segunda-feira, 28 de agosto de 2017

ANACONDA 2: A CAÇADA PELA ORQUÍDEA SANGRENTA



Uma sequência que não há nenhuma ligação com o filme anterior seja no elenco ou a mudança de ambiente. Anaconda 2 veio com uma outra história, com outro tema e com outros atores novos, e com relação a um filme de terror, pode esquecer. O filme não tem absolutamente quase nada com terror, exceto algumas cenas onde as cobras se alimentam de seres humanos, mas elas aparecem muito pouco. A nova história apela para o lado científico, dando uma explicação muito fajuta para o crescimento das cobras, apesar disso, a explicação se encaixa juntamente com o contexto do filme. 

Anaconda 2: A Caçada Pela Orquídea Sangrenta foi lançado em 2004, dirigido por Dwight H. Little. O filme traz novamente o tema das cobras que aterrorizam um grupo de pessoas que se aventuram pela selva. Neste segundo filme, um grupo de cientistas que estudam a química de uma flor conhecida como orquídea sangrenta, discute a possibilidade dessa substância garantir a vida e uma juventude longa, mas para fazer mais análises, eles precisam de mais flores e estas só florescem por mais duas semanas e acontecem a cada sete anos. Então, financiados por uma grande empresa, eles organizam uma expedição para apanhar mais amostras que estão localizadas na selva de Borneo. 

Os que compõem a equipe são: Dr. Jack Byron (Matthew Marsden), a novata Sam (KaDee Strickland) e Mitchell (Morris Chestnut), estes são os responsáveis pela pesquisa feita na orquídea; tem também o nerd Cole (Eugene Byrd) e o médico Bem (Nicholas Gonzales), e junto com eles a representante da empresa financiadora do projeto Gail Stern (Salli Richardson). É claro que essa viagem não seria tão fácil, por diversos motivos. Primeiro são as chuvas, pois nessas épocas é muito difícil alugar um barco, já que seus donos não queriam se arriscar no rio cheio. Segundo, eles pagam uma fortuna para conseguir alguém que tenha a coragem de se arriscar no rio, e quem aceita a oferta é Bill Johnson (Johnny Messner) e seu amigo conhecedor do lugar Tran (Karl Yune). 


Chega a ser incrível que as cobras não atacam nos primeiros 50 minutos de filme, nesse tempo, o longa procura mostrar a vivência dos personagens, certos conflitos entre eles, discordâncias sobre a veracidade do projeto, e acima de tudo isso, a ganância por dinheiro que se torna claro nos envolvidos com a expedição. Mas todo o quadro muda, quando o barco de Bill cai em uma cachoeira, deixando todo mundo desprovido de comida e água, além de não ter esperanças para um possível resgate. Mas a expedição pela flor continua, e é nessa hora em que as anacondas resolvem se manifestar matando um dos membros da equipe, e após o ataque há uma série de discussões sobre como uma cobra daquele tamanho existia naquele lugar. Vale mencionar que na realidade, não existem anacondas em Borneo, essas cobras só podem ser encontradas na América do Sul, mas especificamente na Amazônia, mostrando uma certa incoerência com o filme anterior, que acertou em cheio ao se ambientalizar na bacia amazônica.


Porém há uma ligação com o filme anterior em uma conversa entre os personagens, onde eles mencionam sobre uma equipe de reportagem que foram atacados por anacondas na Amazônia, talvez essa seja a única ligação que tem ao primeiro filme. No entanto, Anaconda 2 mostra cobras diferentes e muito maiores, que estão em época de procriação, e que justamente nesse período, elas se juntam aos montes, e isso explica o por que não aparece apenas uma cobra, mas várias. Ao contrário do primeiro filme em que aparecem duas grandes e inúmeras cobras pequenas, e mais bem feitas, pois as cobras de Anaconda 2 são mais computadorizadas. 

Essa época de procriação é sem dúvida o maior terror para o grupo de cientistas, as cobras vão matando um a um, e até mesmo tirando as esperanças para encontrar um barco e ir embora. Como também não podia faltar nesse tipo de filme, um dos membros do grupo se mostra um vilão ambicioso que quer a todo custo pegar as orquídeas e assim ganhar muito dinheiro, não se importando mais com ninguém da equipe, quando estes não passam mais a apoiar a expedição, mostrando uma clara preocupação em sair vivo daquela selva, e que se dane a flor. É claro que esse vilão não chega aos pés do terrível Paul Sarone do primeiro filme.


Mesmo que o filme contenha alguns furos e que foi detonado pela crítica especializada, vale destacar que a produção consegue alcançar seu objetivo de uma forma agradável. Além disso, o filme é um pouco cômico, principalmente com o personagem Cole, que fala sem parar e grita escandalosamente, isso tem feito muitas pessoas ficarem com ódio dele até mesmo torcer por sua morte, mas por incrível que pareça, ele escapa da morte várias vezes, eu particularmente achei ele muito engraçado, foi de alguma forma a diversão do filme! Mesmo que os sobreviventes sejam muitos, o que alguns julgam como sendo desnecessário, eu achei o melhor dos quatro filmes da Anaconda, pois além de conter uma certa dose de terror, mesmo que seja pouca, o filme é uma aventura e tanto, e me agradou, muito embora ele está longe de ser um filmaço. 

NOTA: 6,8/10

Veja o trailer no vídeo abaixo:

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