O talentoso Christopher Smith se tornou conhecido por dirigir
filmes de terror, em suas produções contém histórias macabras, mas bem
desenvolvidas e exploradas de acordo com a premissa que é levantada no inicio
de seus filmes. Smith dirigiu o terror psicológico Triângulo do Medo de 2009, e vamos falar aqui de sua primeira
produção, sendo a estreia do cineasta no mundo do cinema. Plataforma do Medo foi lançado em 2004, seu título original é Creep, é estrelado por Franka Potente,
Vas Blackhood, Ken Campbell, Jeremy Sheffield e Paul Rattray.
Sinopse: Kate (Franka Potente) pretende pegar o último metrô, na
tentativa de se atirar para um possível galã. Porém, após adormecer na estação
de metrô de Londres, ela termina ficando presa no local. Seu maior problema não
é permanecer na estação durante a noite, mas sim ter que lidar com os mendigos
e estupradores que rondam as estações da cidade. Mas o principal problema se
encontra em uma criatura que vive nos esgotos, que mata as pessoas que encontra
pela estação.
O filme pode até ser clichê em alguns pontos, mas se seu
objetivo foi de passar medo e agonia, isso sem sombras de dúvidas, ele
conseguiu. A personagem Kate, parecia a princípio uma "patricinha" indefesa, mas
ao longo do filme, ela vai se revelando corajosa, ao ter que lutar para salvar a vida.
Após se perder na estação, ela é surpreendida com um metrô fora de hora, onde
ela entra, mas não vê nenhum passageiro. Nisso ela acaba sendo atacada por um “amigo”
que ela havia dado um fora no inicio do filme, o pervertido Guy (Jeremy
Sheffield) que tenta estuprá-la. Mas, durante a tentativa, alguma coisa aparece
do lado de fora do metrô e ataca o agressor e o puxa para fora. Kate é obrigada
a pedir a ajuda de mendigos que vivem ali, mas o assassino vai pegando um a um,
até que Kate se encontre sozinha.
O filme não mostra logo de imediato a verdadeira
identidade do vilão, o que acontece apenas perto do final. Isso foi algo que
ajudou muito para um clima mais tenso e medonho. E na cena em que
vemos a face da criatura, depois de muito silêncio na escuridão. Smith acerta
em cheio nessa cena, ao fazer o espectador gritar quando a câmera de repente dá
um close na cara horrorosa dele.
O filme não se preocupa em explicar como esse vilão foi
parar nos esgotos, mas existem algumas pequenas informações durante o longa,
que fica a critério do próprio espectador interpretar da sua maneira. Plataforma do Medo também não entra em
detalhes sobre como que ninguém naquela estação tinha conhecimento sobre essa
criatura. A real intenção do filme é passar medo, apenas isso. No entanto, além
do medo, o filme contém algumas cenas bem violentas, das quais jorram muito
sangue.
Apreciando sua estreia, posso afirmar que Christopher
Smith fez um ótimo trabalho, ele não se preocupa em apenas mostrar medo e
sangue, há um clima de suspense formidável durante o filme inteiro, que nos
prende até o fim. Cenas bem dirigidas e atuações medianas. O filme não enrola
em nenhum momento, e nos conduz habilmente para o clímax, sem que percebamos o
tempo passar. De fato, foi uma bela estreia para o cineasta que após isso se
consagraria com o gênero terror.
É realmente uma pena que nem todos conhecem o cinema de
terror britânico. Aqui os fãs encontrarão diferentes histórias e criaturas
macabras e aterrorizantes. Não desmerecendo os bons filmes de terror
americanos, mas os britânicos tem um jeito diferente para produzir filmes do
tipo. Vale ressaltar que Plataforma do
Medo, apesar do roteiro simples e sem muitas explicações, ele pode ser
considerado um dos filmes mais assustadores do ano de 2004.
Veja o trailer no vídeo abaixo:
NOTA: 7,5/10
Veja o trailer no vídeo abaixo:
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