Uma sequência
superior em muitos aspectos. Sam Raimi mostrou que entende de adaptação e ele não
foge logicamente da história dos quadrinhos, em termos de vivência do
protagonista bem como as pessoas que o rodeiam e os vilões bem originais. A
sequência do filme Homem-Aranha de 2002, e segundo da trilogia foi mais
agradável ao público geral, até mesmo quem não é fã do aracnídeo gostou. Homem-Aranha 2 foi lançado em 2004 e
veio como um complemento totalmente fiel ao primeiro e aos quadrinhos da
Marvel. Tobey Maguire, Kisten Dunst e James Franco reprisam seus papéis de Peter
Parker, Mary Jane e Harry Osborn respectivamente.
Atenção! Texto com spoilers!
Novamente com a
brilhante direção de Sam Raimi, o filme tem um roteiro bem mais completo e
interessante em vista dos paralelos retratados, desde a vida de Peter se
tornando um caos, tanto no emprego, na escola, na vida de super-herói e em seu
relacionamento com as pessoas que ele ama, também em como a cidade esta
novamente à beira de mais uma ameaça de um cientista maluco. O filme também
mostrará como o estresse de Peter em relação a tudo que acontece em sua vida,
afeta seus poderes de aranha, fazendo-o com que desista dessa vida.
O filme conta como a
vida de Peter Parker (Tobey Maguire) está repleta de responsabilidades como herói.
Mas essa vida acaba o impedindo de ter uma rotina normal em seu emprego como
entregador de pizza, seu contato com os amigos, o que inclui a sua amada Mary
Jane (Kisten Dunst) e também seu compromisso na Universidade, onde ele falta
muito e quando vai chega sempre atrasado. O jovem leva uma vida de muito
estresse e preocupação com sua tia viúva. E sempre decepcionando Mary Jane
quando promete assistir sua peça no teatro, pois ela estava lutando para se
tornar atriz, Peter cheio de responsabilidade como o Homem-Aranha acaba não
cumprindo essas promessas.
Paralelamente, Harry
(James Franco) agora chefe das indústrias Oscorp investe em um projeto criado
pelo doutor Otto Octavius (Alfred Molina), que é um físico que estuda fusões
nucleares. Otto cria quatro braços mecânicos que serviriam para estabilizar a
fusão nuclear, assim ele a solda ao seu próprio corpo. Quando o experimento dá
errado, Otto acaba desmaiando após receber uma descarga elétrica, sua esposa é
morta e Harry se considera falido. A explosão acaba destruindo um chip inibidor
que Octavius tinha criado para evitar que os braços mecânicos tenham controle
próprio. Assim, O dr. Otto se transforma em um novo vilão, que por sinal o mais
admirado dos vilões do Homem-Aranha; o doutor Octopus, que com a influência dos
braços fará com que ele refaça a experiência não importando os riscos que podem
trazer a cidade.
O nosso herói terá
muito mais trabalho pra deter o doutor maluco do que quando teve para vencer o
duende verde no primeiro filme. Isso por que Peter terá de enfrentar vários
problemas, desde a raiva de Harry ao Homem-Aranha, que ainda acreditava que a
morte de seu pai foi causada pelo aracnídeo, Peter também enfrenta um dilema
amoroso, pois acaba descobrindo que Mary Jane irá se casar com outro homem e
também a falha em seus poderes, fazendo-o pensar que não deveria ser mais o
Homem-Aranha.
Sam Raimi encaixou
muito bem uma sequência que viria a ser bem melhor do que o filme anterior,
trazendo um longa com mais ação e mais dramático. Na vida do protagonista,
Peter tenta levar uma vida normal após abandonar a vida de herói, mas parece
que ele se esqueceu de que ainda existia um vilão à solta e que queria cumprir
um objetivo que colocaria a vida das pessoas de toda a cidade em risco. Mas
mesmo vendo que a criminalidade tem subido muito, Peter luta em seu interior
para ignorar tal fato. Há também descrenças causadas por uma ilusão passageira
de ter um protetor para a cidade.
Peter se encontra
dividido sobre o que quer fazer na vida. Após uma tentativa fracassada e cômica
em uma cena onde ele tenta voar como o Homem-Aranha fazia. Isso gera muitas
dúvidas no espectador sobre se ele perdeu seus poderes para sempre. Mas o ponto
crucial foi onde reaparece o Dr. Octopus disposto a capturar o Homem-Aranha
para entrega-lo a Harry em troca do trítio, um combustível usado na experiência
da fusão nuclear. E após o sequestro de Mary Jane, Peter recupera seus poderes
de repente e volta a ser o Homem-Aranha, algo que todos estavam esperando.
O diretor Sam Raimi
conseguiu manter um padrão igual ao filme anterior, porém, obteve melhoria nos
efeitos especiais e nas cenas onde haveria ação. Por exemplo, a melhor cena do
filme está na luta entre o Homem-Aranha e o Dr. Octopus em cima de um trem, ali
há lindos efeitos especiais e uma cena de luta digna de um Oscar. Um ponto
forte do filme está na posição das câmeras e muitas a acompanham o herói como
se nós estivéssemos no lugar dele. Outra cena que merece destaque por seus efeitos
especiais, está em outra luta dessa vez em cima dos edifícios, ali o
Homem-Aranha tenta salvar a tia May que foi sequestrada por Octopus após ter
roubado um banco. Um show de efeitos especiais brilhantes que torna o filme
mais bonito e extremamente superior a todos não só da trilogia dirigida por Sam
Raimi, mas também dos outros trabalhos mais recentes com o personagem
Homem-Aranha.
Apesar de ter mais
ação do que o primeiro filme, Homem-Aranha
2 se supera também nos diálogos, onde há uma compreensão melhor da história
e das situações retratadas no longa. Sam Raimi merece aplausos, pois é muito
raro vermos uma continuação igual ou superior ao filme anterior, muitos
defendem que o primeiro filme foi melhor, outros defendem o contrário. Na minha
concepção, os dois são igualmente bons, o segundo é superior nos aspectos
escritos nesse texto, mas não desmerecendo de forma alguma o primeiro filme, que
é também super recomendado.
NOTA: 10/10
Veja o trailer no
vídeo abaixo:
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