Páginas

sábado, 4 de novembro de 2017

O ORFANATO (2007)


Guillermo Del Toro foi o cara que conseguiu mesclar terror e drama de uma forma única e fidedigna. Vemos em seus filmes como A Espinha do Diabo e O Labirinto do Fauno essas características típicas para filmes de fantasmas ou que abordam o mundo fantástico. E com o sucesso desses filmes, Del Toro foi produtor de um filme um pouco semelhante ao filme A Espinha do Diabo e Os Outros , sendo que este último não teve as mãos do cineasta mexicano. O filme intitulado O Orfanato foi lançado em 2007 e foi dirigido pelo até então estreante Juan Antonio Bayona. Estrelado por Bélen Rueda, Fernando Cayo, Roger Príncep e Geraldine Chaplin, o filme nos traz um drama de uma mulher que tem seu filho desaparecido, e segundo algumas suposições, o desaparecimento pode ter sido causado por espíritos.


Sinopse: Laura (Belén Rueda) passou os anos mais felizes de sua vida em um orfanato, onde recebeu os cuidados de uma equipe e de outros companheiros órfãos, a quem considerava como se fossem seus irmãos e irmãs verdadeiros. Agora, 30 anos depois, ela retornou ao local com seu marido Carlos (Fernando Cayo) e seu filho Simón (Roger Príncep) de 7 anos. Ela deseja restaurar e reabrir o orfanato, que está abandonado há vários anos. O novo local desperta a imaginação de Simón, que passa a criar contos fantásticos. Entretanto, à medida que os contos ficam mais estranhos, Laura começa a desconfiar que haja algo à espreita na casa.

Somos presenteados com uma mulher altamente determinada e que não deixa dúvidas quanto ao amor que sente pelo filho, que é portador do vírus HIV. A princípio, o filme não contém nada além de um drama, vivido por Laura naquele orfanato. O filme passa a ganhar tom misterioso com alguns amigos imaginários de Simón. E durante uma festa, o garoto desaparece, deixando sua mãe em prantos ao mesmo tempo em que ela se culpa por isso. Mas, para piorar a situação, após várias semanas sem sinal do garoto, Laura passa a desconfiar de que o orfanato está mal assombrado, e que fantasmas tenham levado seu filho, assim ela começa uma grande busca na esperança de encontrar uma solução e o possível paradeiro de seu filho.


O amor de uma mãe predomina o filme inteiro. Muitas pessoas se comovem com a situação pela qual a protagonista se encontra. A direção conduz habilmente para um desfecho de cortar o coração, ao mesmo tempo sendo inteligente e emocionante. Belén Rueda é uma atriz excepcional, e consegue mostrar através de suas emoções o que significa perder um filho, mesmo que seja adotivo, sentimentos que só uma mãe pode descrever. O filme ainda nos traz uma sessão espírita, onde Laura chama um grupo de pessoas que são especialistas em fazer contato com os mortos, entre eles está o ator Edgar Vivar, o eterno Seu Barriga do seriado Chaves, fazendo aqui uma ótima participação. É interessante e ao mesmo tempo clichê a situação dos personagens quando se deparam com a possibilidade dos espíritos viverem no orfanato, um deles sendo cético, também o fato das crianças desenharem imagens macabras, faz com que alguns se derretam quando terão de entrar em contato com possíveis fantasmas.

No entanto, apesar de ser um filme onde aborda espíritos fantasmagóricos, não temos um desfecho surpreendente, e sim um final muito triste e ao mesmo tempo comovente. Nem todos gostaram do final, há opiniões mistas a respeito dele, mas a grande maioria dos fãs gostou entre eles eu, pois houve uma interligação de eventos do passado, que o tornou muito compreensível, mas sendo impossível de não nos comover a ponto de romper em lágrimas. O Orfanato é um filme muito admirável pela sua fotografia e história. E quando o longa passa a ter um clima de suspense, levamos um choque quando ficamos ansiosos para saber quem são as crianças mascaradas que aparecem, dando o ponto de partida para a incessante busca de Laura pelo seu filho.


De modo resumido, O Orfanato é um estilo novo para o gênero terror, e que através de Guillermo Del Toro, o cinema acabou agarrando a ideia de produzir filmes parecidos, e que tem um tom amedrontador capaz de nos cativar, a ponto de nos fazer refletir por causa de seus toques dramáticos, onde algumas pessoas poderão se identificar. No geral, O Orfanato é um ótimo filme e que não merece estar atrás de outros do gênero. 

NOTA: 9/10

Veja o trailer no vídeo abaixo:

2 comentários:

  1. eu adorei esse filme. esse diretor é genial. minha resenha está aqui https://mataharie007.blogspot.com.br/2009/05/o-orfanato.html

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Acabei de ler. Excelente resenha! Foi direto no ponto principal sobre realidade e sobrenatural e o contraste que há em ambos. Parabéns!

      Excluir