O Homem Invisível, título original The Invisible Man é um filme lançado em 2020, dirigido por Leigh
Whannell e estrelado por Elizabeth Moss. Esse filme é uma adaptação homônima de
H.G. Wells cujo lançamento ocorreu em 1897. O livro recebeu a primeira
adaptação cinematográfica em 1933 com o mesmo título e inspirou novamente no
ano 2000 o filme Hollow Man (O Homem Sem Sombra).
Presa em uma violenta e controladora relação com um cientista brilhante,
Cecilia Kass (Elizabeth Moss) escapa na calada da noite e desaparece,
escondendo-se junto com sua irmã (Harriet Dyer), seu amigo de infância (Aldis
Hodge) e a filha adolescente (Storm Reid) dele. Mas quando seu ex abusivo (Oliver
Jackson-Cohen) comete suicídio e lhe deixa uma generosa parte da fortuna,
Cecilia começa a suspeitar que a morte foi forjada. À medida que uma série de
coincidências arrepiantes se torna muito letais, ameaçando a vida daqueles que
ela ama, a sanidade de Cecilia começa a engana-la – e ela desesperadamente
tenta provar que está sendo caçada por alguém que ninguém pode ver.
Esse filme conseguiu me surpreender de uma forma, que apesar de
considerar que poderia ter sido bem melhor a forma de abordagem, é um filme que
possui uma identidade própria, mesmo sendo uma espécie de remake. Quando eu
digo remake, estou me referindo que a obra literária já foi adaptada duas vezes
para o cinema, no entanto, todas elas possuem as suas singularidades. E é
exatamente isso que gosto nesses tipos de remakes. Ao invés de copiar o filme
original (o que pra mim é um absurdo), ele traz o tema com uma linguagem diferente,
explorando elementos que contém no livro, mas que não foram inclusos no filme
original. E esse novo O Homem Invisível faz
isso, e faz muito bem!
A competente direção de Leigh Whannell conduz a trama de modo que o
espectador fique preso na tela ansioso para saber cada passo da protagonista e
o que ela precisa fazer para lidar com seus problemas, mesmo que as pessoas em
sua volta a considere louca. É interessante que o roteiro inclui um tema recorrente
na sociedade, que é o relacionamento abusivo, e isso a meu ver foi uma forma
eficiente que os roteiristas tiveram para fazer com que a trama seja mais
moderna e que as pessoas de hoje possam assistir ao filme com um grande
interesse. Embora esse tema não seja aprofundado, o que claramente não precisa,
o que o filme traz sobre ele é o suficiente para amarrar a narrativa em sua
proposta inicial.
A grande atuação de Elizabeth Moss é impressionante! A atriz praticamente
segura o filme inteiro nas costas, e absolutamente nada em seu desempenho soa
forçado ou medíocre. Vale destacar alguns momentos bem tensos onde a sua
personagem acredita que seu ex marido está ali pertinho, pronto para ataca-la;
e também quando ela é dada como louca e o homem invisível a ataca no hospital.
Para um filme de suspense, Leigh Whannell entregou um excelente trabalho feito
com cuidado e competência.
As reviravoltas são bem impactantes! E ainda que alguns o considerem
previsível, o que não achei, todos há de concordar que a expectativa sobre
existir, de fato, um homem invisível foi estampado na cara do espectador
durante o filme inteiro. Então não tem como você falar em previsibilidade, se o
próprio filme coloca a ideia na sua cabeça, e ainda mais por que o filme é
sobre um homem invisível. Porém, o mais legal disso tudo é como o suspense
predomina nesse sentido. Se o filme foi feito para deixar você grudado na tela
com a expectativa de saber em como tudo irá acabar, o filme conseguiu fazer o
que propôs.
NOTA: 8,3/10
Veja o trailer no vídeo abaixo:
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