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segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

O PREDADOR (2018)


Eu estava muito ansioso para o novo filme do Predador. A princípio, eu achava que iriam fazer um remake do clássico de 1987, mas me surpreendi ao perceber que se tratava uma nova história. No entanto, devo dizer algo que me causa muita dor no peito: esse novo filme acabou com os Yautjas (nome referido à espécie do alienígena). O filme teve um roteiro muito furado e insignificante, que infelizmente enterrou a franquia. Felizmente, temos os clássicos para diluir o que vemos nesse filme.

Esse filme chegou aos cinemas em 14 de setembro de 2018, e teve a direção de Shane Black, sendo então o quarto filme da série Predador. No elenco, temos os nomes de Boyd Holbrook, Trevante Rhodes, Jacob Tremblay, Keegan-Michael Key, Olivia Munn, Sterling K. Brown e Thomas Jane.  

O filme começa com uma perseguição entre naves alienígenas, e traz à Terra um novo predador, que acaba sendo capturado por humanos. Antes disso, ele tem seu capacete e bracelete roubados por Quinn McKenna (Boyd Holbrook), um atirador de elite que estava em missão no local onde a nave caiu.


A bióloga Casey Brackett (Olivia Munn) é então chamada para examinar o ser recém-descoberto, mas ele logo consegue escapar do laboratório em que é mantido cativeiro. Ao tentar recapturá-lo Casey encontra McKenna, que está em um ônibus repleto de ex-militares com problemas. Juntos, eles buscam um meio de sobreviver e, ao mesmo tempo, proteger o pequeno Rory (Jacob Tremblay), filho de McKenna, que está com os artefatos alienígenas pegos pelo pai.

Este novo filme foi decepcionante para mim. Percebi que ele tenta resgatar elementos nostálgicos dos dois primeiros filmes, e talvez essa seja uma tentativa de agradar o público atual com o que deu certo no passado. Poderia funcionar? Sim, poderia. Mas, o roteiro do filme mergulha em um completo buraco, apelando para piadas tolas e ridículas – não que a franquia não necessite disso, pois há sim suas doses de humor nos clássicos com o personagem –, porém, o que incomoda aqui é o exagero.


As cenas de ação são boas, mas nada que deixe o espectador com uma reação nova. No entanto, devo reconhecer que capricharam parcialmente no gore. Alguns personagens são caricatos demais; outros, no entanto, são mal aproveitados. Devo admitir que este filme enterrou um personagem tão querido de todos nós. Claro que eu sei que os filmes com ele foi se deteriorando cada vez mais, com exceção do Predador de 1987, obviamente. Como eu mencionei no parágrafo anterior, a zueira predominante no filme é o que mais me chateia nessa produção. Há inclusive cenas ridículas envolvendo o Predador, que juro pra vocês, me deu vontade de vomitar.

Sério, como fã da franquia e do alienígena, eu queria muito ter gostado desse filme, mas não engoli tamanha ofensa ao clássico. É óbvio que não é o pior filme do ano, mas incluí-lo entre os melhores, eu poderia me referir a alguém que faz isso, como algumas pessoas comentam nos grupos do Facebook: “O indivíduo tá louco nas drogas”.


Tudo bem, que houve pessoas que gostaram da história, da estrutura narrativa, e também de alguns personagens. Mas, eu teria aprovado esse filme, no mínimo, se eles tivessem acertado nas cenas de ação na floresta. E isso não seria apenas uma referência ao filme original, como também seriam bem aproveitados os conflitos em um ambiente já propício para o alienígena. Na cidade, também poderia funcionar, mas infelizmente o filme comete seus deslizes e nos entrega uma bomba atômica.

O filme também não se aprofunda no inicio da história e como ela se desenrola. Não me lembro de ter visto alguma alusão aos filmes anteriores, se teve, passou despercebido para mim. O Predador pode agradar em alguns aspectos, enquanto outros, nos repassam apenas a sensação de repúdio e tristeza. Se você for curioso, assista. Mas, esteja ciente de que vão estragar o personagem.  

NOTA: 5/10

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Veja o trailer no vídeo abaixo:

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