O filme Os Estranhos do
diretor Bryan Bertino a princípio parecia que ia mostrar um grande impacto com
um grupo de assassinos mascarados que aterrorizam um casal, mas sua premissa não
se saiu tão bem, mas mesmo assim a carnificina ganha um espaço bem amplo no
decorrer da produção. Lançado em 2008, The
Strangers (título original) é estrelado por Liv Tyler e Scott Speedman e segundo
o diretor é baseado em fatos reais. O diretor chegou a afirmar que ele se
inspirou para o filme nos assassinatos de 1969 cometidos pela família Manson.
Sinopse: quando o casal Kristen (Tyler) e James (Speedman) chegam
à remota casa de veraneio dos pais de James, eles simplesmente querem descansar
um pouco depois de uma noite difícil. Mas mal sabem eles que a noite está
prestes a se tornar a pior de suas vidas quando três estranhos mascarados
surgem em seu recanto aparentemente tranquilo. Esses misteriosos estranhos têm
um prazer doentio em aterrorizar o jovem casal, o que leva Kristen e James ao
limite da sobrevivência, onde apenas seus instintos mais brutais podem salvar
suas vidas.
Para algumas pessoas a cena inicial entrega de mão beijada o filme todo,
mas isso pode não ser evidente para alguns, para mim na primeira vez que vi não
foi. Quando o filme mostra o casal protagonista, os vemos voltando para casa e
logo após uma garota chega por lá perguntando sobre alguém que o casal não
conhece, e após dispensá-la e James sair um pouco, a mesma garota volta fazendo
a mesma pergunta. Kristen percebe que há alguma coisa errada e ao tentar usar o
telefone, percebe que a linha foi cortada. Então começa o pesadelo.
A primeira metade contém uma boa dose de tensão e medo, que mesclando
com o ambiente escuro, isolado, sem trilha sonora e cheio de portas, ajuda
muito para manter o clima do filme lá no alto. O modo como a história caminha
inicialmente pode realmente parecer que vai ser um filme de grande impacto,
onde não apenas um, mas três assassinos mascarados aterrorizam a vida do casal.
O problema maior é justamente aquilo que é bastante comum: a burrice dos
personagens. Em algumas cenas, chega a nos causar revolta com tamanha
estupidez, e que inclusive nos faz até mesmo torcer pela morte deles.
Ao que parecia que iria manter o nível até o fim se engana, pois da
metade para o final, o filme vai declinando. É como se tivesse perdido o fôlego
e que não dava mais para manter toda aquela tensão vista na primeira metade.
Uma pena, pois o filme tinha potencial, só faltava aproveitar melhor.
Entretanto, uma das características que mais gostei foi à maneira como foram
mostrados os assassinos, em especial suas mascaras sinistras. Por que imagine ser
atacado por um estranho usando mascara do tipo? Mesmo que não fosse baseado em
fatos reais, o filme acertou nesse aspecto, pois abordar uma situação muito
temida nos dias de hoje, é muito legal ver uma situação como essa nas telonas. E
esse estilo foi bastante copiado em outras produções como Uma Noite de Crime, Faces do Medo e Você é o Próximo.
Sobre a questão do fato real na qual o filme tenta dar a entender que
ocorreu em 2005, não há sequer nenhum registro de tal acontecimento. Tenho
minhas dúvidas a respeito, embora eu costume levar em conta o que o diretor
afirma ou tenta afirmar sobre os eventos do filme. E sobre o final de Os Estranhos é algo bem previsível, mas
nada impactante quanto parecia no começo. A verdade é que se perdeu muito nessa
parte, mas isso não o faz uma produção ruim e agrada sim os fãs de filmes de
terror.
NOTA: 6,5/10
Veja o trailer no vídeo abaixo:
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