Este blog está passando pelo seu segundo Natal. Ano passado, foi feito
uma resenha sobre um filme natalino exatamente nessa época, veja aqui. E com
isso em mente, eu resolvi criar uma espécie de tradição todos os anos (se for
possível, é claro) falando sobre um filme natalino na véspera do dia 25 de
dezembro. E hoje é dia para falarmos sobre esses filmes, e, portanto, falarei agora
sobre um dos filmes mais inspiradores de todos os tempos em que se passa na
época natalina. Mesmo que seu tema não se foque exclusivamente no Natal, a
mensagem é tão forte que para esta época, eu considero que é estritamente
necessário chamar atenção.
Esta obra-prima se chama A
Felicidade Não Se Compra, título original, It’s a Wonderful Life, dirigido por Frank Capra, lançado em 1946.
Na minha opinião, este é um dos melhores filmes da década de 40. Conteúdo
riquíssimo e uma trama bem simples e direta ao ponto. O filme é estrelado por
James Stewart (meu ator preferido do cinema clássico ao lado de Charles
Chaplin). Eu já havia assistido a esse filme no ano passado, justamente na
época natalina, e agora para poder escrever esta resenha, revi o filme mais uma
vez, e digo apenas: sensacional!
A história conta sobre George Baily (Stewart) que é um homem respeitoso
e referenciado como modelo de bom marido em sua cidade. Preocupado com o bem
estar de todos, ele frequentemente coloca os interesses dos outros à frente das
suas necessidades. Ele precisa abdicar de seus sonhos, entre eles, viajar pelo
mundo e cursar uma universidade, tendo em vista assumir o controle dos negócios
da família após a morte do seu pai. Casado com Mary Hatch (Donna Reed), uma
esposa exemplar, ele um dia encontra o infortúnio quando o seu tio Billy
(Thomas Mitchell) perde uma grande quantia em dinheiro, o que acaba colocando a
vida de todos em risco.
Então, o antagonista desse história, o rude e insensível Mr Potter
(Lionel Barrymore), tem como plano dominar a cidade em todas os empenhos
possíveis. O idoso maquiavélico pode se gabar ao conseguir por seu plano para
funcionar, já que ele é influente na cidade. Com a perda do dinheiro e sua
prisão se aproximando, George fica desesperado e tenta tomar medidas drásticas
para resolver seus problemas, ele planejava se matar pulando do alto de uma
ponte em plena véspera de Natal.
Mas, antes que seu plano seja executado, um anjo de segunda classe
intervém e se dispõe para ajuda-lo. Caso consiga cumprir sua missão, o nobre
anjo chamado Clarence (Henry Travers) ganharia suas asas, se tornando um anjo
de primeira classe. E devido ao desespero de George por não encontrar mais
sentido em sua vida, o que o motiva a cometer suicídio, o anjo tenta fazê-lo
mudar de ideia. E quando George diz que “era melhor nem ter nascido”, o anjo
resolve por isso à prova. De repente, George fica inexistente, sem nome, sem
família, sem nada. Mesmo que a principio ele ignore o que o anjo lhe diz a
respeito, ele aos poucos vai percebendo o que é estar sozinho, sem que ninguém
o conheça, nem sua mãe, sua esposa e nem seus filhos, aliás, eles nem existiam,
já que George também não existe.
Extremamente assustado com sua atual situação. George resolve mudar de
ideia e voltar para sua vida, com sua família, lhe dando a lição de que o amor
da família é maior do que qualquer outra coisa, e que isso lhe concede
felicidade genuína. E com relação aos seus negócios, eis uma lição deveras
fascinante e inspiradora! George é uma pessoa cheia de amigos, e estes não
iriam lhe dar as costas nos momentos em que ele precisa de ajuda. E aqui, caros
leitores, a frase motivadora e edificante que esta obra-prima do cinema deixa
marcada em nossas mentes para sempre:
“Nenhum homem é um fracasso, se ele
tiver amigos.”
A estrutura narrativa desse filme é impecável! A maneira como Frank
Capra conduz o filme desenvolvendo a vida do protagonista é tão bem feita que
nos motiva a continuar assistindo até o final. Em termos mais simples, a maior
parte do filme é um flashback da vida
de George, onde Deus está contando ao anjo, antes que ele siga com a sua missão
em ajuda-lo. E tudo vai culminar para a véspera de Natal, onde o principal
argumento do filme é abordado.
Este filme também pode ser de grande ajuda para pessoas depressivas que
pensam em suicídio. Entendo que tais situações são extremamente delicadas e que
necessitam de cuidados especiais, porém, a reflexão do filme A Felicidade Não Se Compra pode ser
muito útil para que a pessoa veja o quanto ela é importante para outros, em
especial para sua família e amigos, que talvez estejam tentando ajuda-la nesses
momentos difíceis, por que a amam de todo coração.
Em outras palavras, este filme, embora já tenha mais de 70 anos desde o
seu lançamento, seu tema continua muito atual, talvez nunca irá perder sua
essência, não importa o tempo que passe. Alguns aspectos do filme pode parecer
meio bobo para os dias de hoje, como a questão do anjo que quer ganhar suas
asas, mas o que vale mesmo é a mensagem que o filme traz, não importa que tipo
de abordagem que o roteiro irá seguir.
Devo destacar a brilhante atuação de James Stewart, aliás, até agora eu
não vi sequer um filme ruim com esse cara. Sendo um dos principais nomes da Era
de Ouro do cinema, ele mesmo já afirmou assim como o diretor Frank Capra, que A Felicidade Não Se Compra é de longe o
trabalho do qual lhes dá maior orgulho em terem participado.
Assista a esse filme no site VK, clique aqui para ir direto ao filme.
Lembre-se que é necessário ter um cadastro para ter acesso aos conteúdos do
site. Caso não tenha, faça. É bem simples e o procedimento é seguro. Até a próxima!
Bons filmes!
NOTA: 10/10
AH, ia me esquecendo. Feliz Natal a todos!
É um dos melhores filmes de todos os tempos.
ResponderExcluirAbraço
é muito lindo mesmo e infelizmente muito atual. quanto brasileiro mal consegue sobreviver. beijos, pedrita comentei aqui https://mataharie007.blogspot.com/2008/12/felicidade-no-se-compra.html
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