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segunda-feira, 24 de julho de 2017

ONG BAK 2


Ong Bak 2 foi lançado em 2008 e faz parte da saga Ong Bak, iniciada com o filme de 2003 Ong Bak Guerreiro Sagrado. Porém, o segundo filme não trata de uma continuidade da história, conforme a maioria pensou quando o filme chegou às locadoras. Na verdade, o filme é baseado em uma época bastante antiga, nisso muitos preferem chama-lo de Ong Bak: O Início. Mas início de quê? Bem, antes de começar a falar sobre o filme, vou dizer antes qual era a reação das pessoas quando Ong Bak 2 foi lançado. 

Como já dito, muitos pensaram que seria uma continuidade, e por causa disso muitas pessoas não gostaram. Outras, no entanto, gostaram do filme, mas esculacharam o final. Porém, muitas vezes a pessoa não para pra pensar se a história não terá outra continuação, por isso alguns pensam que simplesmente acaba ali. Mas... Dois anos depois em 2010, veio o terceiro filme (continuando onde parou o segundo) e complementou o que parecia inacabado. (Veja a crítica de Ong Bak 3 aqui)

Vamos falar de Ong Bak 2 agora! O filme se passa durante o Reino de Ayutthaya, uma monarquia que durou entre os anos de 1351-1767, que governou no sudeste asiático, no exato lugar onde é hoje a Tailândia, o reino também dominava regiões onde hoje é o Miammar e o Camboja, para saber mais sobre o Reino de Ayutthaya, clique aqui. No início do filme, vemos uma perseguição a cavalo durante uma noite chuvosa, os fugitivos eram um soldado e um garoto chamado Tien, que é jogado em um matagal para se salvar, já que à frente havia um exército esperando por eles. 

Tien era um jovem filho do Lorde Siha Decho, que era um general respeitado e culto. Sua esposa foi brutalmente assassinada pelo Lorde Rajasena, que havia sido ordenado pelo Imperador de Ayutthaya para exterminar os que não se sujeitarem à monarquia. Siha Decho tinha fugido para proteger seu filho levando ele para o templo do mestre Bua para estudar a arte das danças de Khon. Porém, Siha Decho acaba morto sendo degolado por um assassino vestido de preto. Toda essa cena foi assistida por Tien e o soldado de seu pai, após ter gritado vendo seus pais morrerem, o soldado acaba fugindo com ele, mostrando depois a cena do inicio.

Tien é encontrado por aldeões que o levam como escravo, e acaba sendo jogado em um poço para ser atacado por um crocodilo. Sua bravura e resistência contra os aldeões que o capturaram despertou o interesse de Chernang, o rei dos bandidos do penhasco. Que adota Tien como seu pupilo. Nas montanhas o garoto aprende artes marciais e o manejo de armas, coisa que ele sonhava em aprender, mas que seu pai não aprovava. Esse treinamento é duro, e o jovem passa por vários desafios até ser reconhecido como um dos membros dos bandidos do penhasco. Tien cresce e já adulto ele se torna o comandante desse povo. 

Tony Jaa é quem interpreta Tien adulto e inclusive ele dirigiu e escreveu a história do filme. Assim, ele mostrou que além de ser um artista marcial, ele também tem talento para um cineasta e soube trabalhar o roteiro do filme de uma maneira muito bacana para um iniciante. Seu personagem a todo o momento anseia o desejo de vingança pela morte de seus pais. Agora mais forte e conhecedor de guerra do que nunca, ele não medirá esforços para cumprir seu objetivo. Mas há uma coisa que ele não esperava que acontecesse e isso levará a um final surpreendente! 

O roteiro do filme foi bem trabalhado e sem dúvida encaixou a história com perfeição. Apesar de o filme ter muitos figurantes, vale mencionar que eles são necessários em muitas das cenas. Tony Jaa também coreografou as lutas, e posso afirmar seguramente que aqui nesse filme, a pancadaria é animal! Jaa não usa apenas Muay Thai como no primeiro filme, aqui ele mostra que também entende de Kung Fu, pois em muitas das lutas, percebemos que ele usa técnicas de Wushu do estilo animal, como a cobra por exemplo. E o uso de espadas e armas brancas? Sensacional! Tien enfrenta um exército armado até os dentes e um confronto no clímax do longa. Vale mencionar que o uso de espadas era comum nos exércitos antigos, e esse detalhe foi muito bem encaixado por Tony Jaa na história, mostrando que o cineasta em seu primeiro trabalho como diretor quer um filme verdadeiro e bem explorado para a época em que ele se baseia. 

O principal aspecto que eleva o filme em todos os seus 95 minutos é a vingança do protagonista. Apesar de esse aspecto ser clichê em diversos filmes, Ong Bak 2 tem uma exclusividade, por ser baseado em uma história nunca abordada no cinema antes. O final do filme não agradou a maioria, pois termina de modo bizarro e vago, claro que o terceiro filme continua de onde parou, mas o que prevalece aqui não são apenas as lutas, mas todo o roteiro, seja nas cenas de combate, o drama vivido pelos personagens e nos diálogos. 

NOTA: 8/10

Veja o trailer de Ong Bak 2 no vídeo abaixo:

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