domingo, 10 de junho de 2018

[REC] 4: APOCALIPSE


A saga de terror espanhola [REC] parece que chega ao fim com o quarto filme da franquia, intitulado [REC] 4: Apocalipse. Lançado em 2014, o filme foi dirigido por Jaume Balagueró e ao contrário de [REC] 3, que foi péssimo diga-se de passagem, trouxe a continuidade da história envolvendo os personagens do primeiro e do segundo filme.
Embora eu esperasse um pouco mais do filme, foi legal poder acompanhar o desfecho dessa saga da qual chamou muito minha atenção, embora o final tenha deixado margem para mais continuações, eu duvido que eles fossem ter que fazer algum dia.

Sinopse: Ângela Vidal, a jovem repórter que entrou no edifício do primeiro filme, consegue sair do local viva no final do segundo filme. Mas o que os soldados não sabem é que ela carrega a semente da infecção, originada pela Tristana Medeiros que se tornou uma terrível e deformada criatura demoníaca. Ângela (Medeiros) é levada para uma instalação provisória de quarentena, uma instalação de alta segurança onde ela terá de ficar em isolamento por vários dias: um barco petroleiro. Ao comerem a carne de um dos macacos infectados que havia no barco, os passageiros e tripulantes começam a sentirem-se mal e agirem de forma estranha, não demorando muito ao navio ficar tomado por infectados, cabendo assim a Ângela enfrenta-los novamente e lutar por sua vida.


[REC] 4 começa recapitulando o que vimos no final de [REC] 2 no momento em que os soldados resgatam a repórter Ângela Vidal. Depois de um tempo, ela, os soldados sobreviventes e uma senhora sobrevivente de [REC] 3 se encontram em um navio que está em quarentena, onde há um laboratório onde fazem testes para se certificar que os sobreviventes estão infectados ou não. E por mais que o final do segundo filme prove o contrário, Ângela passa no teste de infecção e com ela tudo está bem. E nesse ponto, em especial, é que o filme trará uma surpresa lá no clímax, mas não é algo arrebatador. Portanto, não crie tantas expectativas.

Esse quarto filme consegue se sobressair ao juntar os roteiros anteriores, sem explicações grosseiras e aberrantes. Apesar de o filme correr por mais de 50 minutos sem que o mistério que envolve a Ângela Vidal ganhe espaço na trama, Jaume Balagueró mostrou ser eficiente ao explicar diversos pontos, sem deixar a história cheia de furos. Até aí já é um grande feito. Porém, o filme se torna extremamente cansativo, mesmo com muitas cenas de ação e sangue sendo jorrado aos montes, os infectados parecem menos agressivos e mais barulhentos, e isso incomoda muito pra quem viu e apreciou os dois primeiros longas da franquia.


Outra coisa que contribui para que a narrativa do filme não se perca, é a questão da busca por uma cura, por que nem todos acreditam que se trata de possessão de demônios, mas ao notar a resistência do vírus para com os antídotos que são produzidos, eles têm de lidar com algo bem mais sério e longe de suas possibilidades de lutar. Entretanto, o filme não se aprofunda nessa questão e infelizmente não desenvolve aquilo que o segundo filme chamou atenção e deixou para o espectador um ar de mistério.

[REC] 4 supera apenas o seu antecessor, por que em comparação com os dois primeiros, ele é fraquíssimo. Mas, conferi-lo pode sim ser uma boa recomendação, por que a atriz Manuela Velasco se torna mais uma vez a protagonista, e lembrando que ela é praticamente a principal atração do filme original, que segurou as pontas do filme, conseguiu nos repassar medo e desespero e principalmente por ser o ponto de ligação para os demais da franquia, com exceção do terceiro filme. 

NOTA: 5,7/10

Veja o trailer no vídeo abaixo:

Um comentário:

  1. Eu vi apenas o primeiro e gostei. Por outro lado, não tive vontade de acompanhar as sequências e nem a refilmagem.

    Abraço

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