O Atirador: O Fim de Um Assassino (Sniper: Assassin’s End, 2020), dirigido por Kaare Andrews, é mais um capítulo da longa franquia de ação iniciada nos anos 90. O filme segue Brandon Beckett (Chad Michael Collins), um atirador de elite das Forças Especiais dos EUA, que se vê injustamente acusado do assassinato de um diplomata estrangeiro. Para limpar seu nome e escapar de uma caçada internacional, ele precisa se unir ao pai, Thomas Beckett (Tom Berenger), veterano e lenda viva da elite militar.
A trama segue uma estrutura conhecida: um protagonista cercado por traições, conspirações e tiroteios coreografados com precisão. O roteiro não apresenta grandes surpresas, mas entrega o que o público-alvo espera: ação constante, tensão crescente e um herói moralmente íntegro em um mundo corrompido. A relação entre pai e filho, embora pouco aprofundada, adiciona um toque humano à narrativa, servindo como fio condutor emocional.
Visualmente, o filme é competente dentro de seus limites orçamentários. As cenas de ação são bem conduzidas, com destaque para os confrontos de precisão entre snipers. Ainda que falte o brilho de grandes produções do gênero, há uma preocupação com o ritmo e a ambientação, que contribuem para manter o espectador envolvido.
O elenco cumpre seu papel sem grandes destaques, mas Tom Berenger, mesmo com participação contida, empresta um peso nostálgico ao longa. Chad Michael Collins mantém a postura determinada que já se tornou sua marca na franquia, sem grandes variações dramáticas.
Embora O Atirador: O Fim de Um Assassino não revolucione o gênero e siga fórmulas bastante conhecidas, ele entrega uma experiência coerente com sua proposta: ação direta, personagens endurecidos pelo campo de batalha e um enredo que, mesmo previsível, entretém. Para fãs da franquia ou do gênero militar, é uma adição satisfatória ao catálogo. Para o público em geral, talvez falte algo que o torne memorável. Eficiente dentro do que se propõe, mas sem grandes ousadias.
NOTA: 6/10
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