Crianças
Lobo, título original Õkami Kodomo no
Ame to Yuki, é um filme de animação japonês lançado em 2012, e que foi
realizado por Mamoru Hosoda.
A história cobre 13 anos e começa com Hana,
uma estudante de faculdade de 19 anos, que se apaixona por um homem da mesma
faculdade que ela, que depois revela que é um “homem-lobo”, e mesmo assim ela
continua com ele. Depois de casar, Hana dá a luz e cria duas crianças lobo – A mais
velha Yuki, nasceu em um dia em que nevava, e Ame, o mais novo, nasceu em um
dia chuvoso.
Os quatro viviam tranquilamente em um canto
da cidade, para esconder a existência das “crianças lobo”, mas seu marido lobo
morre de repente e Hana decide se mudar para uma cidade rural, distante da
modernidade, para criar seus filhos de forma mais tranquila. Contudo, a vida no
campo se torna um grande obstáculo quando o assunto é arranjar comida, vivendo
de economias que tinha guardado, Hana tenta o trabalho da agricultura, mas não obtém
êxito em semear a terra, já que não possui conhecimento algum sobre como
cultivar a terra. E para isso, alguns moradores das redondezas a ajudam, e
assim Hana vai se adaptando à vida no campo.
Seus filhos vão crescendo e o segredo deles
vai ficando cada vez mais difícil de esconder, uma vez que as pessoas que ali
moravam, já haviam feito amizade com Hana e com as crianças. Quando chega o
momento de entrar na escola, Yuki se anima para ir, enquanto Ame não parece
muito interessado na vida normal dos humanos, e passa mais tempo na floresta
com outros lobos. Ao chegarem em uma determinada idade, as crianças lobo tomam
decisões cruciais em suas vidas, mas ainda assim havia o imenso apego que sua
mãe nutria por eles.
Esse é um filme que nos fazem refletir sobre
o amor familiar, principalmente a questão da maternidade. Mesmo que seus filhos
sejam lobos, Hana os cria com tanto amor e cuidado de modo que só uma
verdadeira mãe pode fazer. Esconder de outras pessoas a verdade sobre seus
filhos é, sem dúvida, uma tarefa complicada, principalmente quando ela deseja
que seus pequeninos tenham uma vida normal, como ir à escola, se enturmar,
enfim.
A personalidade das crianças lobo conquista o
espectador, mesmo que eles sejam travessos, como qualquer criança, é
praticamente impossível não criar uma forte empatia por eles. O filme percorre
nessa linha narrativa sem perder o foco, mostrando o crescimento das crianças
lobo e a maneira em que eles foram educados por Hana, reflete no cuidado que os
pais devem ter sobre os filhos. Muitos não gostaram do desfecho, porém, se
esquecem que esse é um filme de autoconhecimento e eventualmente, decisões
precisariam ser tomadas. Não adianta vim com o argumento politicamente correto
de que “crianças de 11 ou 12 anos não podem tomar decisões por si mesmas”, por
que não cola com a proposta do filme.
Um dos aspectos mais marcantes desse filme,
que na sua essência se torna o apelo mais dramático nessa emocionante história
é que não importa o quanto a situação seja difícil, sempre mantenha um sorriso
no rosto.
NOTA: 9/10
Veja o trailer no vídeo abaixo:
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