Não importa de que país você é, não importa qual religião professe, não
importa se você participe ou não de uma guerra. A grande verdade é que todos
somos seres humanos, podemos ter diferenças de personalidades e na forma de
pensar ou diferenças no corpo, como a cor ou alguma deficiência, mas isso não
significa que somos diferentes. Quando acontece uma guerra, um país ou um povo
lutam contra outros povos de outros países. Mas, pra quê?
Qual é o intuito de matar outro ser humano em uma guerra? Que sentido tem a guerra? Que diferença faz se você decide matar um cristão só por que ele não acredita no deus Alá ou que diferença faz se você mata um mulçumano só por que ele não acredita que Jesus Cristo é o salvador? Obviamente para quem pensa de modo sensato, nenhuma diferença faz.
Qual é o intuito de matar outro ser humano em uma guerra? Que sentido tem a guerra? Que diferença faz se você decide matar um cristão só por que ele não acredita no deus Alá ou que diferença faz se você mata um mulçumano só por que ele não acredita que Jesus Cristo é o salvador? Obviamente para quem pensa de modo sensato, nenhuma diferença faz.
Que significado especial tem para alguém que mata um soldado inimigo na
guerra? Tirar a vida de alguém é algo especial? E se fosse alguém de sua
família que mora em terras inimigas? Vamos mais a fundo, você estaria disposto
a salvar a vida alguém que é do mesmo time daquele que assassinou seu filho? O
filme estoniano Tangerinas, título
original Mandariinid dirigido por
Zaza Urushadze lançado em 2013 me fez refletir nessas e outras perguntas, no
qual todas elas giram em torno da intolerância. Esse filme recebeu diversos
prêmios em vários festivais de cinema ao redor do mundo, além de ter sido
bastante elogiado pela crítica especializada.
O filme retrata uma sangrenta guerra na Geórgia, região de Apkhazeti
1992: Apkhazians locais estão lutando para se libertar da Geórgia. Aldeia
estoniana entre as montanhas tornou-se vazia, quase todo mundo voltou para sua
terra natal, apenas 2 homens ficaram: Ivo e Margus. Mas Margus partirá
assim que colher suas safras de tangerinas. Em um sangrento conflito em
sua vila em miniatura, os homens feridos são deixados para trás e Ivo é forçado
a recebê-los. Mas eles são de lados opostos da guerra. Os estonianos se
encontram no meio da guerra de outra pessoa. Como eles lidam com isso? Como
os inimigos agem sob o teto de terceiros?
O desenvolvimento desse filme é sensacional! As atuações são ótimas e a
trama se desenrola com muita originalidade. O filme consegue nos prender à tela
muito facilmente com o drama dos dois inimigos vivendo embaixo do mesmo teto,
sendo cuidados pelo mesmo homem, a quem ambos sentem um enorme apreço por
salvar suas vidas. A narrativa de Tangerinas
triunfa ao nos mostrar que o ser humano é quem deve ser, e que uma guerra
não trará paz nenhuma, e o interessante é que o filme mostra que os dois
inimigos não conhecem nenhuma razão clara para desejarem a morte um do outro,
apenas por que lutam em lados opostos. Aos poucos, devido à convivência que vão
tendo naquela casa, eles vão desenvolvendo uma pequena amizade, cada um
compreendendo o seu lado. E isso chega a um ponto que eu não esperava que fosse
acontecer.
Para você ter uma noção: o que você acha de proteger aquele cara que
havia jurado você de morte? E mais ainda, que tal lutar ao lado dele contra
inimigos que queriam mata-lo antes que ele mate você? Realmente, esse filme me
surpreendeu! E não é apenas por que chama atenção para a pureza humana no meio
de tanta violência, mas também por superar o preconceito entre raças e crenças
religiosas. Tangerinas é um drama que
será sempre atual, embora ele se ambiente em uma guerra não muito conhecida no
Ocidente, a reflexão apresentada vale pra qualquer um, independente de raça,
nacionalidade ou crença. Filmaço!
NOTA: 9,5/10
Veja o trailer no vídeo abaixo:
Bom, na verdade, sempre que uma guerra termina, no final você olha pra trás e se pergunta:
ResponderExcluir´´Afinal, isso serviu pra quê?``
Mas acho que as pessoas em geral já se conscientizaram mais disso. Pelo menos no Ocidente, né? Tirando os republicanos dos Estados Unidos, a gente não vê mais nenhum grupo ocidental obstinado a fazer guerras.
Concordo!
ExcluirEstá na minha lista para conferir.
ResponderExcluirAbraço
Acredito que você irá gostar.
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