assistí-lo. Obrigado.
ResponderExcluirOlá, segue o link: https://ok.ru/video/419942304411
Excluir