A continuação do filme Os Estranhos acaba de chegar ao Brasil, intitulado Os Estranhos 2: Caçada Noturna. Embora eu tenha gostado
parcialmente do primeiro, resolvi assistir essa sequência e o resultado foi
praticamente o mesmo, salvo algumas pequenas diferenças que gostei e outras que
não gostei. Dessa vez, o filme foi dirigido por Johannes Roberts e é estrelado
por Bailee Madison, Christina Hendricks, Lewis Pullman e Martin Henderson.
Novamente, o filme trará os mesmos elementos do primeiro. A narrativa segue
um rumo simples, uma família faz uma viagem para levar a filha rebelde para um
internato. Eles resolvem passar a noite em um acampamento de trailers que
pertencem aos seus parentes. E chegando lá, não encontram ninguém no lugar, e
só depois descobrem que eles foram mortos por um trio de assassinos mascarados,
e que agora serão as próximas vítimas.
Há momentos no filme que assim como o anterior, me causou tanta raiva
dos personagens que não da para acreditar. Chega a ser surreal! As vítimas têm
várias oportunidades de matar os bandidos, mas desperdiçam chances cruciais de
saírem vivos dali. Os assassinos não usam armas de fogo, apenas facas e
machados. E uma das vítimas se apodera de um revólver, mas não usa mesmo quando
está frente a frente com um dos vilões. É incrível o grau da burrice!
Mas, não é só com as vítimas. Os assassinos também se mostram burros pra
caramba, que diante das tolices das vítimas, apenas um deles resolveria o
problema em questão de minutos, e olhe que são três. O roteiro peca feio em
usar situações ridículas quando a primeira vítima nessa família é feita, o fato
deles decidirem se separar na hora em que deveriam estar juntos, e também por
estarem cara a cara com os bandidos que ficam apenas olhando, e ninguém pega
nada, nenhum objeto, cadeira, pedaço de pau, nada para se defenderem, apenas
esperam serem atacados. Além do mais, usaram músicas românticas dos anos 80 e
90 durante a carnificina, e isso foi também algo que me incomodou muito.
Mas, em contraste com isso, o clima de tensão, medo e desespero tem de
sobra. O elenco se esforça em manter o clima de tensão durante maior parte do
filme, e mesmo com todas as bizarrices do roteiro, Os Estranhos 2: Caçada Noturna consegue se sobressair em criar no
espectador um sentimento de empatia pelos personagens, a quem deveríamos odiar
durante toda a projeção devido a sua burrice. Vale destacar algumas cenas que
foram ótimas, onde vítima e assassino lutam entre si. São cenas que fazem o
filme se levantar um pouco diante de todos os seus furos. Uma pena é que elas
não duram muito.
Outra coisa que me fez dar um pouco de crédito ao filme, é a forma como
ele termina. Por que durante o tempo todo, poderíamos prever o final, mas
chegando lá, não acontece o que esperamos. De certa forma, fui pego de
surpresa! E também por que acontece algo inédito com os mascarados, que diferentemente
do primeiro filme, onde acontece toda a matança e depois termina, esse segundo
filme optou por seguir outro rumo, em minha opinião muito mais plausível.
Os Estranhos 2: Caçada Noturna é um filme que possui seus altos e baixos,
mas não me arrependi de ter assistido, mesmo com toda a raiva que eu passei. A trama
segue seu rumo, explora dos mesmos elementos que o gênero exige, erra em muitas
situações, acerta em outras e acaba por terminar de forma agradável, sem ser
dramática demais, embora seja claro perceber que poderia ter terminado de forma
diferente de modo que obteria o mesmo resultado.
NOTA: 6,2/10
Veja o trailer no vídeo abaixo:
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