sábado, 25 de julho de 2020

LUZES DA CIDADE


Um dos mais belos filmes de Charles Chaplin, Luzes da Cidade lançado em 1931 vêm encantando gerações e é um filme que nunca envelhece, seja no seu tema ou pela forma de abordagem. Como na grande maioria de seus filmes, Chaplin escreveu, dirigiu e protagonizou essa obra de arte dos anos 30, trazendo novamente o seu personagem mais famoso: o vagabundo. O filme também conta com as participações de Virginia Cherrill e Harry Myers. 

Na década de 30, já existia o cinema falado, mas Chaplin estendeu ao cinema mudo por mais alguns anos, e não é para menos. Pois o cineasta sabe desenvolver uma história simples de uma forma magnífica e emocionante! Luzes da Cidade é um perfeito exemplar de sua brilhante carreira no que se refere a trazer momentos marcantes e emocionantes!

Irei comentar momentos importantes do filme, se você ainda não assistiu e não quer saber o que acontece, não siga com a leitura.


O filme traz novamente o Vagabundo, sem dinheiro e sem casa. Ele conhece uma jovem pobre que vende flores na rua, por quem ele se apaixona, em especial pelo fato de perceber que ela era cega. Contudo, a moça acredita que ele é um milionário e para não a desapontar, ele finge ser um. O Vagabundo também cruza com um milionário bêbado, que estava tentando se suicidar e é impedido pelo protagonista. Com seu ato heroico, os dois se tonam grandes amigos. Porém, quando está sóbrio, o milionário não o reconhece.

Aproveitando-se da amizade com o milionário, o Vagabundo usa o dinheiro para se aproximar da jovem cega e posteriormente ajudá-la com coisas necessárias que ela talvez precise. Com um clima romântico, a jovem anseia em recuperar sua visão para poder vê-lo, mas para isso necessitaria de uma cirurgia muito cara. Com o objetivo de conseguir dinheiro, o Vagabundo consegue um trabalho como varredor de ruas e até mesmo como pugilista em uma cômica competição de boxe. Eventualmente, o milionário, novamente bêbado, dá mil dólares ao Vagabundo que pagará não só o aluguel atrasado da jovem, como também a operação para os olhos.


Mas, ele acaba sendo injustamente acusado de roubar o dinheiro quando o milionário ficou sóbrio e não o reconheceu mais. Todavia, ao conseguir fugir com o dinheiro, o Vagabundo entrega à garota e fala para ela que vai se ausentar por um tempo. Assim, ele é capturado e levado preso. Meses depois, ele é libertado e cruza com a garota que já tinha recuperado a visão e abriu uma floricultura com sua avó. Lembrando que a cada homem rico que entrava lá, ela ficava imaginando se aquele era o sujeito que a ajudou. Mas, quando o Vagabundo a vê, ele fica paralisado e ela sem entender, já que ele parecia um mendigo na rua.

Quando ela oferece uma flor e uma esmola, ela toca na mão dele e sente algo familiar. E aí que ela percebe que o homem diante dela é aquele que a ajudou em praticamente tudo. E o mais emocionante é quando ele pergunta se agora ela consegue enxergar, e ela responde que sim segurando as lágrimas em seus olhos.


Sem apelar para cenas pastelões, Luzes da Cidade nos presenteia com um roteiro firme e simples, que se desenvolve de uma forma incrível! As cenas engraçadas são talvez, as mais conhecidas, principalmente a cena da luta de boxe. Uma trilha sonora suave, atuações elegantes e sobretudo, uma performance surpreendentemente boa, digna de ter sido feita no auge da carreira de Chaplin. Além de uma criatividade, ouço dizer, soberana em basicamente todos os sentidos! Luzes da Cidade é uma obra-prima atemporal, digna de ser vista não só uma ou duas, mas várias vezes!

NOTA: 10/10

Assista ao filme completo no vídeo abaixo (ative as legendas):

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