Uma sequência que não há nenhuma ligação com o filme
anterior seja no elenco ou a mudança de ambiente. Anaconda 2 veio com uma outra história, com outro tema e com outros
atores novos, e com relação a um filme de terror, pode esquecer. O filme não
tem absolutamente quase nada com terror, exceto algumas cenas onde as cobras se
alimentam de seres humanos, mas elas aparecem muito pouco. A nova história
apela para o lado científico, dando uma explicação muito fajuta para o crescimento
das cobras, apesar disso, a explicação se encaixa juntamente com o contexto do
filme.
Anaconda 2: A Caçada Pela Orquídea Sangrenta foi lançado em 2004, dirigido por Dwight H. Little. O filme traz novamente o tema das cobras que aterrorizam um grupo de pessoas que se aventuram pela selva. Neste segundo filme, um grupo de cientistas que estudam a química de uma flor conhecida como orquídea sangrenta, discute a possibilidade dessa substância garantir a vida e uma juventude longa, mas para fazer mais análises, eles precisam de mais flores e estas só florescem por mais duas semanas e acontecem a cada sete anos. Então, financiados por uma grande empresa, eles organizam uma expedição para apanhar mais amostras que estão localizadas na selva de Borneo.
Os que compõem a equipe são: Dr. Jack Byron (Matthew
Marsden), a novata Sam (KaDee Strickland) e Mitchell (Morris Chestnut), estes são os
responsáveis pela pesquisa feita na orquídea; tem também o nerd Cole (Eugene Byrd) e o
médico Bem (Nicholas Gonzales), e junto com eles a representante da empresa
financiadora do projeto Gail Stern (Salli Richardson). É claro que essa viagem
não seria tão fácil, por diversos motivos. Primeiro são as chuvas, pois nessas
épocas é muito difícil alugar um barco, já que seus donos não queriam se arriscar
no rio cheio. Segundo, eles pagam uma fortuna para conseguir alguém que tenha a
coragem de se arriscar no rio, e quem aceita a oferta é Bill Johnson (Johnny Messner) e seu amigo
conhecedor do lugar Tran (Karl Yune).
Chega a ser incrível que as cobras não atacam nos
primeiros 50 minutos de filme, nesse tempo, o longa procura mostrar a vivência
dos personagens, certos conflitos entre eles, discordâncias sobre a veracidade
do projeto, e acima de tudo isso, a ganância por dinheiro que se torna claro
nos envolvidos com a expedição. Mas todo o quadro muda, quando o barco de Bill
cai em uma cachoeira, deixando todo mundo desprovido de comida e água, além de
não ter esperanças para um possível resgate. Mas a expedição pela flor
continua, e é nessa hora em que as anacondas resolvem se manifestar matando um
dos membros da equipe, e após o ataque há uma série de discussões sobre como
uma cobra daquele tamanho existia naquele lugar. Vale mencionar que na
realidade, não existem anacondas em Borneo, essas cobras só podem ser
encontradas na América do Sul, mas especificamente na Amazônia, mostrando uma
certa incoerência com o filme anterior, que acertou em cheio ao se ambientalizar
na bacia amazônica.
Porém há uma ligação com o filme anterior em uma conversa
entre os personagens, onde eles mencionam sobre uma equipe de reportagem que
foram atacados por anacondas na Amazônia, talvez essa seja a única ligação que
tem ao primeiro filme. No entanto, Anaconda
2 mostra cobras diferentes e muito maiores, que estão em época de
procriação, e que justamente nesse período, elas se juntam aos montes, e isso
explica o por que não aparece apenas uma cobra, mas várias. Ao contrário do
primeiro filme em que aparecem duas grandes e inúmeras cobras pequenas, e mais
bem feitas, pois as cobras de Anaconda 2 são
mais computadorizadas.
Essa época de procriação é sem dúvida o maior terror para
o grupo de cientistas, as cobras vão matando um a um, e até mesmo tirando as
esperanças para encontrar um barco e ir embora. Como também não podia faltar
nesse tipo de filme, um dos membros do grupo se mostra um vilão ambicioso que
quer a todo custo pegar as orquídeas e assim ganhar muito dinheiro, não se
importando mais com ninguém da equipe, quando estes não passam mais a apoiar a
expedição, mostrando uma clara preocupação em sair vivo daquela selva, e que se
dane a flor. É claro que esse vilão não chega aos pés do terrível Paul Sarone
do primeiro filme.
Mesmo que o filme contenha alguns furos e que foi
detonado pela crítica especializada, vale destacar que a produção consegue
alcançar seu objetivo de uma forma agradável. Além disso, o filme é um pouco
cômico, principalmente com o personagem Cole, que fala sem parar e grita
escandalosamente, isso tem feito muitas pessoas ficarem com ódio dele até mesmo
torcer por sua morte, mas por incrível que pareça, ele escapa da morte várias
vezes, eu particularmente achei ele muito engraçado, foi de alguma forma a
diversão do filme! Mesmo que os sobreviventes sejam muitos, o que alguns julgam
como sendo desnecessário, eu achei o melhor dos quatro filmes da Anaconda, pois
além de conter uma certa dose de terror, mesmo que seja pouca, o filme é uma
aventura e tanto, e me agradou, muito embora ele está longe de ser um filmaço.
NOTA: 6,8/10
Veja o trailer no vídeo abaixo:
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