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quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

A GRIPE (2013)


Nos últimos meses, o cinema sul-coreano tem me impressionado bastante com suas produções bem originais, e até mesmo as que são clichês conseguem cumprir um propósito muito diferente dos padrões de Hollywood. Sobre um filme clichê, mas impressionante na estrutura narrativa cheia de tensão e desespero, A Gripe foi dirigido por Kim Sung-soo, sendo lançado em 2013 e obteve um desempenho muito favorável, apesar de o tema ser bastante abordado em outras produções. O que há de diferente aqui é o modo como o filme caminha, levando o espectador a sentir-se na pele dos personagens, nos causando tensão e agonia durante duas horas que passam muito rápido, sem que percebamos.

Sinopse: Na Coreia do Sul, mas especificamente no subúrbio de Seul, está passando por uma epidemia devastadora. Byung-woo morre em decorrência de um vírus desconhecido. No inicio, o vírus não recebe importância, e a população não se previne. Em pouco tempo, centenas de moradores da região são atingidas pelo vírus. O caos se instaura. O governo do país pede isolamento da área. Enquanto isso, um especialista procura o sangue que será capaz de desenvolver a vacina contra a doença.


Assisti a esse filme no canal Space há uns dias atrás, e literalmente o filme me prendeu. Tenho uma preferência para filmes que abordam epidemias, o que talvez seja a explicação para que esta produção coreana tenha me agradado bastante, pois eu sei que nem todos aprovaram por sua abordagem ser clichê e previsível. Mas, que isso importa? O filme te deixa tenso? Te faz tremer as pernas? Consegue parar sua respiração? Consegue libertar seu sentimento de aflição e desespero, mesmo que o afetado não seja você? A resposta para todas estas perguntas é sim, quando se trata do filme A Gripe.

A epidemia é introduzida no filme quando um grupo de imigrantes ilegais chegam à cidade, e um de seus membros se encontra tossindo muito. E mesmo que no momento, isso não se tenha dado muita atenção, quando menos esperamos o vírus se espalha de uma forma impressionante. Afetando muitas pessoas e o contágio é inevitável. As autoridades começam a agir, mas se vê sem alternativa a não ser deixar o local em quarentena. E as pessoas infectadas são imediatamente separadas das pessoas sadias, o que gera mais e mais conflitos onde famílias não querem se separar.

E isso acontece com uma das protagonistas, In-hae (Soo Ae) e sua filha Mi-reu (Park Min-Ha) que são inclusive desenvolvidas desde o principio, e é nas duas juntamente com Ji-koo (Hyuk Jang) um rapaz a quem Mi-reu havia conhecido antes do contágio, é que o filme andará mostrando uma luta pela sobrevivência e pela proteção dos não infectados. A atriz mirim Park Min-Ha tem roubado a cena logo nos primeiros momentos, sua personagem é que irá ter maior importância para o desfecho do filme como também se trata de um peso para os adultos, por ela ser uma criança.


Além de conter cenas fortes, onde famílias se separam, pessoas morrendo em virtude da doença e o governo desesperado com toda a situação, o longa ainda nos traz uma possível solução. Uma das pessoas do filme não é afetada pelo vírus, o que resulta na esperança de um antídoto. Mas como faria para descobrir essa pessoa, no meio de todo o caos que se instalou na cidade e que se espalha rapidamente? De fato, é uma das maiores dificuldades de se fazer, e isso torna o filme bem mais interessante.

Conforme todos os que viram este filme sabem, sejam quem gostou ou não, o longa é ágil e rápido. E mesmo com os clichês, ele nos repassa todo o sofrimento e medo que os personagens que compõem o filme sentem. Particularmente eu adorei o filme, prendeu minha atenção até o final, e eu gosto quando isso acontece ao assistir algum filme, independente de seu conteúdo. Mesmo com um tema não tão original, é importante mencionar que o cinema sul-coreano não se limita apenas a copiar assuntos já abordados. Existem filmes deles que são tão originais que colocam Hollywood no bolso, como por exemplo, um que assisti recentemente A Criada, e os filmes clichês como Invasão Zumbi que cumpre sua premissa melhor de muitas produções conhecidas do gênero. Em resumo, o cinema asiático tem seus méritos e nesse ano irei explorá-lo ao máximo possível. 

NOTA: 8,8/10

Veja o trailer de A Gripe no vídeo abaixo:

2 comentários:

  1. O cinema sul-coreano foi o que mais cresceu em qualidade nos últimos.

    São vários dramas, suspenses, policiais até ficção.

    Este eu ainda não assisti.

    Abraço

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    1. Olá Hugo

      Concordo com você, a qualidade dos filmes do Coreia do Sul tem ganhado um amplo espaço em um curto intervalo de tempo. Até o momento, assisti vários e estou listando outros mais para ver nesse ano. Realmente, confesso que me deparei com cada surpresa boa deles, que fiz questão de mencionar na resenha "coloca Hollywood no bolso", se continuar a produzir mais filmes de qualidade, seria injusto o cinema sul-coreano continuar desconhecido.

      Abraço! :)

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