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segunda-feira, 19 de agosto de 2019

CULPA (2018)


É um filme de tirar o fôlego! O longa dinamarquês Culpa foi uma grata surpresa, lançado em 2018, esse filme marca a estreia de Gustav Möller na direção. O filme é estrelado por Jakob Cedergren. 

A trama acompanha o policial afastado Asger Holm, que estava trabalhando como atendente do serviço de emergência na capital da Dinamarca. Entre suas chamadas, ele atende uma mulher que, aparentemente, está dentro de um carro, falando ofegante e tensa. A princípio ela tenta fazer com que o policial simule uma conversa com criança, o que imediatamente deixa o oficial em alerta, já que pode ser um possível sequestro e que seu sequestrador pode desconfiar.


Quando a chamada é desconectada, o oficial corre contra o tempo para salvar a mulher. Buscando informações sobre o paradeiro dela. Ele consegue contatar a residência da mulher e fala com a filha de apenas 5 anos que estava sozinha em casa. Ela diz ao oficial que seus pais tiveram uma briga e deixaram-na em casa com o seu irmãozinho. Asger tenta de todas as formas a localizar o carro do casal e prender o sequestrador. Mesmo após seu turno acabar, ele não desiste, sua personalidade rude chega a incomodar seus colegas de trabalho.

O filme é muito bem dirigido e usa os clichês ao seu favor. É tensão do inicio ao fim e nem percebemos o tempo passar de tão intrigante que é o filme. Claro que houve momentos cansativos, mas veja pelo lado bom: é um filme estrangeiro que apostou no suspense e se deu bem.

Particularmente, eu conheço o cinema da Dinamarca especialmente com os dramas lá produzidos, onde na maioria dos que eu vi, eles acertam. Um filme de suspense vindo de lá foi a primeira vez, e claro que me impressionei com a película, que embora seja simples, ela é habilmente conduzida até um clímax intrigante e devastador. O final é imprevisível, e isso deixou o filme mais intrigante ainda.


Uma das coisas mais legais em Culpa foi à estimulação do nosso imaginário. O filme inteiro se passa dentro da sala de atendimento com a presença de Asger. Durante suas chamadas, nós conseguimos canalizar a situação através da conversa e imaginar o que estava acontecendo. Essa façanha, embora não seja novidade nenhuma, foi o aspecto mais interessante desse filme!

É isso aí Dinarmaca! Filmes bons não partem exclusivamente de ideias novas, antes disso, parte de estórias bem conduzidas e narradas a partir de um pequeno argumento, que se desenvolve magistralmente na ideia central proposta pelo roteiro. Culpa é um grande exemplo para que o cinema dinamarquês seja mais conhecido no mundo. 

NOTA: 8,2/10

Veja o trailer no vídeo abaixo: 

Um comentário:

  1. Ótimo filme. Roteiro simples e criativo, além do diretor conseguir criar drama e suspense utilizando apenas um cenário e basicamente um ator.

    Abraço

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