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domingo, 15 de dezembro de 2024

NINJA 2: A VINGANÇA

 

Ninja 2: A Vingança (Ninja: Shadow of a Tear), lançado em 2013 e novamente estrelado por Scott Adkins, é a sequência de Ninja (2010), também dirigida por Isaac Florentine. Continuando a história do protagonista Casey (Scott Adkins), o filme adentra uma trama de vingança após a morte de sua esposa, forçando Casey a buscar justiça contra aqueles responsáveis pelo ataque. Se o primeiro filme já oferecia boas sequências de ação, Ninja 2: A Vingança leva isso a um novo nível, mas ainda falha em construir uma narrativa envolvente e personagens mais complexos.

Uma das principais melhorias do filme em relação ao seu antecessor é a ênfase na ação, que é mais intensa e visceral. Florentine se dedica a criar lutas ainda mais impressionantes e estilizadas, com Scott Adkins demonstrando sua habilidade nas artes marciais em coreografias rápidas e bem executadas. As cenas de combate são a principal atração do filme, com Adkins, como de costume, se destacando por sua agilidade, potência e entrega física nas lutas. A violência é mais brutal e sangrenta, o que aumenta a sensação de tensão durante os confrontos, trazendo uma sensação de urgência e emoção para o filme, especialmente para os fãs de filmes de ação e artes marciais.

No entanto, o enredo segue a mesma fórmula simples do primeiro filme: vingança e justiça pessoal. O filme começa com uma tragédia pessoal – a morte da esposa de Casey – e, a partir daí, a história se desenrola com o protagonista em busca de seus algozes. Embora a premissa seja direta e eficaz no que diz respeito a motivar a jornada de Casey, o desenvolvimento da trama é bastante raso. A vingança de Casey não possui muitas surpresas ou complexidade emocional, e os personagens secundários continuam a ser pouco explorados, tornando difícil para o espectador se conectar mais profundamente com a narrativa. O vilão, mais uma vez, segue o clichê do antagonista impiedoso, sem grandes motivações além do desejo de poder e domínio.

O filme também se aprofunda pouco nas questões de identidade e honra que já haviam sido introduzidas em Ninja, e as relações interpessoais, como a que Casey tem com a memória de sua esposa, não são exploradas de forma significativa. Embora haja um esforço para dar maior peso emocional ao personagem principal, com ele buscando redenção e uma justificativa para suas ações violentas, o desenvolvimento psicológico de Casey ainda é limitado. Isso faz com que o protagonista, embora carismático e habilidoso, não se torne alguém com quem o público se importe além de suas habilidades de combate.

Além disso, o roteiro, mais uma vez, carece de criatividade. O filme segue a linha de muitos outros thrillers de ação e vingança, com poucos elementos inovadores ou que se destaquem. Embora seja um filme de ação competente, a narrativa não consegue equilibrar a ação com um desenvolvimento mais envolvente de personagens ou de temas mais profundos. O filme foca mais em como as lutas podem ser visualmente empolgantes do que em criar um enredo que cative o espectador fora das cenas de combate.

A cinematografia é eficaz, aproveitando ao máximo os cenários de combate, principalmente nas lutas em ambientes fechados ou nas sequências de perseguição. A iluminação sombria e a trilha sonora intensa reforçam o clima de tensão e ação, mas novamente não há um elemento visual ou musical que faça Ninja 2: A Vingança se destacar de outros filmes do gênero. A direção de Florentine é sólida, mas sua ênfase em sequências de ação acaba deixando a parte dramática e narrativa do filme em segundo plano.

Em resumo, é um filme que agradará aos fãs de Scott Adkins e das artes marciais, entregando uma dose intensa de lutas e ação. No entanto, como o seu antecessor, o filme peca ao não oferecer uma narrativa mais profunda ou personagens mais complexos. Se você está em busca de um filme com uma história mais envolvente ou com uma análise mais profunda sobre vingança e redenção, Ninja 2 pode ser frustrante. Por outro lado, para quem busca um entretenimento rápido e visualmente estimulante, repleto de combates emocionantes, o filme cumpre seu papel de maneira satisfatória. 

NOTA: 6,7/10

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