O ano de 2019 está acabando e é natural que
façamos uma retrospectiva dos filmes lançados e julgamos qual é o melhor.
Obviamente que cada um possui sua própria opinião a respeito, e por isso que eu
gostaria de falar hoje sobre o que é até o presente momento o melhor filme do
ano na minha humilde opinião. Estamos a falar de Parasita, filme de suspense e humor negro do diretor Bong Joon-ho,
o mesmo diretor do excelente Okja.
Esse é mais um exemplar sul-coreano que eu
tiro o chapéu, pois o roteiro, as atuações, a direção, a crítica social que o
filme faz e as reflexões que nos é repassado são impecáveis! O filme venceu o
Palma de Ouro no Festival de Cannes, se tornando o primeiro filme sul-coreano a
vencer esse prêmio.
Apesar da crítica social então estendida ao
espectador através do que é retratado em Parasita,
o filme faz uma sátira sobre essas questões, explorando situações cruéis e
sangrentas, algo que é bem comum no currículo de Bong Joon-ho. O humor negro é
absurdamente predominante, o que é um feito e tanto para elementos clichês do
gênero, Parasita usa tais clichês ao
seu favor de uma forma magistral e primorosa!
A história se resume quando a família de
Ki-woo, que vive na periferia e mal possuem dinheiro para o sustento. Ele vive
com seu pai Kim Ki-taek, sua mãe Choong-sook e a irmã Ki-jeong, todos
desempregados e cheios de necessidades. No entanto, eles são salvos pelo
destino quando um amigo de Ki-woo o indica para ser professor de inglês de
Da-hye, filha de uma família muito rica. Ao ser contratado, ele vê a
oportunidade de mudar a vida da família, que juntos se unem para usufruir de
todo aquele luxo. O plano deles era fazer com que toda a família seja
contratada para trabalhar na casa, e para isso eles precisam fazer com que
demitam os atuais empregados. Mas, para que isso funcionasse, eles precisariam
usar pseudônimos e evitar dizer na frente dos patrões que são uma família.
À principio, o diretor nos conduz a
considerar que essa família parasita são os charlatões do filme que não merecem
nada de bom por se aproveitarem da propriedade dos outros e da desgraça dos que
foram demitidos por causa deles, e isso sem falar no humor enriquecido em
diversas cenas, como por exemplo, a pegada na bunda da esposa. Todavia, no
segundo ato o diretor manipula nosso pensamento ao trazer plot twists
sensacionais! Não irei revelar esses detalhes aqui, porém, ressalvo que se você
prestar bastante atenção nos diálogos irá entender melhor, pois eu vi pessoas
criticando determinadas coisas que, segundo eles não faziam sentido, contudo,
observar atentamente as falas irá sanar essas dúvidas, por isso fica aqui a
dica para você que não presta atenção e depois vem reclamar do filme.
O segundo ato do filme irá nos mergulhar no
abismo social em relação às diferenças de classe. Bong Joon-ho não teve pena
das pessoas emotivas que irão romper em lágrimas, principalmente em uma cena
onde ocorre uma humilhação devastadora que pessoas ricas soberbas fazem das
pessoas mais pobres. Devo dizer a vocês que tal cena me deixou arrasado, e
muitos também sentiram isso. Apesar das boas doses de humor, o filme deixa uma
série de reflexões sobre o que nós somos e o que nós temos, uma vez que na
primeira parte do filme vemos a família parasita como imprestáveis
aproveitadores, a segunda parte do filme vai fazer você pensar de outra forma,
isso é líquido e certo!
Parasita
me
impressionou tanto que vou assistir ao filme mais uma vez. É difícil aparecer
enredos tão marcantes quanto esse hoje em dia, portanto, não hesito em
indica-lo pra quem quer que seja, e digo mais ainda, até agora esse é o filme
do ano, e um possível candidato ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.
NOTA: 10/10
Veja o trailer no vídeo abaixo:
Esta na minha lista para conferir.
ResponderExcluirAbraço
Hugo, estou certo de que você irá gostar.
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