GENIUS: A VIDA DE EISTEIN

A primeira temporada da série Genius, da National Geographic, mergulha na vida de Albert Einstein de forma envolvente e cinematográfica. Em dez episódios, acompanhamos duas linhas do tempo que se entrelaçam: o jovem estudante curioso e inconformado, e o cientista consagrado enfrentando dilemas éticos e pessoais durante o avanço do nazismo.

A produção vai além da imagem popular do “cientista de cabelos arrepiados”. Mostra um Einstein humano, cheio de contradições: ao mesmo tempo que questiona as leis da física, também desafia convenções sociais e políticas; enquanto transforma a ciência, lida com falhas como marido e pai. Essa abordagem traz profundidade e aproxima o espectador do personagem, sem deixá-lo apenas no pedestal do gênio.

Figurinos e cenários recriam com realismo o início do século XX, e a fotografia alterna tons quentes e frios para marcar o contraste entre as fases da vida do protagonista. A atuação é outro ponto alto: Geoffrey Rush transmite com naturalidade a sagacidade e o carisma do Einstein maduro, enquanto Johnny Flynn encarna o jovem cheio de inquietação intelectual e rebeldia.

Um dos méritos da série é tornar conceitos complexos da física mais compreensíveis, usando recursos visuais e narrativos que dão vida a experimentos mentais e teorias. Ao mesmo tempo, não perde o foco no drama humano, equilibrando emoção e ciência na medida certa.

Em resumo, Genius: Einstein é uma obra que combina biografia, história e ciência em um retrato sensível e inspirador de um dos maiores nomes da humanidade. É ao mesmo tempo entretenimento e aprendizado, capaz de prender tanto quem ama ciência quanto quem busca uma boa história de vida. Como professor de Matemática, admiro muito essas adaptações de histórias que revolucionaram a ciência. 

NOTA: 8/10