SECUESTRO (2016)

Secuestro é um suspense espanhol lançado em 2016, dirigido por Mar Targarona e o roteiro foi escrito por Oriol Paulo. Estrelado por Blanca Portillo, Antonio Dechent, José Coronado e Andrés Herrera. 

O filme conta o drama de uma advogada que teve seu filho sequestrado e que após a polícia não dar mais importância ao caso por falta de evidências, a advogada decide fazer justiça com as próprias mãos sem imaginar as consequências que isso trará para ela e para seu filho.

Por ser um roteiro escrito pelo talentoso e criativo Oriol Paulo que dirigiu os excelentes Um Contratempo e O Corpo, a curiosidade para saber como essa história se desenrola é muito grande! No entanto, apesar da trama ser boa e repleto de reviravoltas surpreendentes, o filme infelizmente peca ao desenvolver mal certos acontecimentos.

Isso talvez se dá pela direção, que em um primeiro ato nos conduz para dentro da trama de uma maneira interessante, mas depois começa a chutar o balde e apresentar, sem maiores desenvolvimentos, uma série de personagens secundários que comprometem a qualidade e o potencial que o filme poderia ter. O que poderia ter sido ágil e rápido em relação ao sequestro, se tornou em uma busca para se safar de uma enrascada.

É claro que quando se trata de uma atmosfera misteriosa e um possível sequestrador à solta, deixa o espectador bem atento a cada detalhe. Mas, o filme segue explorando muito uma investigação que não era nada difícil de resolver. Por isso, ao meu ver, um dos furos no roteiro é perceber que os policiais são burros pra caramba e demoram muito para se certificarem da real situação. Mas, felizmente, a história se sobressai com um desfecho final e imprevisível.

Secuestro não corresponde ao mesmo nível de outros roteiros escritos por Oriol Paulo, porém, vale ressaltar que embora não chegue perto de grandes obras e surpreendentemente bem feitas no cinema espanhol, Secuestro é ainda assim, uma boa pedida quando o assunto for suspense.

Talvez eu não aprovaria muito o filme, se este fosse previsível. O que não foi o caso. O filme dribla e muito bem determinados pontos que interligam o desfecho final. Para quem ainda não viu e que amou outros trabalhos de Oriol Paulo, podem ver sem medo. Mas, estejam cientes que dentre todos os projetos que até então ele trabalhou, seja como roteirista ou diretor, esse aqui é o seu trabalho mais fraco.

NOTA: 6,5/10

O filme está disponível na Netflix.

Veja o trailer no vídeo abaixo: