Até que ponto uma mãe pode chegar, para poder salvar a vida seu filho? O filme intitulado O Sequestro lançado
em 2017 dirigido por Luis Prieto e estrelado por Halle Barry, mostra uma
situação de desespero de uma mãe, após seu filho ser sequestrado. Guiado por
seus instintos de mãe, ela não espera pela polícia, e sim ela mesma irá
perseguir os sequestradores e não desistirá até que seu filho esteja a salvo em
seus braços.
Esse é mais um filme de suspense que segue a mesma linha
daqueles clichês e sem um roteiro complexo. Não há desenvolvimento de nada além
do sequestro relâmpago que acontece com o filho de Karla (Halle Barry) em um
parque. Karla é uma mulher divorciada que luta pela guarda de seu filho, pois
seu ex-marido planeja tirá-lo. Trabalhando como garçonete, onde ela lida com
clientes chatos e que querem a todo custo irritá-la, Karla é uma mulher
equilibrada e batalhadora. É mais do que nítido o amor dela pelo seu filho
Frankie (Sage Correa), considerando como a razão do seu viver. Mas tudo muda
quando eles estão em um parque, e com um pequeno descuido de Karla, seu filho
desaparece. Ao procura-lo, ela o avista sendo arrastado para um carro.
Não sei se você percebeu, mas como toda aquela gente que
estava no parque não viu nada? Vale mencionar que o garoto estava sentado em um
banco rodeado de pessoas ao ser confrontado por uma mulher estranha. Mas enfim,
após o garoto ser levado, Karla não se preocupa em chamar a polícia, até por
que no meio do desespero, seu celular cai no chão. Assim, sozinha ela passa a
perseguir o carro dos sequestradores em uma busca alucinante que perdura
durante todo o filme.
O diretor inclui um clima de suspense com cenas de ação,
que agrada a quem gosta do gênero, porém, alguns detalhes antes mencionados,
tais como a briga de Karla e seu ex-marido pela guarda do filho são jogadas
para escanteio, não há desenvolvimento sobre isso. O filme apela apenas para o
possível resgate da criança sequestrada feito pela própria mãe, já que a
policia nem sequer se mexe durante todo o longa, algo que me incomodou um
pouco.
Há também alguns furos durante a perseguição na rua. Ao
perceberem que a mãe do menino estava em sua cola, a dupla sequestradora começa
a atirar objetos pra fora do carro, com a intenção de atingir Karla. Mas isso
acontece em uma parte muito movimentada da rodovia, onde vários outros carros
estavam atrás, e chega a ser incrível que ninguém chama a policia para tal ato
suspeito, sem contar no carro de Karla que estava mais do que evidente para os
outros motoristas perceberem que ela estava seguindo aquele carro suspeito. Não
posso deixar de mencionar a cena onde o bandido sai do carro com uma faca e
Karla deveria aproveitar a oportunidade para atropelá-lo, assim ele não ia mais
fugir com seu filho, mas nem isso ela faz, pois ela fica com medo e engata a
marcha ré. Meu Deus que burrice!
Mas com todos esses furos, e com uma história clichê, O Sequestro agrada quando o espectador
gosta de filmes agonizantes. Torcemos para que a personagem consiga seu
objetivo. Vale ressaltar que Halle Barry é uma ótima atriz e que os furos do
filme não são culpa dela e sim do roteiro fraco que o filme teve. Afinal, ela
já tinha brilhado em um suspense um pouco parecido Chamada de Emergência (leia nossa crítica aqui).
Assim, a atuação da protagonista é o principal aspecto
que salva o filme junto com seu conteúdo, ela consegue segurar o filme todo nas
costas e também nos repassa com precisão o desespero de uma mãe. Embora o filme
foque apenas no carro de Karla e em nenhum momento no veículo dos sequestradores,
(algo que também senti falta) é um bom filme de suspense e que vale a pena ter a experiência de vê-lo, em especial se você gosta de filmes tensos.
NOTA: 6,4/10
Veja o trailer no vídeo abaixo:
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