Páginas

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

CASO 39


Casos de violência à criança sempre será visto como algo repugnante. Porém, será que podem haver casos em que a criança não é a verdadeira vítima? No filme Caso 39 a resposta é sim. Dirigido por Christian Alvart e lançado em 2009, Caso 39 é um filme de suspense e terror que chama a atenção para casos envolvendo crianças, mas a surpresa do filme está no fato da criança envolvida não ter nada de inocente. Estrelado por Renée Zellweger, Jodelle Ferland, Ian McShane e Bradley Cooper, o filme mostrará como uma assistente social adota uma menina após salvá-la dos pais que queriam mata-la, só que aos poucos ela vai percebendo que a criança não é comum, e que seus pais tinham bons motivos para querer a menina morta.

Esse é mais um filme do subgênero “crianças malditas”, algo que o cinema já está recheado, por isso, não espere que Caso 39 irá inovar em alguma coisa, pois os clichês predominam. A história do filme é bem interessante: a assistente social idealista Emily Jerkins (Renée Zellweger) luta para salvar uma criança chamada Lilith Sullivan (Jodelle Ferland) das mãos de seus pais abusivos. No entanto, a mulher descobre mais tarde que a garota não é tão inocente quanto parece e a situação é mais perigosa do que ela poderia imaginar. Seus amigos e pessoas do trabalho são assassinados por seus próprios filhos, e a assistente social descobre que todas essas mortes foram obra de sua filha adotiva. A filha começa a praticar atos estranhos e o desespero começa a rondar à solta. Lilith começa a ameaçar Emily, e ela tenta matar a garota antes que seja tarde demais.


A princípio não suspeitamos de que havia algo errado na criança, por que seus pais só de olhar a cara deles já é suficiente para concluirmos que eles são loucos, principalmente durante a conversa que eles têm com a assistente social, que lhes faz uma visita depois de receberem uma denúncia de maus tratos a uma criança. Durante o desenrolar do filme, descobrimos que Lilith é na verdade um demônio, até o nome dela faz referência a isso. Mas uma coisa chata de acompanhar é que esse demônio é vulnerável quando dorme, sendo esta a única chance que as pessoas têm para mata-lo.

Caso 39 é um filme que começa bem, tem um bom desenvolvimento, mas erra feio no desfecho, causando decepção. Renée Zellweger consegue praticamente segurar o filme sozinha com sua boa atuação, mas nem isso consegue apagar um dos piores erros que já vi nos filmes. Sendo Emily uma assistente social dedicada com seu trabalho, é mais do que óbvio que ela não ficaria sem o seu celular por muito tempo, mas no filme ela perde o celular e só se dá conta dois dias depois. Aonde isso se encaixa? Por outro lado, a atriz mirim Jodelle Ferland muda o clima do filme com sua personagem que foi muito bem interpretada, mas de meio para o fim, houve momentos de tensão e desespero por parte de Emily que já havia descoberto que na verdade o hóspede em sua casa era um demônio que estava consumindo-a, e o que poderia levar para um final melhor, acabou decepcionando, conforme já mencionado.


De modo geral, assistir a esse filme pode ser uma boa experiência, caso você goste muito de filmes do gênero, mas os defeitos são gritantes e que julgando por esse lado, o filme pode ser considerado esquecível, ou um simples passatempo. Um aspecto interessante sobre essa produção, é que ela foi filmada em 2006 e devido a muitos problemas, seu lançamento se deu apenas em 2009. Houve também um incêndio em um dos sets de filmagem, devido a uma cena em que conteria fogo e que acabou perdendo o controle. Em resumo, Caso 39 é sim um bom filme, mas que não deve ser assistido com grandes expectativas. 

NOTA: 6/10

Veja o trailer no vídeo abaixo:

Um comentário: