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domingo, 28 de abril de 2019

O REINO PROIBIDO


Reunindo dois grandes nomes dos filmes de artes marciais: Jackie Chan e Jet Li. Isso sem dúvida levanta grandes expectativas para os fãs do gênero, ainda mais quando percebemos que até aquele momento, os dois nunca haviam trabalhado juntos. No entanto, quando mãos estrangeiras tentam pôr a mão no meio, o resultado pode ficar bastante confuso. Esse é o caso do filme O Reino Proibido, do diretor Rob Minkoff, lançado em 2008. 

Esse filme é uma coprodução de Hong Kong com os EUA, onde mistura as culturas orientais e ocidentais em uma única história. Poderia ter sido legal? Sim, poderia. Mas, O Reino Proibido infelizmente contém um roteiro confuso e enxuto demais. As presenças de Jackie Chan e Jet Li são mais comerciais do que podemos imaginar, afinal de contas, são duas lendas que lutam pra caramba! Eu mesmo fiquei muito interessado no filme só de ver o pôster.


Contudo, o resultado foi bem diferente. Não estou querendo dizer que o filme seja, em sua totalidade, uma produção ruim. Não se trata disso, o filme até que contém cenas bacanas, efeitos especiais bem legais, mesmo que usem o gênero Wuxia. O que tem me deixado frustrado foram as altas doses de lendas envolvidas na trama, ainda que ele afirme ser levemente baseado no romance Jornada ao Oeste de Wu Chengen. O clima de aventura deixa o filme bem mais inocente, se tornando então, uma produção do tipo Sessão da Tarde.

Mas, era de se esperar. Com as mãos de produtores hollywoodianos, eles fizeram algo que da para passar o tempo de boa. Não é um filme sério e profundo, e sim, um filme divertido, com cenas de ação agradáveis e efeitos acima da média. A história centra-se no adolescente Jason Tripitikas (Michael Angarano), que é um grande fã de filmes de artes marciais. Ao visitar a loja de penhores de um ancião chinês, ele descobre um cajado de ouro. Ao voltar pra casa, ele é persuadido por uma gangue para assaltar a loja, onde o dono acaba sendo baleado, mas ordena que Jason devolva o cajado para o legítimo dono.

Ao cair de um terraço, Jason surpreendentemente acorda na China Antiga. Ali ele tenta proteger o cajado de soldados que tentam toma-lo, ao mesmo tempo ele é ajudado por Lu Yan (Jackie Chan), um lutador misterioso que gosta de tomar uma pinga. Jason ainda é apresentado à lenda do cajado, que pertencia a uma divindade, que ao ser derrotado havia lançado o cajado em um local dentro do Império. Assim, a missão de Jason é devolver o cajado a essa divindade, durante a jornada ele conhece o Monge Silencioso (Jet Li), que junto com Lu Yan, ensinam o jovem a aprender artes marciais.


É muita informação para uma história só. Percebe-se que há muita coisa misturada, e como consequência disso, o filme se perde na história, se salvando apenas o carisma dos personagens. Não incomoda o fato de usarem o gênero Wuxia, até por que, se há lendas chinesas envolvidas, o uso dessa arte é mais que comum. É um filme legal, mas é muito inconsistente naquilo que pretende repassar. 

NOTA: 5/10

Veja o trailer no vídeo abaixo: 

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