Atenção:
spoilers.
Lançado em 2013 no
Brasil, o filme irá focar-se na vida de Django (Jamie Foxx), um escravo que
tem sua vida completamente mudada quando ele é comprado pelo Dr. King Schultz
(Christoph Waltz), um alemão caçador de recompensas que se esconde através de
disfarces. Sua compra pelo escravo Django é feita em especial para este
ajuda-lo a identificar os próximos alvos do mercenário, em troca, Django
ganhará sua liberdade. E após conseguir a liberdade, Django se torna parceiro
de Schultz, e obtém um grande talento como pistoleiro, e assim eles partem para resgatar a esposa de Django, Broomhida (Kerry Washington),
que está sob o domínio do perverso Calvin Candie (Leonardo DiCaprio).
Ao longo do filme,
vemos um ambiente típico dos faroestes, mas dessa vez se mistura com lendas
alemãs. Muito sangue é jorrado quando o clímax tem início. Quentin Tarantino é mestre
em criar interessantes diálogos que contribuem com o roteiro e na atuação dos
personagens. Django carrega consigo a dor de ter perdido sua esposa quando eles
foram vendidos como escravo, e Schultz apesar de ser um caçador de recompensas
é um bom homem que não guarda preconceito com as pessoas de cor, algo que é bem
comum neste filme. Os negros não são aceitos, e quando veem um livre como
Django, vestido e andando a cavalo como um verdadeiro pistoleiro, as pessoas se
sentem incomodadas utilizando palavras com tom pejorativo, que são comumente
usadas para as pessoas de cor: os
crioulos.
Nesse aspecto em que
chama atenção para o racismo, o filme traz um personagem que vai além dos
limites e ao mesmo tempo chega a ser cômico. Um dos escravos de Calvin, chamado
Stephen, interpretado por Samuel L. Jackson, é quem comanda os outros escravos
de seu dono e age a todo o momento como se não fosse escravo, ele chega até
mesmo a maltratar os negros, toda hora chamando-os de crioulos, e posteriormente é ele quem estraga o plano de Django e
Schultz em tentar resgatar Broomhida. Nesse aspecto, Sthepen se torna o
personagem mais cruel de todo o filme, e isso mesmo ele sendo escravo e acima
de tudo negro, um crioulo como
qualquer outro. É um preconceito tão hipócrita que como eu disse, chega a ser
cômico, em especial quando a ficha dele cai, e a única saída do indivíduo é tentar
dá uma de vítima!
Mas esquisitices a
parte, Samuel L. Jackson é um ator brilhante, e esse seu papel em Django Livre rouba a cena. Admiro muito esse cara e todos os
papéis que ele já fez, assim como DiCaprio e os demais do elenco. Como já dito,
o elenco é muito forte e cheio de talento e isso é um dos melhores aspectos do
filme. Além disso, o longa tem muita ação e tiroteios, e que trás também um
clima de tensão, pois os protagonistas carregam um segredo que não pode ser
descoberto muito cedo pelo vilão. E mesmo ambientado numa época cheia de
racismo, o protagonista sai vitorioso por que se mostra como um verdadeiro
guerreiro.
Django
Livre é longo, mas em nenhum momento achei cansativo, e
quando o assisti, não percebi o tempo passar de tão focado que estava na
história. Como mencionado no inicio, pra mim é um dos melhores faroestes que já
vi, e mesmo já conhecendo a história e tudo que nela ocorre, assistirei quantas
vezes for necessário, pois o que mais me admira é a maneira como é feita o
desenvolvimento e as grandes interpretações do elenco magistral.
NOTA: 10/10
Veja o trailer no
vídeo abaixo:
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