sexta-feira, 12 de setembro de 2025

DRAGÃO VERMELHO

Lançado em 2002, Dragão Vermelho é um thriller psicológico baseado no romance de Thomas Harris e funciona como prelúdio de O Silêncio dos Inocentes. O longa retorna ao universo de Hannibal Lecter, trazendo novamente Anthony Hopkins no papel do célebre e perturbador psiquiatra canibal.

A trama acompanha Will Graham (Edward Norton), um ex-agente do FBI que, anos antes, havia capturado Hannibal Lecter após quase ser morto por ele. Graham é chamado de volta à ativa para investigar um novo serial killer, apelidado de “Fada do Dente” (Ralph Fiennes), responsável por assassinatos brutais de famílias inteiras. Para compreender a mente do criminoso e tentar antecipar seus passos, Graham recorre justamente a Lecter, preso em uma instituição psiquiátrica de segurança máxima.

O filme segue a linha do suspense investigativo, combinando análise psicológica, cenas tensas e uma atmosfera sombria. Anthony Hopkins, mesmo com menos tempo em cena do que em O Silêncio dos Inocentes, mantém o magnetismo de Lecter, equilibrando charme e ameaça. Edward Norton entrega um Will Graham mais introspectivo e racional, em contraste com a intensidade de Ralph Fiennes, que confere complexidade ao vilão Francis Dolarhyde, mostrando tanto sua crueldade quanto sua fragilidade.

Visualmente, Dragão Vermelho opta por uma estética menos estilizada e mais clássica do que Hannibal (2001), retornando ao clima sombrio e tenso que marcou a primeira aparição de Lecter no cinema. A direção de Brett Ratner é correta, mas sem grandes ousadias, priorizando a fidelidade ao livro e a força dos personagens.

Embora alguns críticos tenham apontado que o filme não traz a mesma originalidade de O Silêncio dos Inocentes, ele cumpre bem o papel de mostrar a gênese da relação entre Graham e Lecter, além de oferecer um vilão marcante e um enredo envolvente. Para fãs do gênero, é uma obra consistente que amplia o universo de Hannibal sem perder sua essência.

Em resumo, Dragão Vermelho é um suspense sólido, que mistura investigação, terror psicológico e a presença magnética de Hannibal Lecter. Não supera o impacto de seu predecessor, mas garante tensão e boas atuações, especialmente na construção de um vilão tão perturbador quanto humano.

NOTA:8/10

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