Joker
é um
filme de suspense psicológico lançado em 2019, dirigido por Todd Phillips.
Estrelado por Joaquim Phoenix, Robert De Niro, Zazie Beetz, Bill Camp e Frances
Conroy. O filme conta sobre o personagem das HQs da DC Comics, o Coringa,
abordando sua vida pessoal antes de se tornar o assassino psicopata que todos
conhecem muito bem.
O Coringa é um dos vilões mais icônicos da
cultura pop, possui uma grande legião de fãs ao redor do mundo. Quem me conhece sabe, eu
sou um desses fãs do Coringa, acompanhei todas as suas versões no cinema e digo
a vocês que era um personagem difícil de compreender, eu disse era. O novo filme do personagem, um
filme solo por sinal, abordou a vida desse homem psicótico de uma forma tão
profunda que fica difícil continuar considerando-o como um psicopata que mata
sem razão alguma. Claro que aqui não estamos defendendo nenhum tipo de
violência ou algo do tipo, mas através de uma ótica direta na mente, nas
circunstâncias e na vida pessoal do personagem, obtemos uma compreensão maior
do que ele está sentindo, o que de alguma forma, nos aproxima dele e criamos
uma empatia sincera que nos faz gostar do personagem, apesar dos crimes que ele
comete.
ATENÇÃO! ESTA RESENHA CONTÉM ALGUNS SPOILERS DO FILME.
O filme critica a sociedade que abandona e
esquece pessoas que necessita de cuidados especiais. Também há uma forte
critica contra pessoas que não entendem umas as outras, que zombam,
discriminam, agridem, sem entender nada do que a pessoa está passando naquele
momento ou o porquê ela age de forma estranha. Isso me faz lembrar um pouco do
filme Primeiro da Classe (2008), onde
um homem é afetado na vida de várias maneiras por conta de uma síndrome que
fazia tiques e sons involuntários, e muitas pessoas não compreendiam, o que o
deixava deprimido e com baixa autoestima, felizmente nesse filme o protagonista
dava a volta por cima e superava sua síndrome e conseguia lidar com o
preconceito. Com o filme Coringa a
situação percorre um rumo diferente, mas existem essas semelhanças que me
fizeram lembrar e fazer uma pequena relação.
Joaquim Phoenix conseguiu fazer uma
interpretação gloriosa e magistral! Um dos grandes feitos desse projeto é o
desenvolvimento do personagem, que é feito de uma forma impecável! Acompanhamos
a vida de Arthur Fleck com seu trabalho como palhaço. E logo de imediato,
percebemos que ele possui uma doença neurológica que faz com que ele ria em
momentos inapropriados e, por essa razão, ele visita regularmente um serviço de
assistência social para adquirir remédios. Seu trabalho como palhaço o ajuda a
se manter e cuidar de sua mãe, Penny. Porém, muitas vezes ele é agredido por
delinquentes no meio da rua. Devido a um mal entendido envolvendo uma arma de
fogo, que lhe foi emprestada por um amigo para que Arthur se protegesse dos
delinquentes que o agredia, ele é demitido por seu chefe por portar a arma, e
para piorar o tal amigo, nega qualquer envolvimento com o artefato.
Sempre que vinha um ataque de risos, Arthur
tentava se explicar para as pessoas que estiverem por perto sobre o seu
problema neurológico, mas dentro de um metrô, ele tem o ataque de risos quando
um grupo de três jovens que tentam assediar uma mulher, ao ser contestado sobre
o porquê estava rindo, ele tentou explicar sobre o problema, mas foi impedido,
sendo então brutalmente agredido pelos jovens. Essa ação desencadeia em assassinatos
e consequentemente, o caos na cidade de Gotham. Arthur é afetado mais ainda
quando seu programa de assistência social é cortado e fica sem seus remédios.
Além disso, ele enfrenta crises familiares envolvendo sua mãe e seu possível
pai, gerando momentos revoltantes. Arthur ainda é zombado na tv por conta de
seus risos, que foram gravados enquanto ele tentava se apresentar e a gravação
foi parar em um programa de televisão.
Portanto, diante das circunstâncias, do que
se passava na mente dele e a triste realidade de sua vida, fica mais claro
notar as motivações pelos quais Arthur se torna então um psicopata frio e
violento. A cena onde o Coringa vai ao programa de tv é altamente chocante e
surpreendente! Novamente volto a frisar que o filme não está incitando
violência, como alguns “intelectuaizinhos”
chegaram a afirmar. Ao contrário disso, o filme nos aproxima de uma mente perturbada
por doenças e situações revoltantes que fariam qualquer um cair em depressão e
posteriormente um suicídio. Por esse lado, é um ponto muito importante abordado
no filme que deve ser discutido e analisado. Talvez até seja um alerta para que
autoridades competentes tomem providências em relação às pessoas que passam por
situações semelhantes a essa. Coringa é
um balde de água fria e uma facada no estômago da sociedade.
Além do roteiro com uma abordagem um pouco
diferente, se tratando de um personagem das HQs, outro grande triunfo do filme
é a atuação de Joaquim Phoenix, conforme já mencionado, ele trouxe um coringa
tão bom quanto o que foi interpretado por Heart Ledger, em Batman: O Cavaleiro das Trevas (2008). Porém, eu não sou de fazer
comparações idiotas sobre “quem foi o
melhor coringa?”. Não! Isso tá fora de cogitação, e não é nada justo
exaltar um e desmerecer o outro. Ambos foram excelentes intérpretes do palhaço
do crime! E assim como aconteceu com Ledger, Joaquim Phoenix o Oscar 2020 é
seu!
NOTA: 10/10
Veja o trailer no vídeo abaixo:
Ótimo filme.
ResponderExcluirAbraço
lindo esse pôster. o filme fala muito da invisibilidade, não só de quem tem problemas, mas dos pobres tb. eu gosto q o filme mostra que quem forneceu a arma pra ele é igualmente responsável pelo o q acontece a seguir. maravilhoso mesmo. e phoenix está gigante. que filme. obrigada por me avisar da postagem. beijos, pedrita
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