Vamos falar hoje sobre o vencedor do Oscar de
Melhor Filme, o filme que ganhou o principal prêmio na última cerimônia que foi
realizada no dia 24 de fevereiro de 2019. Green
Book: O Guia dirigido por Peter Farrelly e estrelado por Viggo Mortensen e
Mahershala Ali. Lembrando que eu ainda não tive tempo para ver todos os filmes
indicados e vencedores naquela cerimônia, mas pretendo ver todos. E sobre esse
filme: será que Green Book: O Guia mereceu
o Oscar?
Não é nenhuma novidade a insatisfação de
muitas pessoas para com os indicados e vencedores do Oscar ultimamente. Embora
eu concorde em partes com determinadas críticas, eu acho que a Academia ainda acerta
em suas escolhas. Por incrível que pareça, dos indicados ao Oscar de Melhor
Filme na última cerimônia, eu só havia assistido Pantera Negra e Roma, o
filme Infiltrado na Klan eu não
consegui ver todo por conta de um imprevisto no momento em que eu estava vendo
o filme e por isso foi adiado, mas será o próximo a ser visto. Portanto, eu não
quero fazer comparações sobre a escolha do Melhor Filme, mas após assistir Green Book, eu pude entender o porquê a
Academia o escolheu.
De fato, o filme traz à tona uma trama
divertida e ao mesmo tempo cheia de situações tristes e desagradáveis, onde o racismo
é abundantemente grande! E ainda por cima, o filme é baseado em uma emocionante
história real. Sim, eu dou todo o crédito para a conquista do prêmio. Pra ser
bem mais específico, eu não esperava tanto do filme. Fui assistir por que eu
tinha que vê-lo de qualquer jeito. E comparado aos dois que assisti e que
estavam competindo, honestamente, Green
Book é muito melhor! Não desmerecendo, claro, a trama emocionante retratada
em Roma e tampouco menosprezar um
filme de super-heróis que entrou para a história como foi com Pantera Negra.
Green
Book: O Guia foi tão eficiente que logo no começo já fiquei grudado na tela. O ator Viggo
Mortensen interpreta Tony, um sujeito mal educado de família humilde. Apesar de
sua falta de modos, ele é inteligente e trabalha duro como segurança de um
clube para conseguir sustentar sua família, na qual significa tudo na vida
dele. Porém, o clube fecha e ele precisa arrumar trabalho, e é assim que ele
conhece o Dr. Don Shirley (Mahershala Ali), um homem que tem um trono em sua
casa e é, ao contrário de Tony, bastante erudito educado e manso. Ele trabalha
como pianista de músicas clássicas, uma profissão no qual ele possui um talento
formidável!
Don precisaria viajar em turnê pelo sul dos
Estados Unidos, e por ser um negro, ele precisa de alguém que possa
acompanha-lo. Pode ser até ironia, mas Tony é preconceituoso com negros, há
momentos em que ele joga fora os copos de bebida apenas porque negros beberam
nele. Mas, como precisa de dinheiro, ele acaba aceitando acompanhar o músico em
sua turnê. No entanto, essa viagem muda completamente a vida dos dois. Uma
amizade intensa ganha força e chega ao ponto de Tony defender Don de pessoas
racistas que encontram pelo caminho. E olhe que são muitas!
É revoltante ao espectador o imenso preconceito
que os negros sofriam na época e ainda sofrem hoje em dia. É o cúmulo ver uma
pessoa ser impedida de entrar em um restaurante apenas por causa de sua cor. A atuação
de Mahershala Ali é extremamente delicada e ele expressa sentimentos de
tristeza e angústia em vista do preconceito que sofre, e isso sem mencionar que
ele é bastante quieto e reservado, dificilmente conversa com alguém, não
conhece sequer a cultura pop em seu país. Mas, o legal do filme é que ele
entrega todos esses sentimentos e supera-os com a força da amizade. Essa é a essência
dramática envolvida nesse filme. Por esses motivos, eu entendi a conquista que
o filme teve do principal prêmio do Oscar.
Além do Oscar de Melhor Filme, Green Book: O Guia venceu nas categorias
de Melhor Ator Coadjuvante para Mahershala Ali e Melhor Roteiro Original. Sem
dúvidas, um filme motivador e cômico que garantirá a quem assiste uma
mentalidade mais madura sobre a vida e nossos semelhantes. Recomendo bastante!
NOTA: 9,5/10
Veja o trailer no vídeo abaixo:
É um sensível longa com uma abordagem sóbria para um tema extremamente complicado.
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