Guillermo Del Toro foi o cara que conseguiu mesclar
terror e drama de uma forma única e fidedigna. Vemos em seus filmes como A Espinha do Diabo e O Labirinto do Fauno essas
características típicas para filmes de fantasmas ou que abordam o mundo
fantástico. E com o sucesso desses filmes, Del Toro foi produtor de um filme um
pouco semelhante ao filme A Espinha do
Diabo e Os Outros , sendo que este
último não teve as mãos do cineasta mexicano. O filme intitulado O Orfanato foi lançado em 2007 e foi
dirigido pelo até então estreante Juan Antonio Bayona. Estrelado por Bélen
Rueda, Fernando Cayo, Roger Príncep e Geraldine Chaplin, o filme nos traz um
drama de uma mulher que tem seu filho desaparecido, e segundo algumas
suposições, o desaparecimento pode ter sido causado por espíritos.
Sinopse: Laura (Belén Rueda) passou os anos mais felizes de sua
vida em um orfanato, onde recebeu os cuidados de uma equipe e de outros
companheiros órfãos, a quem considerava como se fossem seus irmãos e irmãs
verdadeiros. Agora, 30 anos depois, ela retornou ao local com seu marido Carlos
(Fernando Cayo) e seu filho Simón (Roger Príncep) de 7 anos. Ela deseja
restaurar e reabrir o orfanato, que está abandonado há vários anos. O novo
local desperta a imaginação de Simón, que passa a criar contos fantásticos.
Entretanto, à medida que os contos ficam mais estranhos, Laura começa a
desconfiar que haja algo à espreita na casa.
Somos presenteados com uma mulher altamente determinada e
que não deixa dúvidas quanto ao amor que sente pelo filho, que é portador do
vírus HIV. A princípio, o filme não contém nada além de um drama, vivido por
Laura naquele orfanato. O filme passa a ganhar tom misterioso com alguns amigos
imaginários de Simón. E durante uma festa, o garoto desaparece, deixando sua
mãe em prantos ao mesmo tempo em que ela se culpa por isso. Mas, para piorar a
situação, após várias semanas sem sinal do garoto, Laura passa a desconfiar de
que o orfanato está mal assombrado, e que fantasmas tenham levado seu filho,
assim ela começa uma grande busca na esperança de encontrar uma solução e o
possível paradeiro de seu filho.
O amor de uma mãe predomina o filme inteiro. Muitas
pessoas se comovem com a situação pela qual a protagonista se encontra. A
direção conduz habilmente para um desfecho de cortar o coração, ao mesmo tempo
sendo inteligente e emocionante. Belén Rueda é uma atriz excepcional, e
consegue mostrar através de suas emoções o que significa perder um filho, mesmo
que seja adotivo, sentimentos que só uma mãe pode descrever. O filme ainda nos
traz uma sessão espírita, onde Laura chama um grupo de pessoas que são especialistas
em fazer contato com os mortos, entre eles está o ator Edgar Vivar, o eterno
Seu Barriga do seriado Chaves, fazendo aqui uma ótima participação. É
interessante e ao mesmo tempo clichê a situação dos personagens quando se
deparam com a possibilidade dos espíritos viverem no orfanato, um deles sendo
cético, também o fato das crianças desenharem imagens macabras, faz com que
alguns se derretam quando terão de entrar em contato com possíveis fantasmas.
No entanto, apesar de ser um filme onde aborda espíritos
fantasmagóricos, não temos um desfecho surpreendente, e sim um final muito triste
e ao mesmo tempo comovente. Nem todos gostaram do final, há opiniões mistas a
respeito dele, mas a grande maioria dos fãs gostou entre eles eu, pois houve
uma interligação de eventos do passado, que o tornou muito compreensível, mas
sendo impossível de não nos comover a ponto de romper em lágrimas. O Orfanato é um filme muito admirável
pela sua fotografia e história. E quando o longa passa a ter um clima de
suspense, levamos um choque quando ficamos ansiosos para saber quem são as
crianças mascaradas que aparecem, dando o ponto de partida para a incessante
busca de Laura pelo seu filho.
De modo resumido, O
Orfanato é um estilo novo para o gênero terror, e que através de Guillermo
Del Toro, o cinema acabou agarrando a ideia de produzir filmes parecidos, e que
tem um tom amedrontador capaz de nos cativar, a ponto de nos fazer refletir por
causa de seus toques dramáticos, onde algumas pessoas poderão se identificar.
No geral, O Orfanato é um ótimo filme
e que não merece estar atrás de outros do gênero.
NOTA: 9/10
Veja o trailer no vídeo abaixo:
eu adorei esse filme. esse diretor é genial. minha resenha está aqui https://mataharie007.blogspot.com.br/2009/05/o-orfanato.html
ResponderExcluirAcabei de ler. Excelente resenha! Foi direto no ponto principal sobre realidade e sobrenatural e o contraste que há em ambos. Parabéns!
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