Open Windows, no Brasil conhecido como Perseguição Virtual, é o filme que todo o tempo se passa na tela de
um laptop, com várias janelas de vídeo. Dirigido pelo espanhol Nacho Vigalondo.
O filme foi lançado em 2014, e tem como protagonista Elijah Wood que é muito
conhecido por sua participação na trilogia O
Senhor dos Anéis e a também a bastante conhecida só que no cinema adulto, a ex-atriz
pornô Sasha Grey.
Sinopse: Nick (Elijah Wood) é um jovem fanático pela atriz Jill
(Sasha Grey). Ele ganha um concurso para jantar com a estrela, mas aos poucos
ele vai percebendo que tudo não passava de um plano do hacker Chord (Neil
Maskell) que oferece a Nick todos os meios de vigiar a atriz através de seu
computador. Mas ele logo percebe que o jogo está indo longe demais, e que Chord
tem planos para eliminar Jill.
Sasha Grey depois de se aposentar do mundo pornô, uma
carreira curta que durou cinco anos 2006-2011, mas de muito sucesso entre os
fãs desse gênero de filme, Grey é considerada uma das atrizes mais cultuadas do
ramo pornô. Após isso, a musa tenta a carreira de atriz em filmes pouco
conhecidos, inclusive dias atrás eu assisti um deles Confissões de uma Garota de Programa (2009) e acabei me decepcionando
por que o filme é péssimo, tem uma história rasa e cansativa. Desde então, seus
filmes fora do ramo pornográfico vem sendo lançados, mas nenhum gerando grande
repercussão.
No entanto, o filme Perseguição
Virtual eu achei bem diferente. É um ótimo suspense e uma história bastante
promissora que prendeu minha atenção. Claro que o nome de Sasha Grey está ali
como um meio bastante eficaz para atrair os marmanjos. A participação de Elijah
Wood no filme é também um grande acerto, ele interpretando um fã de uma atriz
famosa achando que vai se encontrar com ela, logo é inserido no jogo perigoso
de um hacker que a princípio oferece ajuda a ele, pois a atriz não vai
comparecer no tal jantar. Aliás, ela nunca soube que ia jantar com um fã, tudo
era parte de um plano do bandido. O filme caminha nessa perspectiva, que eu particularmente
achei muito interessante, e que me motivou claro a prestar muita atenção até o
fim.
O estilo do filme em ser mostrado através do laptop do
protagonista é algo bem legal de acompanhar, alguns acharam isso cansativo, mas
eu gostei. Além de manter um clima de tensão bastante alto, podemos ver cada local
onde estão os personagens. Pra quem não manja muito de assuntos tecnológicos,
pode se perder facilmente durante o filme, mas ainda assim, há situações que
vão ficando mais fácil de separar.
Quando a coisa começa a esquentar em Perseguição Virtual, o longa passa a nos mostrar tudo através das
janelas do laptop uma boa dose de adrenalina, como perseguições a carro, onde o fã desesperadamente tenta
ajudar a sua atriz preferida, ao mesmo tempo que tenta descobrir quem é o cara
que está hackeando os dois. E para isso, ele conta com a ajuda de um trio de hackers
franceses que conseguem manter contato paralelamente. Porém, esse trio de
hackers que tenta ajudar é jogado para escanteio da metade para o fim, não
dando a devida importância que eles poderiam contribuir para o desfecho da
história, esse foi um dos erros do filme.
E eis aí o principal problema de Open Windows: o ato final. O desfecho até tentou surpreender com
revelações inesperadas, só que falhou nesse quesito. Além disso, o filme perdeu
muito o ritmo nos 30 minutos finais, e acabou culminando em um final vago que
não fez muito sentido. Para muitas pessoas, isso comprometeu toda a obra, que
de fato estava indo muito bem.
Mas ainda assim, vale a pena conferir Perseguição Virtual devido ao seu clima
de tensão e desespero de ambos os personagens de Wood e Grey. A direção Nacho
Vigalondo foi muito boa, e eu acho muito bom poder acompanhar filmes que são
feitos de um jeito diferente. Ademais, o clima misterioso a respeito do hacker
ganha muito espaço durante quase toda a projeção e com um jeito psicopata e
maníaco para manipular as pessoas a fazer o que ele quer.
Por outro lado, eu tenho certeza que para muitos, a atração principal
do filme é a presença de Sasha Grey. Ela se sai bem com seu papel, apesar de ser
um pouco limitado o que se exige dela, mas no fim, seu desempenho foi
agradável. Mas ainda acho que para ela conseguir o sucesso que teve ao fazer na
indústria pornográfica aquilo que nem preciso mencionar aqui, ela precisa ralar muito.
Por que a sétima arte é algo muito diferente do cinema pornô. Claro que os dois
têm suas dificuldades e desafios, mas no caso de Grey, ela mostrou que tinha
talento para um, enquanto outro ainda não deu para saber se realmente é o que
ela tem para oferecer. No entanto, pra quem aprecia um bom suspense, Perseguição Virtual será um bom passatempo, claro que está longe de ser uma obra-prima, mas vale a pena.
NOTA: 6,8/10
Assista ao trailer de Perseguição
Virtual:
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