Um dos mais belos filmes de
Charles Chaplin, Luzes da Cidade lançado em 1931 vêm encantando gerações
e é um filme que nunca envelhece, seja no seu tema ou pela forma de abordagem.
Como na grande maioria de seus filmes, Chaplin escreveu, dirigiu e protagonizou
essa obra de arte dos anos 30, trazendo novamente o seu personagem mais famoso:
o vagabundo. O filme também conta com as participações de Virginia Cherrill e
Harry Myers.
Na década de 30, já existia
o cinema falado, mas Chaplin estendeu ao cinema mudo por mais alguns anos, e
não é para menos. Pois o cineasta sabe desenvolver uma história simples de uma
forma magnífica e emocionante! Luzes da Cidade é um perfeito exemplar de sua
brilhante carreira no que se refere a trazer momentos marcantes e emocionantes!
Irei
comentar momentos importantes do filme, se você ainda não assistiu e não quer
saber o que acontece, não siga com a leitura.
O filme traz novamente o
Vagabundo, sem dinheiro e sem casa. Ele conhece uma jovem pobre que vende
flores na rua, por quem ele se apaixona, em especial pelo fato de perceber que
ela era cega. Contudo, a moça acredita que ele é um milionário e para não a
desapontar, ele finge ser um. O Vagabundo também cruza com um milionário bêbado,
que estava tentando se suicidar e é impedido pelo protagonista. Com seu ato heroico,
os dois se tonam grandes amigos. Porém, quando está sóbrio, o milionário não o
reconhece.
Aproveitando-se da amizade
com o milionário, o Vagabundo usa o dinheiro para se aproximar da jovem cega e
posteriormente ajudá-la com coisas necessárias que ela talvez precise. Com um
clima romântico, a jovem anseia em recuperar sua visão para poder vê-lo, mas
para isso necessitaria de uma cirurgia muito cara. Com o objetivo de conseguir
dinheiro, o Vagabundo consegue um trabalho como varredor de ruas e até mesmo
como pugilista em uma cômica competição de boxe. Eventualmente, o milionário,
novamente bêbado, dá mil dólares ao Vagabundo que pagará não só o aluguel atrasado
da jovem, como também a operação para os olhos.
Mas, ele acaba sendo injustamente
acusado de roubar o dinheiro quando o milionário ficou sóbrio e não o
reconheceu mais. Todavia, ao conseguir fugir com o dinheiro, o Vagabundo entrega
à garota e fala para ela que vai se ausentar por um tempo. Assim, ele é capturado
e levado preso. Meses depois, ele é libertado e cruza com a garota que já tinha
recuperado a visão e abriu uma floricultura com sua avó. Lembrando que a cada
homem rico que entrava lá, ela ficava imaginando se aquele era o sujeito que a
ajudou. Mas, quando o Vagabundo a vê, ele fica paralisado e ela sem entender,
já que ele parecia um mendigo na rua.
Quando ela oferece uma flor
e uma esmola, ela toca na mão dele e sente algo familiar. E aí que ela percebe
que o homem diante dela é aquele que a ajudou em praticamente tudo. E o mais
emocionante é quando ele pergunta se agora ela consegue enxergar, e ela
responde que sim segurando as lágrimas em seus olhos.
Sem apelar para cenas
pastelões, Luzes da Cidade nos presenteia com um roteiro firme e
simples, que se desenvolve de uma forma incrível! As cenas engraçadas são
talvez, as mais conhecidas, principalmente a cena da luta de boxe. Uma trilha
sonora suave, atuações elegantes e sobretudo, uma performance
surpreendentemente boa, digna de ter sido feita no auge da carreira de Chaplin.
Além de uma criatividade, ouço dizer, soberana em basicamente todos os sentidos!
Luzes da Cidade é uma obra-prima atemporal, digna de ser vista
não só uma ou duas, mas várias vezes!
NOTA: 10/10
Assista
ao filme completo no vídeo abaixo (ative as legendas):
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