Sua história é bem simples e ao ser resumida mostra Jim
Halsey (C. Thomas Howell) levando um carro para a Califórnia, e em uma noite
chuvosa ele dá carona a John Ryder (Rutger Hauer) que estava acenando à beira
da estrada. Porém, esse homem se revela um completo demente que faz ameaças a
Jim, caso ele não faça o que John pedir. Mas, Jim consegue chutá-lo para fora
do veículo e assim pensa ter se livrado dele.
No dia seguinte, ele vê John
Ryder no carro de uma família, pois fica claro que ele pediu carona a essas
pessoas também. Nessa família tinha crianças, e Jim desesperado entra na contramão
e tenta avisar a família que o homem que eles tinham dado carona é um louco.
Mas sua tática quase resulta em um acidente. Ao prosseguir seu caminho, Jim encontra o carro da
família jogado na beira da estrada, e ao ver que a família tinha sido assassinada, ele
vomita e mesmo que o filme não mostre as imagens, a reação de Jim dá pra perceber que o
negócio estava feio! Mas a pior das situações e que elevará o filme inteiro é
que Jim fica como responsável pelas mortes cometidas pelo psicopata que pede
carona. A vida de Jim vira um inferno a partir de então, pois ele passa a ser
perseguido astutamente por John que se diverte com a situação do rapaz.
Além da morte dessa família, Jim é considerado o autor dos assassinatos de
vários policiais que o prenderam e John foi lá fazer a chacina e permitir que
Jim fuja para a diversão continuar. A constante rivalidade entre os dois é
mostrada em diversos momentos, onde eles se cruzam. Porém, em várias cenas, o
sorriso sarcástico de John Ryder é arrepiante! Em minha opinião, ele é um dos
maiores psicopatas que já vi nos milhares de filmes que assisti até o momento. Jim
Halsey consegue a ajuda da garçonete Nash (Jennifer Jason Leigh) que mesmo sem
conhecê-lo, ela acredita em sua inocência e tenta ajuda-lo a provar que quem
comete os crimes é outra pessoa.
Em meio a tantas encrencas que Jim se envolve por culpa
de John, o filme tem uma premissa sem igual a partir do momento em que Jim é
acusado injustamente dos assassinatos, dando o clima de suspense e angustia
durante todo o filme. O ambiente do longa se passa em um lugar deserto no Oeste
dos EUA, nos mostrando uma fotografia atraente para filmes em que se passam
especialmente em estradas.
Produzido e dirigido com maestria e talento, A Morte Pede Carona conquista seu espaço
no universo do cinema e hoje é lembrado como um dos clássicos do suspense dos
anos 80. E mesmo que houve uma
continuação em 2003 e um remake em 2007, sendo ambos completamente
desnecessários, devemos ser justos ao declarar que nenhum deles chega aos pés
desse clássico. E também veneramos esta produção, pois teve baixo orçamento e
um roteiro simples e direto, aonde conduz uma história magnífica e eufórica,
que ao contrário de produções maiores e que foram um fiasco, apenas para jogar
dinheiro no lixo.
A Morte Pede Carona possui sua superioridade nesses aspectos
relevantes que fazem realmente a diferença. Sem contar na grandiosidade do
elenco, em especial do ator Rutger Hauer, que literalmente encarnou um
psicopata de respeito, um sujeito macabro e amedrontador. E seria injusto de minha
parte, terminar aqui sem elogiar a performance dos atores, o trabalho
competente do diretor Robert Harmon e a inteligência do roteirista Eric Red.
Ambos fizeram a diferença e produziram um filme de primeira qualidade, suspense
autêntico, história muito bem conduzida e um psicopata maldito! E além de tudo isso, o filme te ensina a nunca dar carona para estranhos. Em suma, o
filme é um dos melhores da década de 80.
NOTA: 9,5/10
Veja o trailer no vídeo abaixo:
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