Reunindo dois grandes nomes dos filmes de
artes marciais: Jackie Chan e Jet Li. Isso sem dúvida levanta grandes expectativas
para os fãs do gênero, ainda mais quando percebemos que até aquele momento, os
dois nunca haviam trabalhado juntos. No entanto, quando mãos estrangeiras
tentam pôr a mão no meio, o resultado pode ficar bastante confuso. Esse é o
caso do filme O Reino Proibido, do
diretor Rob Minkoff, lançado em 2008.
Esse filme é uma coprodução de Hong Kong com
os EUA, onde mistura as culturas orientais e ocidentais em uma única história.
Poderia ter sido legal? Sim, poderia. Mas, O
Reino Proibido infelizmente contém um roteiro confuso e enxuto demais. As
presenças de Jackie Chan e Jet Li são mais comerciais do que podemos imaginar,
afinal de contas, são duas lendas que lutam pra caramba! Eu mesmo fiquei muito
interessado no filme só de ver o pôster.
Contudo, o resultado foi bem diferente. Não
estou querendo dizer que o filme seja, em sua totalidade, uma produção ruim.
Não se trata disso, o filme até que contém cenas bacanas, efeitos especiais bem
legais, mesmo que usem o gênero Wuxia. O
que tem me deixado frustrado foram as altas doses de lendas envolvidas na
trama, ainda que ele afirme ser levemente baseado no romance Jornada ao Oeste de Wu Chengen. O clima
de aventura deixa o filme bem mais inocente, se tornando então, uma produção do
tipo Sessão da Tarde.
Mas, era de se esperar. Com as mãos de
produtores hollywoodianos, eles fizeram algo que da para passar o tempo de boa.
Não é um filme sério e profundo, e sim, um filme divertido, com cenas de ação
agradáveis e efeitos acima da média. A história centra-se no adolescente Jason
Tripitikas (Michael Angarano), que é um grande fã de filmes de artes marciais.
Ao visitar a loja de penhores de um ancião chinês, ele descobre um cajado de
ouro. Ao voltar pra casa, ele é persuadido por uma gangue para assaltar a loja,
onde o dono acaba sendo baleado, mas ordena que Jason devolva o cajado para o
legítimo dono.
Ao cair de um terraço, Jason surpreendentemente
acorda na China Antiga. Ali ele tenta proteger o cajado de soldados que tentam toma-lo,
ao mesmo tempo ele é ajudado por Lu Yan (Jackie Chan), um lutador misterioso
que gosta de tomar uma pinga. Jason ainda é apresentado à lenda do cajado, que
pertencia a uma divindade, que ao ser derrotado havia lançado o cajado em um
local dentro do Império. Assim, a missão de Jason é devolver o cajado a essa
divindade, durante a jornada ele conhece o Monge Silencioso (Jet Li), que junto
com Lu Yan, ensinam o jovem a aprender artes marciais.
É muita informação para uma história só.
Percebe-se que há muita coisa misturada, e como consequência disso, o filme se
perde na história, se salvando apenas o carisma dos personagens. Não incomoda o
fato de usarem o gênero Wuxia, até
por que, se há lendas chinesas envolvidas, o uso dessa arte é mais que comum. É
um filme legal, mas é muito inconsistente naquilo que pretende repassar.
NOTA: 5/10
Veja o trailer no vídeo abaixo:
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