Casos de violência à criança sempre será visto como algo
repugnante. Porém, será que podem haver casos em que a criança não é a
verdadeira vítima? No filme Caso 39 a
resposta é sim. Dirigido por Christian Alvart e lançado em 2009, Caso 39 é um filme de suspense e terror
que chama a atenção para casos envolvendo crianças, mas a surpresa do filme
está no fato da criança envolvida não ter nada de inocente. Estrelado por Renée
Zellweger, Jodelle Ferland, Ian McShane e Bradley Cooper, o filme mostrará como
uma assistente social adota uma menina após salvá-la dos pais que queriam mata-la,
só que aos poucos ela vai percebendo que a criança não é comum, e que seus pais
tinham bons motivos para querer a menina morta.
Esse é mais um filme do subgênero “crianças malditas”,
algo que o cinema já está recheado, por isso, não espere que Caso 39 irá inovar em alguma coisa, pois
os clichês predominam. A história do filme é bem interessante: a assistente
social idealista Emily Jerkins (Renée Zellweger) luta para salvar uma criança
chamada Lilith Sullivan (Jodelle Ferland) das mãos de seus pais abusivos. No
entanto, a mulher descobre mais tarde que a garota não é tão inocente quanto
parece e a situação é mais perigosa do que ela poderia imaginar. Seus amigos e
pessoas do trabalho são assassinados por seus próprios filhos, e a assistente
social descobre que todas essas mortes foram obra de sua filha adotiva. A filha
começa a praticar atos estranhos e o desespero começa a rondar à solta. Lilith
começa a ameaçar Emily, e ela tenta matar a garota antes que seja tarde demais.
A princípio não suspeitamos de que havia algo errado na
criança, por que seus pais só de olhar a cara deles já é suficiente para
concluirmos que eles são loucos, principalmente durante a conversa que eles têm
com a assistente social, que lhes faz uma visita depois de receberem uma
denúncia de maus tratos a uma criança. Durante o desenrolar do filme,
descobrimos que Lilith é na verdade um demônio, até o nome dela faz referência
a isso. Mas uma coisa chata de acompanhar é que esse demônio é vulnerável
quando dorme, sendo esta a única chance que as pessoas têm para mata-lo.
Caso 39 é um filme que começa bem, tem um bom desenvolvimento,
mas erra feio no desfecho, causando decepção. Renée Zellweger consegue
praticamente segurar o filme sozinha com sua boa atuação, mas nem isso consegue
apagar um dos piores erros que já vi nos filmes. Sendo Emily uma assistente
social dedicada com seu trabalho, é mais do que óbvio que ela não ficaria sem o
seu celular por muito tempo, mas no filme ela perde o celular e só se dá conta
dois dias depois. Aonde isso se encaixa? Por outro lado, a atriz mirim Jodelle
Ferland muda o clima do filme com sua personagem que foi muito bem
interpretada, mas de meio para o fim, houve momentos de tensão e desespero por
parte de Emily que já havia descoberto que na verdade o hóspede em sua casa era
um demônio que estava consumindo-a, e o que poderia levar para um final melhor,
acabou decepcionando, conforme já mencionado.
De modo geral, assistir a esse filme pode ser uma boa
experiência, caso você goste muito de filmes do gênero, mas os defeitos são
gritantes e que julgando por esse lado, o filme pode ser considerado
esquecível, ou um simples passatempo. Um aspecto interessante sobre essa
produção, é que ela foi filmada em 2006 e devido a muitos problemas, seu
lançamento se deu apenas em 2009. Houve também um incêndio em um dos sets de
filmagem, devido a uma cena em que conteria fogo e que acabou perdendo o
controle. Em resumo, Caso 39 é sim um
bom filme, mas que não deve ser assistido com grandes expectativas.
NOTA: 6/10
Veja o trailer no vídeo abaixo:
é um bom filme. mas concordo. não é genial. beijos, pedrita
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