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terça-feira, 14 de novembro de 2017

O VOO DO DRAGÃO


Além de lutar e atuar, Bruce Lee também mostrou ser um bom diretor e roteirista. Ele escreveu, dirigiu e atuou em seu terceiro filme conhecido como O Voo do Dragão lançado em 1972, que é considerado por muitos o melhor filme dele, por que além de conter ótimas cenas de luta, o filme ainda traz diversos momentos engraçados envolvendo o personagem de Bruce, e também por que foi neste filme em que ele travou uma luta histórica contra o até então sete vezes campeão norte-americano de Karatê, o grande Chuck Norris, que era na verdade um grande amigo de Bruce Lee com quem aprendeu mais coisas sobre artes marciais.

É óbvio que muitos não gostaram do fato de Lee ter derrotado Norris no filme, por que Norris era imbatível, mas considerando que era apenas um filme, muita gente discutia a possibilidade de Lee derrotar Norris em uma luta real, o que infelizmente nunca aconteceu. Mas, a luta entre essas duas lendas no filme é sensacional, vale o filme inteiro, seja pela coreografia (uma das melhores já vistas) ou pelos momentos engraçados durante o combate.


O Voo do Dragão contém uma história muito simples. Tang Lung (Bruce Lee) viaja para Roma na Itália, para ajudar alguns amigos chineses que trabalham em um restaurante. A dona do restaurante é Chen Ching Hua (Nora Miao), que sofre pressão de um sindicato criminoso que quer obriga-la a vender o restaurante. Assim, ela passa a sofrer ameaças e prejuízo, já que os criminosos não deixam as pessoas irem comer lá. E Tang Lung veio ajudar a parar os bandidos e ele sendo especialista em artes marciais consegue expulsar os criminosos várias vezes, não importando a quantidade que venha. Pressionado, o chefe do sindicato contrata lutadores estrangeiros, entre eles um europeu e um japonês. E também chama o campeão americano de Karatê, Colt (Chuck Norris), para tentar parar Tang Lung, onde a luta brutal entre os dois acontece no Coliseu de Roma.

Bem simples e recheado de cenas cômicas, O Voo do Dragão conquista seu público alvo. Falando das cenas engraçadas, tem uma logo no inicio, onde o personagem de Lee está no aeroporto sem saber de absolutamente nada do idioma italiano, e quando vai pedir comida em um restaurante local, ele acaba pedindo tudo do cardápio. Além disso, ele com um jeito estranho de reagir em situações nada comuns para ele, por exemplo, do nada ele conhece uma meretriz que logo o leva para seu quarto, e ele sem entender nada do que estava acontecendo, e de repente a garota aparece nua na sua frente, e ele sai correndo kkk. Essa meretriz foi interpretada pela bela modelo Malisa Longo, que fora convidada pelo próprio Bruce Lee a fazer uma ponta em seu filme.


As atuações do filme são fracas, assim como foram nos dois filmes anteriores de Lee, se salvando apenas a dele. No entanto, aqui Nora Miao não decepciona, sendo ela uma das atrizes mais famosas de Hong Kong na década de 70, os demais personagens não se salva nenhum em termos de atuação, até mesmo Chuck Norris que só fala uma frase no filme, mas tudo bem, não vamos exigir muito do cara, afinal, essa foi sua primeira participação no cinema, onde a partir daí rendeu um grande sucesso no mundo cinematográfico, tudo graças a Bruce Lee que foi o homem que abriu as portas para Norris no cinema. Lembramos também que em A Fúria do Dragão, Bruce Lee estreou usando seu famoso Nunchaku, em O Voo do Dragão ele usa o dobro, ou seja, dois Nunchakus são utilizados pelo mestre na luta contra os capangas mafiosos, em ótimas cenas de ação misturadas com boas doses de comédia.

Voltando a falar da luta entre Bruce Lee e Chuck Norris, que foi a principal atração de O Voo do Dragão, essa luta não teve espectadores, a não ser um gatinho que assistia tudo. Foi um combate brutal, onde apenas um sai vivo (já sabemos até quem foi), agora volto a mencionar que a grandeza dessa cena está claro nas duas lendas das artes marciais se enfrentando, mas também a coreografia de luta foi tão bem feita, que nunca havia tido em outro filme do gênero. E conforme todos sabem, esse estilo de luta passou a ser adotado em filmes posteriores. E de quem é o mérito das coreografias? Nada mais, nada menos que Bruce Lee, que deu seu sangue na produção deste filme, e além de ter mostrado novas técnicas que não foram mostradas antes. Um pulo muito alto para o astro que estava no auge de sua carreira, uma pena que não durou muito... 

NOTA: 8/10

Veja o trailer no vídeo abaixo:

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