terça-feira, 15 de julho de 2025

JUSTICEIRO IMPLACÁVEL (1975)

Lançado em 1975, Justiceiro Implacável (Rooster Cogburn) é um faroeste clássico que une duas lendas do cinema: John Wayne, reprisando seu papel como o xerife durão e beberrão Rooster Cogburn (personagem consagrado no filme Bravura Indômita, de 1969), e Katharine Hepburn, como a determinada missionária Eula Goodnight. A química entre os dois protagonistas é o grande trunfo desta aventura que mistura ação, humor e moralidade no Velho Oeste.


Na história, Rooster Cogburn é suspenso de seu cargo por seus métodos pouco ortodoxos. Mas quando uma gangue de criminosos liderada pelo impiedoso Hawk mata um grupo de inocentes — incluindo o pai de Eula — e rouba um carregamento de nitroglicerina, o velho xerife é chamado de volta à ação. Eula, decidida a ver a justiça ser feita, insiste em acompanhá-lo na caçada. Assim, os dois embarcam em uma jornada repleta de perigos e trocas espirituosas, marcadas pela tensão entre suas personalidades completamente distintas.

O filme aposta no contraste: de um lado, Cogburn, cínico e desencantado; do outro, Eula, firme em sua fé, com um senso moral elevado e uma língua afiada. Esse embate gera momentos divertidos e, ao mesmo tempo, tocantes, que humanizam os personagens. O roteiro é simples, sem grandes reviravoltas, mas eficaz na construção de um clima de aventura e no desenvolvimento do vínculo entre os protagonistas. 

John Wayne interpreta Rooster Cogburn com o carisma e vigor que lhe renderam o Oscar anos antes, enquanto Hepburn, mesmo em idade avançada, mostra por que é considerada uma das maiores atrizes de Hollywood, entregando uma atuação cheia de dignidade e força.

Justiceiro Implacável (Rooster Cogburn) é um faroeste que vale mais pelos seus protagonistas do que pela originalidade da trama. Funciona como um epílogo charmoso para a carreira de John Wayne e um belo exemplo da versatilidade de Katharine Hepburn. Um filme nostálgico, divertido e com coração — uma homenagem tardia aos tempos áureos do western hollywoodiano.

NOTA: 7,5/10

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