Azumi (2003), dirigido por Ryûhei Kitamura e baseado no mangá de Yū Koyama, é um filme japonês de ação ambientado no Japão feudal.
A trama acompanha Azumi, jovem órfã criada desde a infância por um mestre guerreiro ao lado de outros discípulos com o objetivo de se tornarem assassinos leais a uma missão: eliminar senhores da guerra que ameaçam a paz.
Desde o início, o filme mergulha em um dilema moral cruel, pois os aprendizes são forçados a enfrentar e matar os próprios companheiros de treino, o que já evidencia a dureza do caminho escolhido. Ao longo da narrativa, Azumi se destaca como protagonista forte e ambígua, dividida entre a obediência às ordens e a consciência de que cada vida ceifada deixa marcas emocionais profundas.
O enredo se desenvolve com ritmo intenso, marcado por batalhas sangrentas e coreografias estilizadas que revelam o talento do diretor em construir cenas de impacto visual. A ambientação reforça o peso da história: figurinos, cenários e a fotografia transportam o espectador para um período turbulento, em que honra e violência se confundem. A força do filme está na intensidade dos combates e na representação de uma heroína complexa, que combina fragilidade e brutalidade em igual medida.
Por outro lado, a narrativa sofre com a superficialidade de alguns personagens secundários e a falta de aprofundamento nas motivações dos inimigos, o que torna parte da trama previsível. Além disso, a violência explícita pode soar excessiva, afastando aqueles que buscam um retrato mais contido do gênero samurai.
Ainda assim, Azumi se mantém como uma obra marcante por explorar a contradição entre dever e humanidade, destacando-se como um épico de ação que, embora não alcance grande profundidade dramática, entrega intensidade, estilo e uma protagonista memorável.
NOTA: 6,5/10
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