Milagre na Cela 7 é um filme turco que está dando o que falar
desde que chegou ao catálogo da Netflix. Dirigido por Mehmet Ada Oztekin e
estrelado por Nisa Sofiya Aksongur e Aras Bulut Iynemli.
Trazendo um dos enredos mais emocionantes, esse filme vem conquistando o
público de uma forma incrível. Entretanto, alguns críticos e um pequeno público
não se agradaram, caracterizando-o como um drama manipulador e com um clima
novelístico. Milagre na Cela 7 é
remake de um filme de mesmo nome produzido na Coreia do Sul.
Memo (Aras Bulut Iynemli), um pastor de ovelhas com deficiência mental,
vive com sua filha Ova (Nisa Sofiya Aksongur), e sua avó em uma vila na costa
turca do mar Edeu durante o período do golpe de estado em 1980. Um dia, a vida
de Memo fui subitamente virada de cabeça para baixo quando a filha do
comandante, um oficial da lei marcial, morreu em um acidente. Memo é
injustamente acusado de assassinato e condenado à morte. Ele acaba na prisão na
cela número sete. É impossível que ele sobreviva, mas enquanto todos os que
povoam a cela sete o haviam recebido inicialmente com ódio, gradualmente
começaram a se convencer de sua inocência, quando ele mostra um grande coração.
A finalidade principal desse filme é te emocionar a todo o momento,
embora para alguns isso soe desnecessário, pois tira todo e qualquer proceder
narrativo de lado, para outros serve como um filme inspirador, emocionante e
triste. É claro que ao assisti-lo, é impossível não se lembrar de grandes obras
do cinema como À Espera de um Milagre (1999); Um Sonho de Liberdade (1994) e
Uma Lição de Amor (2001). Em vista disso, ainda é justo considerar que não
há originalidade, já que é um remake de um filme sul coreano de 2013. Mas, em
todo o caso, é um filme que irá te destroçar por dentro e fazer com que você
torça até o final para o protagonista seja salvo de alguma forma.
O elenco é bom! Destaque para atuação dos protagonistas que encanta a
tela com seu brilho amoroso que amolece até mesmo o coração dos mais durões. É exatamente
o que acontece com um dos prisioneiros da cela 7. Você pode achar fantasioso
demais, é verdade, mas não deixa de ser bonito ver que com amor e carinho, é
possível derrotar o mal, seja ele qual for. Com relação à narrativa, o filme
comete alguns deslizes como entregar tudo em prol da emoção e não relacionar um
possível desenvolvimento da vida dos personagens, mas isso pode facilmente ser
ignorado pela trama envolvente apresentada. Vale destacar que a galera criou
várias teorias sobre a mãe de Ova, o avô dela enfim. Isso por que o filme não
se preocupou em contar mais sobre a vida deles.
No entanto, é bom lembrar que se o filme teve a premissa de mostrar uma
trama bem alinhada ao sentimentalismo, não deixando você sequer respirar um
segundo, pode-se dizer que sim, o filme cumpriu o prometido. Porém, saliento
que essa questão de um filme te emocionar exageradamente, pode incomodar alguns
espectadores. Mas, dependendo de como você enxerga esse aspecto, seja favorável
ou não, é injusto achar que o filme seja ruim e decepcionante apenas por isso.
Milagre da Cela 7 penetra muito fundo nas nossas emoções. Há
momentos que você está chorando sem nem ao menos perceber. Isso por que a carga
dramática é intensa e muito direta naquilo que pretende passar. Sem falar em
cenas cativantes e pesadas como o reencontro de pai e filha depois de muito tempo
sem se verem, a morte de um ente querido e, sobretudo, o iminente destino que
assombra o protagonista, toda vez que ele olha para a forca do lado de fora da
prisão.
Não vou negar, o filme estava acabando comigo. E acredito que todos os
que assistiram, ficaram ansiosos por um final feliz. Não quero soltar spoiler,
mas pra quem ainda vai assistir, só tenho a dizer: sente, chore, vibre, morda
os lábios e espere o pior final possível, você
pode acabar se surpreendendo.
NOTA: 8/10
Assista ao filme na Netflix.
Veja o trailer no vídeo abaixo:
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